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UX Writing: vagas de emprego, melhores portfólios e como se destacar na profissão

Se você chegou aqui neste artigo, provavelmente despertou algum interesse por UX Writing – mesmo que ainda não saiba muito bem o que é -, e deve estar querendo saber se há vagas de emprego para quem trabalha nesta área.

Então, logo de cara, já vamos te dar a primeira boa notícia: sim, há uma crescente procura por UX writers no mercado. Na verdade, existe até uma carência de profissionais capacitados para trabalharem na área.

Isso porque, apesar de estarmos rodeados por imagens, seja no Instagram ou em qualquer outro aplicativo, os textos ainda são importantes guias para que o usuário entenda facilmente como realizar uma tarefa no ambiente digital – que pode ser, por exemplo, uma compra, um cadastro ou uma pesquisa.

Mas, para trabalhar com UX Writing, não basta apenas gostar de escrever e ser um mestre nas regras gramaticais. É necessário muito estudo, rascunhos e, principalmente, conhecer muito bem a persona da empresa, pois todos os textos serão criados pensando em ajudá-la, e não confundi-la com palavras difíceis ou períodos longos e cansativos.

Ainda precisa de mais informações? Calma, continue lendo o artigo. Você vai descobrir o que é esse tal “UX Writing”, quais cursos deve fazer e tudo que vai precisar para se capacitar, candidatar-se a uma vaga e conseguir um bom emprego nessa carreira tão promissora. Preparado?!

Índice do artigo

UX Writing: o que é?

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Ilustração: Stories Freepik

UX é a sigla para User Experience – ou Experiência do Usuário, em português. O termo ganhou popularidade lá no início da década de 90, com o cientista cognitivo Don Norman, que na época trabalhava para a Apple.

A partir daí, várias vertentes surgiram para fazer com que a interface dos produtos garantisse a melhor experiência possível para o usuário. Ao entrar num site ou aplicativo, todas as imagens e textos deveriam guiar a pessoa de forma que ela facilmente conseguisse realizar uma tarefa, sem obstáculos.

Você já reparou que quando acessa um site para adquirir um produto, passa por várias páginas antes? E em cada página dessas aparecem textos, mensagens e botões para te levar ao objetivo final. Se a compra for aprovada, uma mensagem de sucesso. Caso apareça uma mensagem de erro, você saberá que aconteceu algum problema.

Os responsáveis por arquitetar todo esse trajeto dentro da interface são os profissionais de UX, e tudo começa num rascunho – muitas vezes feito com papel e caneta mesmo – conhecido como wireframe.

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Imagem: Pexels

Voltando ao significado. Se traduzirmos ao pé da letra, já será possível ter uma boa noção do que quer dizer UX Writing. Como vimos, “UX” é Experiência do Usuário. Já “writing” é a tradução em inglês para “escrita”.

Sendo assim, teremos a “Escrita para a Experiência do Usuário”. E é exatamente esse o objetivo que todo UX Writer (o nome dado ao profissional da área) deve ter em mente.

Diferente do Copywriting, que é a criação de conteúdos focados exclusivamente para conversão e vendas, o UX Writing tem como missão principal guiar os usuários dentro do ambiente digital, por meio de textos mais curtos e objetivos: as microcopies.

Veja como a atual UX Writer do Google, Torrey Podmajersky, descreve a profissão em seu livro “Redação Estratégica para UX” (falaremos mais sobre ele daqui a pouquinho):

“UX Writing não é uma sequência de palavras, sentenças e parágrafos que se sustentam sozinhos. Em vez disso, ele existe para ser o diálogo entre a experiência e a pessoa que a está usando. A experiência conversa com a pessoa com palavras e imagens, e o usuário responde interagindo com os elementos na tela.” 

Todos os títulos, mensagens, formulários, descrições, menus, botões, perguntas frequentes (FAQ) e até mesmo os textos das páginas de erro são pensados nos mínimos detalhes para oferecer uma excelente usabilidade para quem estiver navegando no site ou app da empresa.

Quer exemplos? Vamos lá.

Olhe a página do iFood destinada a parceiros: 

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Textos curtos, linguagem fácil e direta ao ponto. 

Donos de restaurantes e mercados que entram no site geralmente querem saber como fazer para começar a vender na plataforma. E eles conseguem, logo de cara, encontrar as informações necessárias para realizar a tarefa.  

Outro caso, mas agora uma mensagem de erro no aplicativo do Next – fintech do Bradesco.

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Bem mais amigável e esclarecedor do que colocar um “X” vermelho escrito “ERRO” embaixo, né?!

Procurando Vagas de UX Writing: Precisa-se de UX Writers

Se você achava que os textos e menus que via em aplicativos como o Uber e o Ifood eram escritos aleatoriamente por qualquer funcionário, tá enganado. Essas empresas possuem profissionais específicos, UX Writers, que são responsáveis por escolher cada palavra que aparece na tela, com base em vários estudos de comportamento do usuário.

A notificação que sobe para avisar que o seu pedido foi confirmado. O texto que aparece para informar que o pagamento foi aprovado. Tudo isso ajuda a garantir que basicamente qualquer pessoa abra o app e consiga pedir um motorista para o trabalho ou o almoço do dia, sem complicações.

É por esse motivo que as maiores empresas de tecnologia do Brasil e do mundo precisam de UX Writers. É uma profissão extremamente promissora e com carência de profissionais capacitados no mercado.

Falando nisso, a Nielsen Norman Group fez uma projeção de que, até 2050, serão mais de 100 milhões de profissionais de UX.

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Mas se engana quem pensa que é só escrever umas palavrinhas e ganhar dinheiro. 

Não basta escrever bem ou de acordo com a norma culta. O mais importante é que o profissional tenha a habilidade de usar as palavras para guiar outras pessoas na realização de tarefas, da maneira mais clara, amigável e coesa possível, os chamados microtextos.

Ah, e claro, também é preciso gostar muito de escrever, estudar bastante e analisar o feedback dos usuários, pois sempre há espaço para aprimorar a experiência.

Para te ajudar, disponibilizamos aqui no site da Aldeia um local específico para você encontrar vagas disponíveis na área de UX Writing, separadas por filtros. Pode ser a sua chance de iniciar uma carreira de sucesso. Clique aqui e dê uma olhada!

