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Como ler livros mais rápido para aprender de forma eficiente

O ponto básico para ler livros mais rápido é ter objetivos. Quando você está lendo um livro de não-ficção, o foco é na informação. Então, em vez de se preocupar em mergulhar na história, nós queremos tirar o máximo sem perder muito tempo. Muitas vezes, um projeto está fora de alcance por falta de algum conhecimento. Algo que os empreendedores mais bem-sucedidos têm em comum é que eles são famintos por conhecimento, consumida principalmente na forma de livros. Aprender com os erros e experiências dos outros é sempre proveitoso.

Como o mundo está com um ritmo mais frenético e as mídias cada vez mais compactas, é comum que as pessoas dêem desculpas para não ler. Por isso, vamos falar sobre como ler livros mais rápido.

Como assimilamos após a leitura.

1. Exposição à nova ideia.
2. Criação de relações entre essa ideia e o que já está na nossa memória.
3. Aplicação do conhecimento em alguma situação.

Não dá pra fazer isso com muita coisa de uma vez. Música, esportes e matemática são alguns exemplos que ilustram bem esse processo de um passo por vez. Por isso, se quisermos ler livros mais rápido, é interessante usar uma leitura estratégica.

Como ler livros mais rápido de forma estratégica.

Essa forma mais ativa de leitura tem mais passos:

  • Antes de abrir o livro, defina o que aprender com ele. Um post-it vai servir pra anotar essas perguntas e pra marcar a página.
  • Leia com calma o índice e escolha quais capítulos parecem mais relevantes para suas perguntas.
  • Faça uma leitura rápida desses capítulos para achar as partes mais interessantes.
  • Revise essas partes com calma, verificando se minhas dúvidas foram respondidas.

Ler um livro até a última página não significa que você absorveu todo o conteúdo (isso é praticamente impossível) e pode queimá-lo. A cada leitura, você aprende algo diferente, por que conforme o tempo passa, você muda. Também, não tenha medo de não ler um livro cem por cento.

Essa postura mais estratégica ajuda a gente a sair do modo robô-virador-de-páginas e aproveitar o conteúdo muito melhor. Ler livros mais rápido não é só de, fisicamente, lê-los com rapidez, mas sim estrategicamente. Manter o livro da vez por perto sempre que possível, assim você transforma chateações (aquela fila de banco, espera no consultório, etc.) em tempo de leitura.

Explore sua criatividade com o Art journaling

 

 

 

Se você tem interesse pelo tema criatividade, talvez já tenha ouvido falar de art journaling, ou journaling simplesmente. Existem várias formas de fazer journaling que basicamente é um registro, como um diário.

O que torna o art journaling especial?

Em art journaling o foco é o processo e não o resultado. Só isso já faz com que trabalhemos nosso cérebro de uma forma diferente. Outras vantagens desta técnica criativa são:

a) O hábito de registrar seus pensamentos, sentimentos, memórias através do journaling trabalha aspectos da personalidade e do self, alguns dos quais sem representação mental consciente;
b) O art journaling estimula ideias diferentes, que nos ajudam a compreender melhor um sentimento ou situação;
c) Por último, esta técnica desenvolve a capacidade de ver e agir através de opções criativas, evitando o recurso a uma cognição prematura e limitada (zona de conforto, métodos automáticos de resolução de problemas)

Está comprovado que atividades similares tem potencial curativo e aumentam nosso auto conhecimento. Além disso, é uma delícia voltar a ser criança e mexer com tintas, colas, canetinhas, etc.

Esboçando sua primeira tentativa

Aqui algumas dicas para você fazer seu primeiro art journal.

  • Escolha um caderno tipo moleskine ou qualquer outro que tenha páginas lisas internas. É importante que o papel tenha no mínimo 120gr de gramatura, se você quiser usar gesso e outros meios/texturas, um papel mais grosso é melhor ainda.
  • Não se preocupe com o que desenhar ou escrever. Respire profundamente 3 vezes focando sua mente em uma questão específica. Pode ser uma emoção, um acontecimento do seu dia.
  • Faça a base do art journaling. Existem várias opções. A mais comum é passar gesso em tudo, secar e depois fazer colagens em cima, pintar e espirrar tinta (tinta acrílica diluída, você acha em casas de artesanato), ou até mesmo aquarela. Outras bases são somente desenhos/sketches.
  • Cole palavras, escreva, rabisque, desenhe. Faça o que sentir vontade.

