Inovação | Página 4 de 4 | Aldeia | Movimento de Realizadores

Quais são os tipos de inovação existentes?

Dependendo do impacto que as inovações em processo, produto e modelo de negócio trazem ao mercado, elas podem ser classificadas em dois diferentes tipos – inovações incrementais e inovações radicais. O primeiro passa para ser inovador no seu empreendedimento é saber quais são os tipos de inovação existentes. Na sequência, os empreendedores precisam estar atentos às oportunidades e aos riscos que cada tipo traz ao seu negócio e ajustar as suas atividades de acordo com o novo cenário imposto pelo mercado. Um dos maiores mitos do empreendedorismo é que seu negócio vai ser sempre o mesmo.

As duas formas de inovações podem acontecer na forma de melhorias nas características do produto ou em ganhos de produtividade. O primeiro caso é facilmente perceptível pelo consumidor. Já no segundo, os benefícios normalmente ficam restritos à empresa que realizou a inovação.

Inovação incremental.

Também chamada de “Inovação Marginal” ou “Inovação de Sustentação”. São pequenas melhorias que não alteram de forma substancial a maneira como o mercado é organizado. É simplesmente uma evolução dos produtos e serviços já existentes. Cada progresso isolado dificilmente gera uma vantagem competitiva duradoura. Somente um fluxo constante de inovações incrementais pode fazer uma empresa conseguir se diferenciar de seus competidores no longo prazo.

Um exemplo é a melhoria na qualidade da imagem da câmera de um celular. Ao comparar as fotos de um modelo do ano passado com um modelo recente, com certeza existem ganhos de qualidade na imagem. Mas a utilização principal do dispositivo não se altera. A função continua a mesma: tirar fotos.

Um ponto positivo deste tipo de inovação é que ela costuma ser muito barata. Converse com seus consumidores para entender exatamente o que agrega valor nos produtos e serviços que você oferece. Faça mais daquilo que agrada e corte o que não faz diferença para seu cliente. Também fique de olhos nas tendências do mercado e teste novidades sempre que possível. Lembre-se sempre que para ter um negócio que se destaque dos concorrentes, você precisa fazer inovações incrementais continuamente.

Inovação radical.

É quando alguma coisa que traz uma grande novidade em termos de tecnologia, estrutura ou operação. Promove uma grande alteração no status quo. Normalmente, faz com que os produtos que substitui se tornem obsoletos em poucos anos. Costuma afetar várias indústrias de uma vez só e obriga o mercado a se readequar a esse novo paradigma. Apesar de essas mudanças trazerem alguns efeitos negativos, como o fechamento de postos de trabalho e falência de empresas que eram dependentes do sistema anterior, no longo prazo a tendência é que sejam positivos para consumidores e para a Economia de forma geral. Às vezes é chamada também de Inovação Disruptiva.

Inovações radicais costumam exigir um investimentos pesados em pesquisa e desenvolvimento. Muitas vezes também são necessários grandes esforços em marketing para educar o público-alvo sobre a necessidade e forma de uso do novo item. É relativamente comum inovações radicais, depois de uma febre inicial, acabarem não vingando. Um exemplo são os tablets, que quando foram lançados, análises afirmavam que seriam os substitutos dos notebooks. Entretanto, na prática, os equipamentos não são confortáveis para o trabalho diário e não conseguem competir com a portabilidade de um smartphone. O resultado é que depois de um início explosivo, hoje as vendas estão em decadência.

Pegando o mesmo exemplo da inovação incremental, a inovação radical seria a adição de uma câmera a um telefone celular pela primeira vez. A partir de então, os aparelhos ganharam uma nova função. Além de fazer ligações e mandar mensagens, eles também poderiam tirar fotos. Em um primeiro momento a qualidade das fotos era ruim e não substituiu por completo as câmeras fotográficas. Porém, ao longo do tempo, inovações incrementais na qualidade das imagens fizeram com que as máquinas dedicadas a fotografia se tornassem cada vez menos necessárias.

Uma inovação radical bem-sucedida tem o potencial de fazer o seu negócio crescer exponencialmente por vários anos. O problema é que inovações radicais costumam ser caras e arriscadas. Caso você decida apostar em uma inovação radical dentro da sua empresa, gerencie os riscos para não colocar todos os ovos em uma cesta e acabar descuidando de outras frentes de trabalho. Mesmo que não invista – tempo, energia e/ou dinheiro – nesse tipo de inovação, sempre fique atento ao que acontece no mercado. Demorar para identificar uma grande alteração de rumo pode colocar seu negócio rumo a falência.

Simplesmente saber quais são os tipos de inovação existentes não adianta nada.

Empreendedores devem colocar esse conhecimento em prática, criando e inovando em seus negócios. Uma das melhores maneiras de pensar em novas características para seus produtos e serviços é trocando conhecimento com outros empreendedores.

NÃO DEIXE PARA DEPOIS

Estar sempre inovando se tornou um ponto crítico para se diferenciar no mercado. Aprenda no curso de Tendências: pesquisas e estratégias, em Curitiba, o que e como fazer para monitorar e usar as tendências a favor da sua empresa ou projeto, reduzindo riscos e compreendendo os desejos dos consumidores. 