Tendências do mercado de UX Writing

De um modo geral, as empresas já estavam migrando para o ambiente digital, afinal, é este o futuro. 

Mas com o atual cenário de pandemia, o processo teve que ser acelerado. Pense no seu caso: quantas vezes você precisou usar algum aplicativo para pedir comida ou transferir dinheiro nesta quarentena?

Até mesmo as pessoas mais velhas, que costumavam ir pessoalmente aos lugares, tiveram que aprender a usar o aplicativo do banco para pagar contas e as redes sociais para se comunicar com a família.

Para se ter uma idéia, uma pesquisa do Google mostrou que, durante a período de isolamento, 32% dos entrevistados fizeram a primeira compra on-line e que houve um aumento de 329% no interesse por plataformas de conteúdo digital – como o Youtube e Netflix.

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Tá, mas o que isso quer dizer?

Com cada vez mais gente usando as plataformas digitais, a demanda por profissionais que saibam criar interfaces focadas na experiência do usuário aumenta bastante.

Além disso, como vimos na imagem acima, temos novos públicos passando a utilizar os sites e aplicativos para consumo, pessoas com pouca experiência com tecnologias.

E quem melhor do que os UX Writers para guiá-los?

Mais do que nunca, os profissionais de UX vão precisar estudar quem é essa galera que está chegando, analisar quais são as necessidades e dúvidas que esses usuários possuem e criar textos que ajudem os iniciantes.

Os chatbots – softwares que simulam pessoas no atendimento aos users –  continuarão como tendência, mas vão precisar parecer ainda mais humanos e espontâneos.

UX Writing: principais formações que destacam um candidato

Como dissemos, ser um UX Writer vai muito além de apenas gostar de escrever. O profissional geralmente trabalha em uma equipe formada por UX e UI Designers, programadores e engenheiros. Na maior parte do tempo, estará em reunião com essas pessoas, debatendo ideias e sugerindo melhorias para o produto.

Sendo assim, além da habilidade com a escrita, ele também vai precisar ter conhecimentos sobre design, programação, psicologia e outras áreas, para que o staff consiga dialogar entre si e criar uma interface que traga uma excelente usabilidade para o usuário final.

Para entender melhor, se liga no que a Marly Pierre-Louis, UX Writer do Booking.com (um dos maiores sites de reserva de hospedagens do mundo), fala sobre esse ambiente colaborativo:

“Os UX Writers da Booking.com estão integrados a equipes multidisciplinares. Analisamos dados e insights junto com os proprietários do produto, resolvemos problemas lógicos e  condicionais com nossos desenvolvedores e colaboramos de perto com nossos designers para entender as interações desejadas. Juntos, trabalhamos em soluções e recursos. E sempre tente manter a jornada do usuário em mente: De onde eles vêm? O que queremos que eles façam? O que eles querem fazer? Aonde eles vão depois? É isso que eles esperam?”

É claro que uma formação em Jornalismo, Letras, Publicidade ou Psicologia pode ajudar na hora de uma entrevista de emprego como UX Writer. Mas nada impede que uma pessoa sem faculdade, autodidata, fazendo os cursos e lendo os conteúdos certos, consiga aprender exatamente como escrever textos que ajudam as pessoas, monte um bom portfólio e garanta uma excelente carreira em UX Writing.

“E como saber o que escrever para guiar o usuário até o seu objetivo?”

Estudando muito sobre a persona, lendo bastante, trocando ideias com outros profissionais da área e, principalmente, analisando reviews e feedbacks dos clientes.

Se a meta é identificar possíveis soluções de problemas, nada melhor do que ouvir e observar as várias pessoas que utilizam o produto no dia a dia, não é mesmo?

Como criar um portfólio de UX Writing sem experiência

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Imagem: Design Your Way

Se você nunca trabalhou com UX Writing, deve estar se perguntando: “tá, mas como eu faço para montar um portfólio sem ter experiência?”

Para te tranquilizar, saiba que muita gente começa como UX Writer sem nunca antes ter atuado na profissão. Até porque estamos falando de uma área nova, e as empresas sabem que terão dificuldade de encontrar alguém com anos de experiência.

 Então veja o que você pode fazer para montar um portfólio legal:

  1. Coloque textos escritos por você

Você tem um blog? Já trabalhou como redator publicitário? Atuou como jornalista em alguma empresa? Então reúna os seus melhores conteúdos e use como portfólio.

Com eles, os possíveis contratantes terão uma boa noção se você realmente escreve bem e, a partir daí, já é meio caminho andado.

  1. Crie projetos fictícios

Conhece algum amigo que tenha empresa com site ou aplicativo? Então você pode criar projetos – e não precisa ser nada de outro mundo, pode ser em rascunho mesmo – escrevendo microtextos para tarefas específicas e apresentá-los como experiência.

Ah, outra dica bacana é colocar os projetos que você desenvolveu durante os cursos de UX, como o daqui da Aldeia.

  1. Analise outros trabalhos

Comece a reparar nos textos e na usabilidade dos sites e aplicativos que você usa no dia a dia. A gente sempre acaba achando algo que dava pra ser melhor. Uma boa dica é ler as avaliações dos usuários nas lojas de aplicativos ou pedir para que pessoas conhecidas tentem executar alguma tarefa naquele app.

Faça uma análise das interfaces. Mostre o que achou mais legal e, principalmente, encontre erros, bugs ou linguagens inadequadas. Depois, apresente no seu portfólio soluções fundamentadas para esses conteúdos, que possam melhorar a experiência dos clientes.

Entrevista de UX Writing: Como se preparar?

Beleza, agora que você já conhece um pouco mais sobre UX Writing, chegou a hora de descobrir como mandar bem em uma entrevista de emprego para a área. Anota aí:

  1. Cadê o portfólio, queridão?

Lembre-se: numa área nova e que exige mais prática do que teoria, um bom portfólio vale mais que o currículo.

Antes de se candidatar para qualquer vaga de UX Writer, reúna os seus melhores trabalhos. 

“Ah, mas eu não tenho experiência…”

Você pode fazer um blog e publicar artigos de sua autoria, criar projetos fictícios, analisar a usabilidade e os microtextos de outros sites e aplicativos, colocar os exercícios que fez nos cursos…

Tudo que consiga mostrar a qualidade da sua escrita e o que você sabe sobre experiência do usuário – ainda que você não tenha experiência profissional – pode ajudar na hora da seleção.