Em art journaling não existe certo ou errado, existe o que seu inconsciente traz de conteúdo. Não precisa ser um registro diário, você pode fazer eventualmente, quando sentir necessidade.

Priorizar tarefas e projetos em 2 minutos com a matriz CoRVo

 

Conheça o CoRVo, uma matriz para priorizar tarefas e projetos. Ela é baseada em critérios pré-definidos para você priorizar projetos e, assim, concluí-los de forma antecipada e mais previsível. Ansiedade, sobrecarga, falta de foco e resultados. Não sei quanto a você, mas eu sofro com isso de vez em quando. Quando me flagro assim, preciso parar e analisar a situação.

Da última vez que resolvi colocar a confusão no papel, descobri que estava tentando executar 16 projetos ao mesmo tempo. Alguns pequenos, com meia dúzia de tarefas, outros maiores, coisa de meses de trabalho. Daria pra continuar o malabarismo? Sim! Mas essa quantidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo gera muito caos e estresse para pouco resultado. A melhor estratégia é sempre concentrar as forças em um único ponto. Como eu estava buscando priorizar tarefas e projetos pessoais, pensei o seguinte.

Imagine que você tenha 3 projetos para fazer: A, B e C. Cada projeto tem 3 etapas. Imagine que ao longo do tempo você vá executando etapas deles assim:

ABC ABC ABC

Projeto A está pronto no tempo 7, projeto B está pronto no tempo 8 e projeto C está pronto no tempo 9. Agora, imagine a execução dessa forma:

AAA BBB CCC

Projeto A está pronto no tempo 3, projeto B está pronto no tempo 6 e projeto C está pronto no tempo 9. Pensando em priorizar tarefas e projetos, qual das formas faz mais sentido? Eu escolho a segunda, mais focada, assim tenho o retorno do projeto A e do projeto B antes.

Fácil falar, difícil fazer. A cada dia surgem ideias ou demandas novas e é um desafio imenso escolher qual acontece primeiro e o que deixar na gaveta. Felizmente o CoRVo está aqui para ajudar a escolher.

Como o CoRVo funciona.

Cada projeto será analisado por 3 ângulos diferentes. Para o aumento de produtividade, faremos uma análise por meio de notas. Faça uma tabela, sendo cada linha os projetos e tarefas e três colunas para cada critério.

Criticalidade – Qual a urgência para a execução?

Quanto mais crítico, maior esse placar. Criticalidade se refere à urgência do projeto e sua importância. Pensar nisso vai te ajudar a priorizar tarefas, ajudando no aumento de produtividade. Algumas perguntas que podem ajudar nessa avaliação são:  Existe uma janela de oportunidade que se fechará em breve? Há alguma catástrofe iminente que será evitada pelo projeto?

Retorno – Qual o retorno sobre o investimento?

Além do retorno financeiro, pense no que o projeto permitirá que você aprenda, na melhoria dos seus relacionamentos, construção de um sistema que vai gerar economia. Quanto maior o retorno em relação ao investimento, maior o placar nesse atributo.

Vulnerabilidade – Quão fácil está para executar este projeto?

Às vezes, corremos para priorizar tarefas e projeto e damos importância a projetos que não conseguimos executar nós mesmo. Você tem a energia, os recursos, o tempo, as ferramentas, conhecimento, habilidades e a autoridade para fazer esse projeto acontecer? Quanto mais fácil executar, maior o placar nessa característica.

Calculando a matriz para priorizar tarefas e projetos.

Esses atributos receberão um placar de 1 a 5 e a soma simples dá o placar total do projeto. Faça uma matriz como a abaixo, dê as notas e faça o cálculo com soma simples. Dependendo, é possível fazer média ponderada, para dar peso diferente aos projetos.
Maior(es) placar(es) acontece(m) agora, os outros ficam para depois.

Boa sorte nos projetos! Conte-me como foi nos comentários!

Projeto/tarefa Título A Título B Título C
C 5 4 3
R 5 4 4
V 3 5 3
Total 14 13 11

 

E aí, curtiu?

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3 erros que cometemos ao estudar por conta

 

Quase que todos os polímatas que temos encontrado, durante este primeiro mês da Polímatas, disseram estudar por conta própria. Na minha primeira startup, nós falávamos muito sobre autodidatismo; contudo, faltou falar um pouco em nossas conversas sobre a probabilidade que existe de estarmos estudando “errado”. Sim, um autodidata pode enfrentar problemas com sua postura na hora de aprender novas habilidades e conhecimentos.
Vamos ver agora três problemas comuns na mentalidade de quem vai estudar por conta própria.