Como ser inovador na sala de aula – inovação na Educação

 

O diálogo sobre a ser inovador na sala de aula, que veio da necessidade de repaginar as práticas e metodologias de Ensino, já começou faz tempo, e todo mundo já está “careca de saber” que muitos profissionais da Educação estão ávidos por mudar a realidade de sua sala de aula. A pergunta é: como?
Neste post, além de sensibilizá-los sobre como se inovador na sala de aula, quero dar algumas dicas para que você elabore algumas iniciativas. Apliquei todas elas até nos meus alunos de pós graduação e obtive resultados muito interessantes! O que percebo é que, fazer de sua aula um laboratório de disrupção torna o processo de aprendizagem do aluno muito mais envolvente e desafiador.

Como ser inovador na sala de aula?

Olha, devo dizer que responder a esta pergunta não tem sido fácil. Percebo que a discussão sobre inovação na Educação está presente em todas as camadas que, de alguma forma, tem relação com isso. Nunca falamos tanto sobre ser inovador na sala de aula. E o mais engraçado é que ninguém ainda chegou “n’A resposta”. Isso acontece porque o conceito de ser inovador na sala de aula ainda é muito fluido, híbrido, e nem todo mundo se apoderou dele da maneira como deveria. E aí, se nem sabemos exatamente o que é, inovação, como vamos aplicar, não é mesmo? Então, o primeiro passo para ser inovador na sala de aula é estudar este conceito, ver como a galera que trabalha com inovação por aí tem se comportado no ecossistema e mergulhar nesta realidade.

Dica #01: Use o snapchat em suas aulas.

Utilizei o snap para dar pequenos drops de conteúdo para alguns alunos da pós graduação e o resultado foi surpreendente. Em uma das aulas fiz assim: pedi a eles que assistissem um vídeo e que me mandassem, como tarefa, algum tipo de registro das reflexões que fizeram do vídeo. Poderia ser música, foto, imagem, textão no Face, o que desejassem. Aí fiz uma “chuva de snaps” com alguns pontos para discussão do vídeo, me valendo de um mindmap que eu mesma fui construindo com eles ao longo dos snaps!

Resultado: alunos EM POLVOROSA por 24 horas; alunos que tem seu modo de aprendizagem mais visual super felizes; alunos que deram depoimentos, dizendo: “professora, estou aqui na fila da operação escola pra buscar minha filha e aproveitei o tempo pra estudar, não é mesmo?”

O snap te dá a chance de seu aluno estudar a qualquer momento, e a você, de colocar mais velocidade, mais qualidade – porque explicar de modo condensado uma teoria, em takes de 10 seg não é pra qualquer um – e bom humor em suas aulas. Ser inovador na sala de aula é fazer a Educação não estar presa a uma localização.

Dica #02: Noções de empreendedorismo são fundamentais.

A maioria de nossos alunos jovens quer empreender, e estes números crescem cada vez mais. O problema é que eles chegam completamente despreparados para esta realidade quando vão enfrentar o mercado. Além disso, o conceito de inovação – nesse contexto – só faz sentido quando uma ideia torna-se rentável, monetizável, quando ela vira negócio.

A visão empreendedora exige um olhar polímata sobre uma ideia ou processo, e cabe a nós já ir anunciado esta toada aos nossos alunos! Mas como?

Bem, os problemas de matemática podem ser desafios empreendedores. As aulas de biologia podem servir para que os alunos pensem em soluções sustentáveis para uma empresa. As aulas de inglês podem servir para estudar cases de sucesso, assistir e discutir TED’s e cursos da galera que inova pelo mundo, entre tantas outras. Ser inovador na sala de aula permite que tudo isso possa ser uma laboratório fantástico de empreendedorismo e inovação. Você pode ainda reunir todos estes conhecimentos em uma super semana disruptiva em sua Instituição de Ensino, convidando os próprios alunos a exporem suas soluções encontradas ao longo do processo! #fikdik

Dica #03: Invista em oficinas.

Esquece a aula. Sério. Esquece. Essa, tradicional, que a gente senta em fileira, quadro negro, caderno, etc etc…. Manda um beijo pra ela. Já foi, gente. Não temos mais as mínimas condições de continuar neste modelo. por isso, minha sugestão, é: invista em oficinas, ou em processos que acontecem nestes ambientes.

Como?

Troque seu quadro negro pela parede do fundo de sua sala de aula. O giz, por post-its coloridos. Troque o conforto de estar só você no tablado e dê post-its para todos os alunos e fique com eles diante da parede em branco. Comece sua aula propondo uma situação problema sobre o assunto a ser estudado. peça ajuda a eles para identificar os gargalos desta situação… E aí o design thinking faz o resto 😉

Crie personas com problemas e peça para que eles criem soluções com base nos conteúdos estudados em sala. Apresentem as soluções uns para os outros. E veja o resultado.
Nossos alunos não aprendem apenas vendo e ouvindo. Eles aprendem fazendo. Ser inovador na sala de aula é torná-la uma incubadora da nova geração maker é um privilégio, e mais, nosso dever como profissionais da Educação.