  1. Estude sobre a empresa 

Cada empresa é diferente da outra. Não se comporte na entrevista de um banco da mesma maneira que se comportou na seleção de uma startup.

Estude sobre a empresa, veja o tempo de mercado, quantos funcionários ela tem. Procure as postagens dela nas redes sociais e repare no tipo de linguagem que costuma usar e até como as pessoas se vestem lá dentro.

Lembra quando dissemos que todo UX Writer precisa ser observador, pesquisar bastante e analisar comportamentos? Pois bem, ótima hora para colocar isso em prática.

  1. Faça perguntas

Não seja o candidato que entra na sala, responde tudo igual um robô e vai embora. Entrevistas de emprego devem ser vias de mão dupla.

Quando for estudar sobre a empresa, selecione alguns questionamentos que você pode fazer na hora que estiver conversando com o recrutador. Ele vai notar que você realmente procurou se informar sobre a instituição e te ver como alguém interessado.

  1. Conheça a persona e mostre soluções

Uma dica legal é estudar sobre a persona da contratante e colocar em seu portfólio uma análise das interfaces dos produtos dela. Destaque os pontos fortes e, principalmente, mostre o que poderia ser feito para melhorar a experiência dos usuários.

Nessa “miniconsultoria”, o RH vai perceber que você é uma pessoa pró-ativa, que dedicou parte do seu tempo para ajudá-la, mesmo ainda não estando contratado. Além disso, conseguirá avaliar os seus conhecimentos sobre UX Writing.

  1. Não exagere no currículo

A galera que trabalha no RH de grandes empresas faz seleções o tempo todo, e no primeiro teste prático já percebe quando alguém mentiu no currículo.

Então, nada de inventar cursos que você não fez, experiências em empresas nas quais jamais trabalhou e que fala inglês fluente sem nem saber usar o tal do “verb to be”.

Também não encha o seu currículo de coisas que não sejam relevantes para a vaga. Uma fintech não vai querer saber se você fez um curso de estética 10 anos atrás.

O ideal é fazer um currículo personalizado para cada seleção, colocando apenas o que pode interessar à empresa. Quanto menos páginas, melhor.

  1. Faça uma carta de apresentação

Uma outra ótima forma de mostrar que você escreve bem é através da carta de apresentação. Pode escrevê-la no próprio e-mail em que for mandar seu currículo.

Apresente-se, fale sobre você, revele o motivo pelo qual ficou interessado na vaga e como as suas experiências e habilidades podem ajudar a empresa. Uma dica massa – e malandrinha – é procurar palavras-chave na descrição do job e usá-las ao longo do texto.

Entrevista de UX Writing: Principais erros

Agora que você já sabe o que fazer para se preparar para a entrevista, também é importante saber o que NÃO fazer. Se liga aí:

Currículo com 1.000 páginas

Pensa aqui comigo: com o tanto de gente desempregada neste país, imagine a quantidade de currículos que as empresas recebem. 

Aí o cara do RH pega o seu e vê aquele monte de páginas. Olha, é 90% de chances que ele vai desconfiar de que você está inventando coisas ou que não sabe fazer um currículo e  nem vai ler.

Faça um currículo bem apresentável, de preferência personalizado para a vaga em questão, e coloque apenas o que você realmente acha que vai servir para aquela empresa. Fez algum curso ou trabalhou em algum local que em nada tem a ver com a vaga? Melhor nem colocar.

Mentiras no currículo

No currículo: Inglês fluente.

Na entrevista:

 – Tell me more about yourself.

 – What???

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Essa é clássica. E não adianta: se você mentir no currículo, mais cedo ou mais tarde o recrutador vai perceber. Os caras são treinados para isso.

Por falar no assunto, praticamente todas as vagas em grandes empresas aplicam testes práticos com os candidatos. Então se você bancar o malandrão e na hora não conseguir mostrar nada daquilo que dizia saber, já era.

Não ter um portfólio

Saber a teoria é muito importante, mas o que o recrutador quer mesmo ver é a sua escrita, os seus projetos de UX, o “fazendo acontecer”, na prática.

A falta de experiência também não pode ser desculpa para não ter um portfólio. Mostramos logo acima as dicas que você pode usar para montar o seu, mesmo sem nunca ter trabalhado na área.

Lembre-se que a proatividade é uma qualidade muito avaliada pelas empresas. Então cuidado para não ser visto como alguém preguiçoso. 

Chegar mais perdido que o Nemo

Sabe aquela pessoa que se candidatou para tantas vagas que às vezes chega para a entrevista já confundindo os nomes das empresas? Cuidado.

Estude sobre a empresa antes de chegar para a entrevista. Mesmo que ela seja uma startup de jovens, não significa que você pode ir de bermuda e chinelo já no processo seletivo.

Não seja aquele cara que senta na cadeira, responde as perguntas, agradece e vai embora.

Forçar a amizade

Tem gente que acha que por UX Writing ser uma profissão moderna, já pode chegar falando gírias, xingando e comendo na entrevista, como se o entrevistador fosse o amigo de infância.

Mas saiba: forçar a barra e bancar o puxa-saco com certeza vai atrapalhar mais do que ajudar. 

Entrevista de UX Writing: Como acontece e o que o recrutador espera

As fases de uma entrevista para vagas em UX Writing variam de empresa para empresa. Porém, há cinco etapas básicas que costumam existir em todas elas:

  1. Triagem de currículos

Aquele procedimento básico de todo processo seletivo. O RH vai avaliar a carta de apresentação e o currículo dos candidatos e selecionar apenas aqueles que estejam de acordo com os requisitos solicitados pela empresa.

  1. Análise do currículo e portfólio

Se o seu currículo estiver legal, eles vão analisar mais a fundo as informações que você colocou. Caso gostem do que viram, passam para a avaliação do que vai realmente determinar se você será ou não chamado para a entrevista: o portfólio.

É aí que eles vão descobrir se você realmente manja dos paranauê: como escreve, se a sua linguagem é amigável e como é o seu processo de criação.

Também gostaram? Opa, hora da primeira entrevista.

  1. Primeira entrevista

Já que a primeira impressão é a que fica, esta é a etapa que elimina muita gente. 