1 – Tem muitas coisas que você não sabe que você não sabe.

Esse é um obstáculo fundamental para o crescimento de qualquer estudante. Você precisa constantemente buscar referências. Estudar por conta não é estudar sozinho. Por isso, eu sempre rejeito a frase “você é um autodidata” porque sei que na grande maioria das vezes as pessoas querem dizer que “você se ensina”. Autodidata é aquele que persegue com vigor o seu aprendizado. Admita: você não sabe tudo do assunto (até por isso que está estudando ele).

Conheça o efeito Dunning-Kruger, como explicado em seu artigo (numa tradução livre):
As pessoas tendem a ter visões excessivamente favoráveis de suas capacidades em vários domínios sociais e intelectuais. Os autores sugerem que esta superestimação ocorre, em parte, porque as pessoas que são não qualificadas nestes domínios sofrem uma dupla carga: Não só elas chegam a conclusões errôneas e fazem escolhas infelizes, mas sua incompetência rouba-lhes a capacidade metacognitiva para perceber isso.

Ponto é: como você saiu do zero, ao chegar em qualquer ponto mais avançado ao estudar por conta, você vai se sentir muito bom e, de certa forma, dominador do assunto. Cuidado. Busque referências e pessoas que possam te ajudar a encontrar um caminho de aprendizado, para você saber o que você não sabe.

2 – Você não é um especialista em aprendizagem.

Por mais que eu já tenha dito antes que precisamos abandonar muitos conceitos e paradigmas que temos sobre Educação, de longe eu quero dizer que eu tenho a resposta. A pedagogia e didática atuais têm sim coisas para nos ensinar. Provavelmente é um erro você achar que você entende mais sobre o processo de estudar por conta e aquisição de habilidades do que um especialista no assunto (mesmo quando falarmos sobre como você, em específico, aprende).

Em seu blog, Erik Dietrich fala sobre a “ascensão do novato especialista” (publicação em Inglês), em uma tradução livre. Ele introduz o conceito do novato especialista por meio de uma analogia com a sua experiência com o boliche.
Ele diz que em seus primeiros dias como um jogador, ele desenvolveu uma técnica que não envolve colocar os dedos na bola de boliche. Essa técnica funcionou bem – até certo ponto. Ele foi capaz de melhorar a um certo nível na competição que ele jogou, marcando até 160 (de 300) em um jogo. Até que ele parou de melhorar. Um gerente com mais idade, eventualmente, disse o que seria necessário para crescer. Ele havia chegado ao limite de progresso jogando daquela maneira (que era errada). Se ele quisesse evoluir, teria que voltar atrás e aprender a jogar da maneira certa. E, o pior de tudo, ele seria um jogador ruim até que possa voltar no estágio que estava e, depois, ser ainda melhor.

O novato especialista encontra-se em uma posição na qual eles fazem algo “suficientemente bem” e até mesmo “melhor do que a maioria”, mas não de forma “verdadeiramente excelente”. Por não saber ou por ignorar ativamente as suas próprias lacunas de conhecimento, o novato especialista perde a oportunidade de descobrir o que eles não sabem. Este é um enorme inibidor de crescimento.

Ponto é: tente estudar sobre o processo de aprendizagem, ainda mais se for de áreas que você não tem contato; por exemplo: um administrador estudando, pela primeira vez, sobre design.

3 – Ignorar o planejamento.

Ao contrário do que muitos pensam, estudar por conta não é sinônimo automático de aprender mais rápido. Recomendo muito a leitura sobre o modelo dos irmãos Dreyfus, pois ele te trará uma visão organizada e mastigada sobre o processo de aprendizado.

Muitos, ao estudar por conta própria, querem aprender uma coisa bem específica, como uma ferramenta ou uma técnica em especial. Contudo, se o seu caso for de aprender sobre uma área que seja abrangente, tome algum tempo tentando planejar seus estudos, faça um balanço entre estudos experimentais (pesquisa, perguntas, identificação de teorias e modelos) e de absorção (aulas, vídeos, leitura). Enfim, saiba que, se você está querendo estudar algo por conta própria, existem muitas chances de cair no problema 2.

Ponto é: Pense no que pode acontecer devido ao efeito Dunning-Kruger e tente antecipá-lo.

Você já havia refletido sobre essas mentalidades sobre o ato de estudar por conta própria?