Aqui o recrutador deseja ver um perfil proativo do candidato. Fará perguntas e espera receber outras também, então é o momento para mostrar que você estudou sobre a empresa e que está realmente interessado em fazer parte da equipe.

  1. Teste prático

É, amigão, só a teoria não basta. Chegou a vez de mostrar se você sabe aplicar tudo aquilo que está no seu currículo. O tipo de teste também vai depender da empresa, mas os mais comuns são:

  • Escrever um texto com base em uma persona
  • Criar um projeto de uma empresa fictícia
  • Criar um breve guia de escrita
  • Analisar os produtos da empresa e propor melhorias para a experiência do usuário
  • Fazer uma dinâmica em grupo para avaliar o seu diálogo dentro de um ambiente colaborativo
  1. Entrevista final

Geralmente feita com um diretor ou uma equipe da empresa. É mais para ter a certeza de que selecionaram a pessoa certa, te colocar em contato com outros funcionários e entender os seus planos ali dentro.

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Ilustração: Stories Freepik

UX Writing: Currículo importa?

Como em qualquer outra profissão, ter um bom currículo e experiências em grandes empresas pode te ajudar bastante na hora de tentar uma vaga.

Porém, o fato de UX Writing ser uma área ainda muito nova – principalmente no Brasil – faz com que as empresas olhem com bastante carinho para quem está começando. Afinal, é quase impossível encontrar alguém bastante experiente em algo que acabou de surgir, não é mesmo?

Olhe, por exemplo, o que o Yuval Keshtcher – CEO do UX Writing Hub – disse sobre esse assunto:

“Se você colocar dez UX Writers numa sala, há boas chances de todos eles terem vindo de carreiras profissionais diferentes. Entrar em UX Writing é algo que quase qualquer um pode fazer. Ao invés de uma vasta experiência, o que as empresas procuram são pessoas com aptidão para resolver problemas de forma criativa, já que UX é exatamente isso.”

Por falar nisso, é bem comum ver UX Writers que antes trabalhavam como publicitários, jornalistas, psicólogos… Então, se você já trampou em alguma área que seja relacionada à escrita, comportamento e consumidores, pode colocar no seu currículo que vai contar pontos.

“Putz… mas nem faculdade eu tenho. Tô f*****?”

Relaxa, você continua tendo chances. Até porque nem existe diploma de graduação em UX Writing no Brasil ainda. Você pode fazer cursos específicos da área – aqui na Aldeia mesmo tem um excelente -, ler livros, praticar a sua escrita e, principalmente, montar um bom portfólio.

Aqui em cima nós demos as dicas para você montar o seu sem ter experiência. Se ainda não leu, sobe um pouquinho a página e dá um confere lá. 

Só o fato de você ter criado uma apresentação para a vaga – mesmo sem nunca ter trabalhado com aquilo – e desenvolvido seus próprios projetos, já vai mostrar ao recrutador que você é pró-ativo, que está correndo atrás.

Ah, outra coisa fundamental nessa área é networking

Conhece algum UX Writer? Troque uma ideia com ele. Crie um perfil bacana no LinkedIn, exponha seus projetos e siga outras pessoas (no final deste artigo damos dicas de perfis para seguir). Procure grupos no Facebook, WhatsApp e Telegram sobre UX. É muito importante ter esse contato com outros profissionais da área e observar as tendências.

Tendo uma rede de contatos, será mais fácil descobrir novas vagas de emprego, ficar sabendo de eventos sobre a área, trocar experiências, pedir opiniões sobre os seus conteúdos e, quem sabe, até conseguir uma indicação. 

Salários de UX Writing: quanto ganha um UX Writer em 2021?

De acordo com o site do Glassdoor, a média salarial de um UX Writer no Brasil é de R$ 4.120 por mês. Grana legal, né? 

Como é uma profissão que surgiu recentemente no país, ainda é difícil saber a média para cada tipo de cargo: estagiário, júnior, pleno e sênior.

Porém, uma pesquisa recente do portal UX Collective BR feita com 227 profissionais da área, trouxe os seguintes valores:

  • Estagiário: até R$ 2.000
  • Assistente e Analista Júnior: R$3.000 a R$4.000
  • Analista Pleno: R$ 5.000 a R$6.000
  • Analista Sênior, Consultor, Coordenador e Gerente: R$ 7.000 a R$ 8.000
  • Especialista e Líder: R$ 8.000 a R$ 9.000

Resumindo: dá pra pagar os boletos no final do mês e ainda sobra uma graninha pra curtir.

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Fonte: Ux Collective Brasil

Aqui no site da Aldeia, disponibilizamos a plataforma SPTF, onde você também consegue conferir vagas disponíveis em vários lugares do país, mostrando inclusive a remuneração. Dá uma olhada lá.

Ah, e o legal é que dá pra se inscrever nela e receber as oportunidades no seu e-mail. Mais de 10 mil pessoas já fizeram esse macetinho aí. Aproveite também!

Quem está contratando UX Writers? Principais empresas

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Ilustração: Freepik

O mais legal na área de UX Writing é que basicamente qualquer empresa que esteja interessada em ter presença digital vai precisar de um UX Writer. Afinal, de nada adianta lançar um site ou um aplicativo se os textos não estiverem de acordo com o público ou, pior, não ajudá-los a concluir as tarefas de que precisam.

Atualmente, as instituições financeiras – principalmente as fintechs – são exemplos de empresas com alta demanda de escritores focados em experiência do usuário. Um dos motivos é que, com a pandemia, muitos clientes passaram a utilizar os serviços digitais dos bancos.

É possível encontrar vagas no Nubank, Santander, Itaú, Picpay, C6 Bank e em várias outras potências do setor.

As startups, tão em alta nos últimos anos, também precisam com frequência de pessoas que saibam desenvolver interfaces voltadas para User Experience.

Inclusive, uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2020 mostrou que os profissionais de UX estão na 5ª posição dos mais requisitados pelas empresas:

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Como aprender UX Writing?

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Ilustração: Freepik

Se você ainda é novo na área de UX Writing, mas se interessou e deseja saber como pode se capacitar antes de concorrer a uma vaga de emprego, aqui vai um passo a passo para te ajudar:

  1. Faça bons cursos 

Apesar de ser uma área relativamente nova, é possível encontrar bons cursos que vão te dar a base para começar a trabalhar como UX Writer. Aqui mesmo, na Aldeia, temos o Bootcamp de UX Writing. Fica a dica! 

  1. Leia. Leia muito!

Procure livros e conteúdos sobre o tema e leia todos que conseguir. Assim, você não só estará aprendendo sobre a profissão, como também enriquecerá o seu vocabulário, o que ajuda muito na hora de escrever.

Quer uma ajuda? Aqui no Blog da Aldeia temos vários artigos sobre UX, é só clicar nos links e… boa leitura! 

  1. Seja um bom observador

Depois que já tiver estudado bastante sobre o assunto, hora de ver como funciona na prática.

Com certeza você deve ter vários aplicativos instalados no seu celular. Abra-os e tente realizar uma tarefa. Pode ser comprar algo, encontrar um produto, entrar em contato com a empresa…

Durante o trajeto, observe todos os textos da interface. Veja se a linguagem está de acordo com o público, se as palavras são simples e objetivas e se realmente te guiaram até o objetivo.

Outra dica bacana é ler os comentários dos usuários na página do aplicativo no Google Play e na App Store. Lá você conseguirá perceber os problemas que os consumidores estão encontrando ao usar o produto e poderá pensar em possíveis melhorias para a experiência deles. 

  1.  Siga pessoas que te inspiram

Gostou do trabalho de uma empresa ou pessoa? Siga o Instagram, LinkedIn, Blog ou qualquer outro espaço onde ela poste conteúdos com frequência.

Isso vai servir para encontrar inspirações, manter-se atualizado e motivado para seguir a sua carreira.

Cursos para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Nesta recente profissão que dialoga com tantas outras, fazer cursos específicos para a área será ainda mais importante que o seu diploma de graduação.

Não me xingue por repetir isso mais uma vez, mas escrever bem – apesar de muito importante – não basta.

Então veja uma lista de assuntos que você deve estudar para mandar bem como UX Writer:

  • Copywriting (neste outro artigo explicamos a diferença entre UX Writing e Copywriting)
  • Redação para diferentes formatos e tipos de mídia (notificações, sms, e-mail, landing page…)
  • Microcopy
  • SEO (Search Engine Optimization)
  • Psicologia do consumidor
  • Marketing de Conteúdo
  • Marketing Digital (conceitos de persona, funil de vendas, jornada do consumidor, call to action…)
  • UX e UI Design
  • Lógica de Programação e Algoritmos
  • Desenvolvimento Front-End (HTML, CSS e Javascript)
  • Métodos de pesquisa

Nossa, muita coisa, né? Mas agora vai a boa notícia: você está no lugar certo para aprender tudo isso. É que aqui na Aldeia temos cursos com os profissionais mais fodas do mercado. É só clicar nos links. Se liga:

Assim como as microcopies de um UX Writer, nossos cursos vão direto ao ponto, sem blá-blá-blá. Você vai aprender com as minas e os caras mais respeitados do mercado, em aulas on-line, e com aquele certificado que vai fazer o recrutador olhar e falar “Pô, aí sim!”

Ah, e não é só isso, não. Quer conteúdo de qualidade e gratuito também? Por que não, né?! A Aldeia disponibiliza os SkillBombs, cursos de graça com superprofissionais, pra te manter muito bem atualizado.

É só se inscrever na nossa newsletter e pronto! Você se tornou um queridinho da Aldeia e terá direito a receber todas as informações e datas de quando os eventos vão rolar. 

Livros para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Cursos vão te ajudar e muito na sua trajetória como UX Writer. Mas, olha, se você leu o artigo até aqui, já deve ter percebido o quanto é importante continuar atualizado e estudando diariamente sobre a área.

Para essa missão, podemos indicar bons livros. Confira:

Redação Estratégica para UX: Aumente engajamento, conversão e retenção com cada palavra – Torrey Podmajersky

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Imagem: Amazon

Bestseller da atual UX Writer do Google e uma das maiores referências no assunto, Torrey Podmajersky. 

O título original é “Strategic Writing for UX”, mas já é possível encontrar a versão traduzida para o português, da editora Novatec.

Sem dúvida uma leitura obrigatória para todo mundo que trabalha ou quer trabalhar como UX Writer.

Em busca de boas práticas de UX Writing – Bruno Rodrigues

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Imagem: Amazon

Por falar em referência, aqui está a principal obra de Bruno Rodrigues, O cara do UX Writing aqui no Brasil. Este foi inclusive o primeiro livro em língua portuguesa sobre o assunto e é tranquilo de encontrar à venda na Internet.

Bruno já prestou consultoria para a Globo, Bradesco e até para a Presidência da República. Dá pra ter noção do quão foda o cara é.

Tá começando como UX Writer? Então não tem livro melhor pra você ler do que este.

Microcopy: The Complete Guide – Kinneret Yifrah

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Imagem: Amazon

Como nem tudo são flores, de vez em quando você vai ter que se arriscar no inglês. 

Apesar de ainda não ter versão traduzida, esta obra – como o nome já diz – é o guia completo para quem quer aprender a criar textos breves, objetivos e que tragam uma excelente experiência para o usuário, ou seja, as famosas microcopies.

A autora trabalha há mais de 15 anos no mercado e é dona da Nemala, maior agência de UX Writing de Israel.

No próprio site dela você consegue comprar a versão digital do livro.

Writing For Designers – Scott Kubie

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Imagem: A Book Apart

Vixe, olha a gente colocando o cursinho de inglês à prova de novo!

Neste livro, o Content Strategist da Mailchimp, Scott Kubie, dá dicas e estratégias de Design Thinking, além de ensinar como planejar e escrever conteúdos centrados no usuário, que se comuniquem com todo o design da interface.

Também dá para comprar o eBook no site do autor. Se quiser dar uma olhada, clique aqui

Perfis de UX Writers que você deve seguir

Ilustração: Stories Freepik

Pra finalizar, lembra da dica de seguir profissionais que são referências em UX e que vão te inspirar? Então se liga nos perfis de alguns deles:

Marcela Alves: UX Writer do Ifood e professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Bruno Rodrigues: Um dos caras mais respeitados da área. Autor do livro “Em Busca de Boas Práticas de UX Writing” (falamos dele ali em cima), tendo obras publicadas até fora do Brasil. 

Rafa Marchetti: Quando abrir o Ifood, lembre-se dela. É Designer de Conteúdo e também UX Writer da empresa. Inclusive já deu uma entrevista bem bacana aqui pro Aldeia, que você pode conferir aqui.