Reconheça que a estudar por conta não significa não precisar de ajuda. Se isso é válido para o conhecimento em si, também é muito mais forte para a didática da coisa. Se você aprender de maneira errada, o processo de re-aprender vai ser muito mais doloroso (contudo, com certeza de tempos em tempos precisamos fazer isso).
Estudar por conta significa estar ativamente na busca e expondo-se a diferentes conhecimentos e crenças do que aqueles que você já possui. É uma boa jornada.

Para fazer já: liste os conhecimentos e habilidades que você está tentando aprender hoje e comece a fazer seu planejamento. O que eu sei, o que eu não sei e o que eu não sei que não sei. Nesse última coluna, vá preenchendo conforme você for pesquisando por referências, termos da área que você antes não conhecia e nomes de pessoas influentes. Em seguida, veja as skills que você precisa desenvolver para aprender as novas skills da segunda coluna.

Adaptação: o que você faz quando pisa na m#%*@?

O que você faz quando pisa na merda? Reclama, xinga a todos, limpa na calçada do vizinho, chora no canto e nunca mais passa por ali? Ou você dá uma xingada de leve no responsável anônimo que deixou a merda lá, afasta a merda para o canto pra outro não pisar, limpa seu tênis e segue em frente? A escolha e a atitude são suas. E a adaptação também. Porque uma hora a merda aparece e você pisará nela, não tem jeito. É justamente nessa hora que todo mundo estará te olhando e saberá quem você realmente é, quais são suas verdadeiras atitudes diante das adversidades e qual o seu poder de adaptação.

Adaptação não é baixar a guarda.

adaptação não é baixar a guarda

Se existe uma palavra que pode definir nossos rumos e a maneira como encaramos a vida, nosso trabalho, carreira, sonhos e frustrações, essa palavra é: adaptação. A começar por Charles Darwin, que em sua teoria da evolução das espécies nunca teria dito que o mais forte sobrevive na natureza, mas sim o mais adaptado, também cheguei a conclusão, após quase 20 anos de trabalhos, que a frase do famoso naturalista inglês se aplica perfeitamente a cada um de nós em nossas vidas pessoal e profial. Da mesma maneira que um animal evolui e se adapta a ambientes hostis, recursos escassos e relações difíceis, certamente convivemos com situações muito similares em nossas vidas.

Somos sim capazes de nos adaptar a qualquer tipo de situação, ambiente ou dificuldades. Aprendemos com elas e seguimos em frente. O problema é que a capacidade de adaptação que temos a situações desconfortáveis é a mesma para situações confortáveis demais, e às vezes baixamos a guarda quando devemos sempre estar ligados e prontos para agir.

Prepare-se para o inesperado.

adaptação como se adaptar ao inesperado

Vivemos cercados e influenciados por circunstâncias que podem nos favorecer ou prejudicar, e isso dependerá de como reagimos e nos adaptamos a elas.  Situações circunstanciais não marcam hora para aparecer diante de nós – ou você já recebeu um WhatsApp dizendo “olha lá o cocô ali no seu caminho!”?

Por mais planejados, detalhistas e ligados em dados e estatísticas que formos, nunca estaremos 100% preparados para uma situação adversa que possa aparecer. Não é possível prever tudo. O importante é estarmos preparados e principalmente termos a sabedoria e a agilidade para nos adaptarmos rapidamente, mudarmos a rota, buscarmos apoio, resolvermos o problema e seguirmos em frente de outra maneira.

Adaptação é uma questão de escolha.

como escolher a adaptação

Por mais imprevisível, cruel e desfavorável que possa ser uma situação, no final das contas é inegável que ainda temos algo a fazer e nos apegar. Temos a escolha. Temos o poder de escolha para decidir, quase no exato instante, como vamos reagir e resolver esse problema que subitamente apareceu. E de novo: é justamente nessa hora que as pessoas estão nos observando.

Para citar alguns exemplos práticos, pude aprender dentro da organização de um dos maiores eventos de líderes empresariais e chefes de Estado do mundo que quanto menos você espera, algo pode – e vai – acontecer. E tudo dependerá do seu preparo e de sua capacidade de adaptação e reação para que o resultado final seja o melhor possível.

Trabalhar na organização do Fórum Econômico Mundial foi uma das experiências mais intensas no exercício de adaptação e reação que tive em toda minha vida. Afinal, um leve deslize, um planejamento mal feito, ou a falta de ação e atitude em algum momento, pode levar a constrangimentos para grandes clientes ou até incidentes diplomáticos sérios. Em um evento desse porte, tínhamos que estar extremamente preparados, alinhados e prontos para agir em qualquer situação.