Suzana Ribeiro: UX Researcher na banQI e organizadora do UX Writing BR, que dá boas dicas e novidades para quem se interessa pelo assunto.

Analu Lima: Professora no curso de UX Writing da Aldeia. É Product Designer e UX Writer da Zup Innovation.

Torrey Podmajersky: Autora do bestseller “Strategic Writing for UX” e UX Writer do Google. Bem, acho que não precisa falar mais nada, né?!

Cris Luckner: Jornalista de formação e atualmente trabalha como UX Content Strategist e UX Writer no Nubank.

Roberta Cadenas:  Atual UX Writer da Creditas. Pós-graduada em UX Design e responsável por definir todo o processo de design para interfaces conversacionais. Também é professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Mariane Lorente: Gerente de UX Writing da Loggi e idealizadora do blog UX Collective Brasil.

Curtiu o conteúdo? Agora é hora de agir!

É… o artigo ficou um pouco longo, mas fizemos com a intenção de ser algo bem completinho para te ajudar a entender melhor o mercado de UX Writing.

E por falar em completo, se você quer realmente seguir nessa promissora área, comece pelo curso de UX Writing da Aldeia. Você vai ter aulas on-line, com profissionais fodásticos, e pagando um preço bem em conta. Sério, vale muito a pena!

Vou deixar o link aqui pra você fazer a matrícula: clique aqui.

Depois que terminá-lo, é só entrar no nosso espaço SPTF e encontrar as melhores vagas de emprego disponíveis para UX Writers.

Ah, e não deixe de se inscrever na nossa newsletter. Fazendo isso, você vira um queridinho VIP da Aldeia, recebe no seu e-mail vários conteúdos GRATUITOS, fica atualizado sobre o que tá rolando no mercado e ainda pode ganhar descontos nos nossos cursos. Vai dar mole? Te vejo lá!

 

Texto escrito por: Matheus Rabello Temporim

UX Design | Guia para entender o mercado de UX e ser um UX Designer

Você que está sempre atento às novidades deste novo mercado, já deve ter visto por aí, em artigos e em plataformas de vagas de emprego, os nomes UX Design, UX Writer, profissional de UX, certo?

Trata-se de uma profissão que tem crescido exponencialmente nos últimos anos, devido sua alta relevância. Além de essencial, a profissão de UX também é incrivelmente interessante e pode ser seu próximo passo nesse mercado da transformação digital! 

Por isso, a seguir, vamos entender um pouco melhor sobre:

Vem com a gente entender melhor todo esse universo de experiência do usuário!

O que é UX Design?

Seja um UX Designer

UX é a abreviação do termo em inglês “User Experience”, que significa Experiência do Usuário. E é exatamente nisso que o UX Designer ou o UX Writer foca: em adaptar a interface e a linguagem dos produtos e serviços para garantir uma experiência fluída e intuitiva aos usuários. 

Sabemos que, cada vez mais, as pessoas estão utilizando produtos e serviços digitais, não é mesmo? Essa migração está muito acelerada! Por isso, o profissional de UX é importante no mercado e tem sido procurado por empresas.

Tanto por empresas com mais tempo no mercado, que querem adaptar ou criar seus produtos e serviços, quanto por empresas que já querem nascer inovadoras e digitais.

As pessoas, atualmente, não buscam mais apenas TER coisas, mas EXPERIENCIAR coisas, ter vivências memoráveis por meio dos produtos e serviços nos quais elas investem.

E para ser marcante, se destacar em meio a tantos concorrentes, as empresas buscam os profissionais que cuidam dessa experiência da maneira mais inteligente possível: os profissionais de UX. 

Qual a diferença entre UI e UX?

Para se tornar um UX Designer, é importante conhecer as principais diferenças entre as áreas de UI e UX. Apesar de serem bem parecidas, cada uma tem as suas particularidades. Veja a seguir:

  • Design UX: profissional que tem como foco melhorar a experiência do usuário em um site ou blog. Um dos seus principais desafios é fazer com que o internauta permaneça bastante tempo no portal, interagindo com as páginas e com o conteúdo;
  • Design UI: é o profissional que está preocupado com a aparência do site. O foco é que o portal fique com um visual mais bonito e moderno.

O papel dessas áreas é bastante diferente. Elas se complementam, para construir uma linda interface com uma boa experiência para o usuário.

Como se tornar um UX Designer?

Agora que você já sabe o que é um User Experience Designer, vamos conhecer quais são os caminhos mais adequados para se tornar um profissional da área.

Requisitos

O conhecimento em ferramentas de design é essencial para um UX Designer. Você deve ter contato com algumas ferramentas, entre as quais: Illustrator, Photoshop e InDesign. 

Existem ainda outras ferramentas que são importantes para aperfeiçoar as habilidades do profissional. Dentre as mais comuns, encontra-se: Axure, Invision, Marvel, MidNode, OmniGraffle, Sketch, Fluid, LucidChart.

Você ganha pontos se entender melhor sobre criação de wireframe, material design, Flat Design para a prototipação, entre outras atividades.

Características Pessoais

Para ter sucesso nessa área, é fundamental adquirir algumas habilidades.

A primeira delas é um olhar mais crítico para a interação do usuário. Ao entrar em um site, por exemplo, você deve avaliar quais são os gargalos do portal. Além de pensar no que é possível fazer para resolver esses problemas. 

A habilidade de comunicação é outro fator muito importante. Afinal, você precisa apresentar soluções para resolver problemas. O livro “Como fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, é uma ótima dica para aprimorar essa habilidade. É um dos livros de autoajuda mais vendidos dos últimos tempos. 

Além disso, um estudo produzido pela Invision (2019 Product Design Hiring Report) mostrou as habilidades mais importantes para o profissional. A lista ainda tem: habilidades de design visual, empatia e mentalidade estratégica. Confira:

Quais são as principais atividades do profissional de UX?

Imagina que incrível pensar e transformar toda a jornada de experiência do usuário de um produto ou serviço? Essa é a atividade central de um UX Designer e de um UX Writer.

O UX Designer desenvolve e aprimora a interface. Já o UX Writer, investiga e refina todo o texto que se comunica com o usuário e que direciona suas ações. 

É importante ressaltarmos aqui que a experiência do usuário está presente o tempo todo no dia a dia. Isso não acontece apenas em aplicativos e sites, mas também em espaços físicos, e por pessoas prestadoras de algum serviço. 

Por isso, as atividades dos profissionais de UX seguem uma linha de investigação, pesquisa e teste.

Confira o passo a passo:

  • entendimento do objetivo do projeto;
  • entendimento do impacto do projeto no negócio;
  • testes do produto ou serviço antigo;
  • entendimento dos perfis de usuários;
  • definição de personas;
  • mapeamento das jornas as is e to be;
  • pesquisas, entrevistas e discussões com os usuários;
  • benchmark;
  • prototipagem da nova solução;
  • mensuração, testes de usabilidade.

Segue abaixo o detalhamento destas atividades:

Guia completo das atividades do UX Design

Incrível como o UX Design é uma mescla de atividades humanas com atividades exatas, não é? Por que é realmente desta forma que as pessoas constroem experiências no dia a dia. 

Como funcionam as atividades do UX?

Seja um profissional de UX Design

Exemplos destas atividades voltadas às humanas são o entendimento de cenários e perfis e as entrevistas com os próprios usuários. Já as atividades exatas, se dão a partir da obtenção de números e indicadores que devem ser analisados e contextualizados dentro das novas experiências a serem criadas.

Após a pesquisa, definição de personas e jornadas e benchmark, inicia-se a prototipação – que é o resultado do mapeamento realizado anteriormente.

A partir do protótipo, testes são feitos com os usuários. Assim, os UXs (como também são chamados esses profissionais) investigam as reações dos usuários diante a nova forma de interação.

E o trabalho dessa galera nunca termina! A partir do momento em que o protótipo é aprovado e desenvolvido, acontece o lançamento do novo produto ou serviço. Então, inicia-se a fase de mensuração de resultados. 

Com o produto ou serviço na rua, sendo utilizado e experienciado por seus usuários, os UXs passam a coletar feedbacks e aprimorar o trabalho já realizado. Melhorias são propostas, testadas e implementadas. Acompanhando, dessa forma, o comportamento dos usuários – e garantindo o sucesso do cliente.

Cursos de UX Design

Grande parte dos UX Designer tem o perfil de autodidata. No entanto, os cursos são ótimas oportunidades para conhecer as estratégias de profissionais da área.

Dentre estes, o curso mais indicado para quem deseja iniciar carreira em UX Design é o Bootcamp online de UX Design da Aldeia. Ele serve como uma porta de entrada para o mundo do Design de Experiência do Usuário.

Esse curso oferece o conteúdo por meio de uma nova metodologia: assim, o aluno aprende diretamente com os profissionais que atuam no mercado.

Além das ferramentas práticas, materiais de suporte para download e professores especialistas, você tem a oportunidade de aprender o conteúdo com exemplos práticos e que podem ser aplicados no dia a dia. 

Foi-se o tempo em que os cursos de UX Design eram desenvolvidos com conteúdos sobre a história da área ou com materiais densos. Agora, o curso é mais dinâmico. 

Exemplo: no módulo 5, você aprende como uma empresa pode medir o sucesso de um produto digital. Nele, o estudante descobre como funciona e como mensurar a usabilidade. Ele ainda seleciona hipóteses e aprende como encontrar uma solução. 

Outro ponto positivo é que você pode participar de lives exclusivas para os alunos, com conteúdos adicionais sobre o tema.

Livros para UX Design

Alguns livros são considerados muito importantes para os profissionais de UX. Os mais conhecidos são: O Design do dia-a-dia (Donald A. Norman) e O Guia para projetar UX (Russ Unger e Carolyn Chandler). 

A obra “Não me faça pensar”, de Steve Krug, é um dos livros mais indicados por profissionais da área. Ele aborda vários pontos sobre usabilidade, e a leitura é bastante prática. 

Canais no Youtube sobre UX Design

Segue uma lista atualizada com ótimos canais para você assinar.

Blogs de UX Design

Também separamos alguns blogs que são atualizados com frequência para que você inclua em sua rotina. 

O blog da Aldeia também é uma ótima fonte de referência para os profissionais que pretendem ingressar no mercado. 

Ele aborda conteúdos importantes que impactam no sucesso de um site e influenciam no conhecimento do profissional.

Além desses blogs, confira alguns artigos que são leituras obrigatórias para quem pretende entrar nesse mercado:

O que é teste A/B: guia completo para fazer um no seu site

O que são call-to-action (CTA) e como melhorar a conversão

O passo a passo para construir um site de resultados

Podcasts sobre UX Design

Se você tem mais habilidade para aprender ouvindo, os podcasts sobre UX pode ser uma ótima alternativa. 

Como é o mercado de UX?

O mercado para o profissional de UX vem crescendo exponencialmente e permanece aquecido. Segundo uma pesquisa da NN/g (Nielsen Norman Group), existe a tendência de que o crescimento continue acentuado até pelo menos 2050. Confira no gráfico abaixo. 

Mercado de trabalho do UX Designer

Como mencionados acima, este crescimento é uma realidade devido a alta demanda de projetos de empresas de absolutamente todos os setores do mercado.

As expertises de um profissional de UX são, basicamente:

  • ter empatia e sensibilidade para interações com os usuários; 
  • ter habilidade de comunicação e persuasão;
  • desenvolver boas ideias;
  • gostar de resolver problemas de forma criativa e eficaz;
  • ser antenado nas tendências do mercado como um todo; 
  • dominar técnicas e tecnologias da área.

Entrando em um patamar mais técnico, segue abaixo um gráfico com as disciplinas que compõem o UX e quais os níveis desejáveis para cada uma delas:

Habilidades necessárias para se tornar um excelente profissional de UX

A Arquitetura da Informação é a arte de decidir. Para isso, é preciso saber estruturar as partes de um sistema, tornando-o compreensível e agradável aos seus usuários. Interessante como ela é relevante para a atuação do profissional de UX, não é mesmo? Pensar a experiência perfeita é realmente montar um quebra-cabeça complexo!

As vagas de UX

Dentro das plataformas busca por novos empregos, as vagas de UX estão com tudo! Só no LinkedIn, são postadas mais de 250 vagas mensalmente.