Tudo parece estar perfeito? Isso é um risco.

adaptação a possibilidades

Uma vez, um dos diretores do Fórum me disse algo que levo para a vida: “está tudo pronto. O evento está perfeito, temos os melhores equipamentos, as melhores equipes e a melhor qualidade. Mas é nessa hora em que achamos que temos tudo sob controle que os principais problemas podem aparecer. Se estivermos olhando para o lado, distraídos ou relapsos, não perceberemos os erros a tempo de corrigi-los rapidamente. Por isso, esteja ligado principalmente nos momentos em que achamos que está tudo perfeitamente bem. Se somos os melhores nisso que estamos fazendo é porque estamos ligados em tudo ao nosso redor, nos planejamos e agimos rápido, muito antes dos outros e até de nossos clientes perceberem.”

Foi uma lição e tanto. Mesmo com todo o planejamento e tecnologia, não podemos prever fatores aleatórios. Imprevisibilidades sempre acontecem, mesmo em um grande evento como o Fórum Econômico Mundial. A escolha que tínhamos era de sempre tentar rapidamente resolver no ato e não deixar que piorasse. Caso não fosse possível, buscaríamos alguma solução, uma outra maneira e até um improviso bem feito e já previsto para continuar entregando o melhor. E se mesmo assim não fosse possível,o pensamento era “reveja o processo rapidamente, desvie a rota, e nem mesmo os clientes vão perceber o quão sério era o problema”. Adaptação intrínseca à percepção é o melhor remédio.

Desenvolva a habilidade de se antecipar aos problemas.

adaptação como antecipar problemas

Nos trabalhos que realizo junto a empresas e entidades, sejam em criatividade, inovação, comunicação e marketing ou eventos, sempre percebo situações adversas que podem acontecer ou que estão circulando nos ambientes. Minha atitude é simplesmente tentar antecipá-las, me preparando para elas junto ao meu cliente. Essa habilidade, é claro, desenvolvemos com tempo e experiência, mas todos somos capazes de nos anteciparmos e adaptarmos. No final, continua sendo uma questão de ouvirmos nossa intuição e experiência, que estão sempre tentando nos dizer algo do que devemos ou não devemos fazer.

Finalmente, há também situações adversas e fatores aleatórios graves que acontecem e que, por mais preparados que estivermos ou mais rápidos que formos em nos adaptar, podem ser impossíveis de serem corrigidos, atenuados ou resolvidos. Talvez eles indiquem ruptura, mudança e novos caminhos. Recomeço e quebra. Mas continuamos a ter possibilidade de adaptação.

Afinal, somos nós e nossas circunstâncias. Não adianta brigarmos contra elas. Precisamos saber identificá-las e usá-las a nosso favor. Caso contrário, elas lhe serão certamente desfavoráveis, e nós perderemos sempre.

Curtiu? Então dá uma olhada em por que bons profissionais de tecnologia são os que resolvem grandes tretas.

Como não procrastinar em três passos

A gente quer muito ser dedicada, sentar na cadeira e trabalhar direitinho até terminar aquele projeto super trabalhoso e complicado. Mas saber como não procrastinar nem sempre é tão fácil assim, especialmente para os freelas entre nós. Não ter um chefe sempre à espreita pode facilitar aquela olhadinha no Facebook de vez em sempre, ou só responder aquelas mensagenzinhas rápidas (que não param de chegar) ali no WhatsApp.

Depois de muito enrolar, morcegar e me virar em duas pra cumprir deadlines que poderiam ser alcançados sem tanto estresse, fui obrigada a mudar de estratégia pra tentar reduzir ao máximo a minha procrastinação. Aqui vão três dicas simples que têm dado certo na minha vida.

Defina um horário de trabalho

defina um horário de trabalho como não procrastinar

Ser dono do próprio nariz e dos próprios horários é uma das maiores bênçãos da vida de freela, mas grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Já cansei de trabalhar em final de semana pra cumprir deadline porque passava a semana arranjando qualquer coisa pra fazer que não fosse trabalhar. Isso mudou quando estabeleci horários pra trabalhar. Assim, passei a cobrar de mim mesma a atenção e foco necessários pra terminar tudo o que preciso dentro do horário. Com isso, adivinha? Sobrava muito mais tempo de qualidade pra eu viver minha vida livre, em paz sabendo que terminei minhas responsabilidades daquele dia.

É claro que nada precisa ser tão rígido. Dependendo da demanda, a gente adapta nossos horários para trabalhar mais ou menos, mas a ideia geral segue a mesma: tem hora pra trabalhar e tem hora pra viver o resto da vida. Trabalhar num coworking é uma boa pedida para quem pensa em como não procrastinar, e para mim funcionou!

Experimente a técnica Pomodoro

Defina um horário de trabalho como não procrastinar

Você conhece a técnica Pomodoro? Ela funciona justamente porque permite que você procrastine 5 minutinhos a cada 25 minutos de trabalho. É assim: você bota um timer pra apitar a cada 25 minutos. Cada um desses blocos de 25 minutos é chamado de “um pomodoro”. A cada pomodoro, você faz uma pausa de 5 minutos e, ao final desses 5 minutos, volta a trabalhar imediatamente. Depois de 4 pomodoros (que totalizam 1 hora e 55 minutos), você faz uma pausa mais longa de 30 minutos, pra então recomeçar todo o ciclo.

Você pode adaptar a técnica pro que funciona melhor para o seu tipo de trabalho. Eu gosto de focar bem no mesmo projeto durante os 4 pomodoros, usando as pausas para responder mensagens ou ir ao banheiro, e depois, na pausa mais longa, respondo e-mails ou faço um lanchinho.

Essa técnica funciona porque sempre que dá vontade de olhar o Facebook ou fazer qualquer outra coisa, você olha no timer e vê quantos minutos faltam pra poder dar uma escapadinha. Como os períodos de trabalho contínuo não são muito longos, não fica difícil segurar por alguns minutinhos a vontade de desviar a atenção.

É importante seguir à risca os horários, e não “dar um jeitinho” e compensar depois. Pra ajudar, é legal usar um timer específico pra essa técnica, que já vem com os ciclos programados. Tudo o que você tem que fazer é começar ou parar de trabalhar na hora em que ele apitar. Eu uso o Pomodoro One para MacOS, mas existem inúmeros apps tanto pra desktop quanto pra celular, pagos ou gratuitos, basta encontrar um que você goste mais. Pra saber mais, veja também a página oficial da técnica Pomodoro.

Encontre uma boa música para trabalhar

Música para trabalhar como não procrastinar

Dependendo do tipo de trabalho que você faz, das suas preferências e de como o seu cérebro funciona, ouvir um som bacana pode te ajudar a concentrar no trabalho e não dispersar a atenção. Vai de você pesquisar, testar e encontrar o tipo de som que melhor se adapta às suas necessidades e seu humor na hora. Por exemplo, como eu trabalho o dia todo lendo, interpretando, traduzindo e revisando palavras, música com vocal me desconcentra muito, e só consigo ouvir música instrumental ou white noise.

Pra encontrar o que ouvir, estou sempre de olho nas playlists prontas do Spotify e montando as minhas próprias. E quem não gosta de um barulhinho de chuva, né?

Bônus: maneire no café

Maneire no café como não procrastinar

Acho que essa história é bem familiar pra todo mundo: a gente acorda morta de sono, toma café o dia todo pra conseguir ficar acordada e trabalhar, e quando chega a noite, não consegue dormir. Isso sem contar a vibe pilhadona do café, que faz a gente pensar em mil coisas ao mesmo e não focar de verdade em nada.

Tentando driblar esses efeitos matadores da cafeína, resolvi experimentar algo de diferente e deu super certo. Em vez de tomar várias xícaras de café ao longo do dia, o que eu faço agora é tomar só uma xícara no café da manhã. No resto do dia, tomo chá de camomila. Parece contraproducente, mas a camomila não dá sono: ela deixa a mente mais calma, relaxada e focada, o que ajuda a concentrar no que a gente está fazendo e fazer com qualidade. De brinde, a qualidade do sono melhora muito e no dia seguinte a gente acorda descansada e energizada.

Saber como não procrastinar melhorou demais a minha qualidade de vida. Uma vez que o tempo de enrolação virou tempo de trabalho de verdade, consigo terminar minhas tarefas mais cedo e ter mais tempo livre pra curtir o que eu quiser. Por isso digo que vale a pena parar um pouco e reavaliar como você está usando seu tempo e sua atenção.

Tem alguma outra dica antiprocrastinação que funciona pra você? Conta pra gente!