Além disso, nós da Aldeia temos uma plataforma de vagas exclusivas: o SPTF (Seu Próximo Trabalho Foda). Lá, você encontra diversas vagas de UX Design nas empresas mais quentes da nova economia!

A área de Digital Design se divide nos seguintes cargos:

  • UX Designer;
  • UI Designer;
  • Product Designer;
  • Interaction Designer;
  • Service Designer.

Todas majoritariamente focadas em arquitetura da informação, design de interação, usabilidade, prototipação e design visual. 

As principais empresas para um profissional de UX trabalhar

Dentro desse novo mercado, basicamente todas as empresas precisam de um profissional de UX para de reinventar. 

Porém, existem as famosas consultorias – aquelas especializadas em projetos – as quais contratam muitos UXs e oferecem as melhores condições de trabalho. 

São alguns exemplos:

  • Accenture
  • MJV
  • Capgemini
  • TCS
  • Wipro
  • IBM
  • Genpact

De maneira geral, essas empresas são consultorias de gestão, tecnologia da informação e outsourcing. E possuem times multidisciplinares com UXs, engenheiros, arquitetos, antropólogos, cientistas de dados, desenvolvedores, comunicadores etc.

Quanta ganha um profissional de UX 

Em relação ao salário, um profissional de UX pode começar ganhando em torno de R$ 2.000 e pode chegar a até R$ 8.000!

Lembrando que quanto mais gabaritado for o profissional, mais procurado ele será e melhor a sua remuneração!

Por que o mercado de UX precisa de você!

Se você já é designer – ou atua em outra área – mas possui as habilidades de um profissional de UX: o mercado precisa de você!

O mercado vem se transformando de maneira rápida, e as pessoas estão nesse mesmo ritmo de crescimento. E para dar conta da alta demanda que essa grande mudança gera, as empresas precisam, mais do que nunca, de pessoas realizadoras, destravas e criativas.

Se você faz parte dessa galera que está revolucionando os lugares por onde passa e quer se tornar um profissional de UX, indicamos dois dos nossos cursos:

O Curso online de UX Design para os que têm uma veia forte de designer e o Curso online de UX Writing para quem quer pensar o texto em sua função de comunicação mais pura.

Vamos nessa, estamos ansiosos para iniciarmos nessa carreira com você!

User Experience: como usar o design para melhorar a vida do usuário

O mobile mudou a forma como interagimos com as marcas e produtos, certo? Por isso pensar em sites para usuários que ficam na frente do computador tem grandes chances de não funcionar nos contextos que o celular oferece. Depois de desligar o PC, quem vai estar junto na fila do mercado, no trânsito ou mesmo em casa é o celular.

Nesses casos, o User Experience pode fazer a diferença entre o sucesso ou fracasso do seu negócio, já que o contexto passa a ser essencial. Entende? Então vamos explicar.

E o que é User Experience?

User Experience é um termo em inglês que pode ser traduzido como Experiência do Usuário, e também pode ser encontrado pela sigla UX. A definição mais simples é que UX é a ciência que pensa exclusivamente na relação de um produto com o usuário, buscando torná-la mais natural e simples.

E mais do que tecnologia, a chave para criar boas experiências está no contexto. Por exemplo, se você precisa pedir comida, de casa, no computador é possível acessar o cardápio, o delivery ou o horário de funcionamento do local. Mas se você está na rua e precisa do endereço ou quer checar o cardápio, faz a pesquisa pelo celular e o site está em Flash e não abre, provavelmente vai optar por outro restaurante.  

Inclusive, hoje já é básico ter um site voltado para o mobile. Otimiza-lo significa, entre outras coisas, rapidez. E isso faz muita diferença.A Amazon, por exemplo, percebeu que a cada décimo de segundo que uma página demora para carregar no celular, as vendas caem 1%.

Mas para sacar isso é preciso estudar, planejar, prototipar e realizar testes e pesquisas com os usuários a fim de produzir o melhor produto para sua empresa, e o responsável por isso é o UX designer. Considerando que o usuário sempre vai interagir com a marca/produto/serviço, de um jeito ou de outro, é bom que isso seja pensado e planejado e que ele tenha uma boa experiência.

Caso contrário, podem surgir produtos ou serviços com ótimas funcionalidades, mas que acabem sendo rejeitados por seus usuários porque eles consideram mais a experiência de interação a funcionalidade.

Pensando a experiência do usuário

Assim na teoria não parece muito complicado criar uma experiência incrível ao usuário, né? Mas, olha, te garanto que não é isso que o pessoal que está colocando a mão na massa percebe. Primeiro porque ainda não existe nenhuma solução perfeita para resolver todos os nossos problemas. Depois porque nossas ferramentas de trabalho estão ultrapassadas e muito distantes das necessidades do nosso dia a dia. Mas é preciso correr atrás. 

A solução para isso está se apresentando, em alguns casos, no Design System (ou Design Language System – DLS), que é um processo de concepção, documentação e implementação do produto seguindo o propósito, estratégia, comunicação e valores da empresa. E quando tudo é construído certinho desde o início, as chances de erros e retrabalhos são menores.

Uma revolução nesse conceito vem sendo apresentado pelo Airbnb, serviço colaborativo de hospedagem que está fazendo os usuários se sentirem em casa ao usar suas plataformas. Com uma equipe integrada, composta por UX designers, tradutores, produtores de conteúdo, eles lançaram o Air/shots, que ajuda o usuário a procurar em qualquer tela, qualquer dispositivo e qualquer idioma o que precisa. Hoje a plataforma opera com mais de 20 idiomas em 191 países, rompendo barreiras e oferecendo uma experiência incrível a quem usa.  

 

Mas para eles a preocupação é constante e não é só em relação ao bom funcionamento do produto: também é preciso ecoar nos usuários em todo o mundo. Isso acontece ao pensar nas cores, linguagens, espaço em branco. É sobre arte, mas também sobre ciência.

E esses detalhes se mostram nas animações, na mensagem quando você faz um pagamento, em quando se muda a página. Tudo para dizer que qualquer pessoa pode ir para qualquer lugar e ainda se sentir em casa.

Outro exemplo, que você já deve ter usado ou ao menos visto, é o GBoard, o teclado do Google. Lançado para IOS e Android, ele facilita a sua busca e sem nem sair da conversa. Fora que você se habitua ao botão e logo ele se torna a coisa mais natural para você.

 

Como faço isso do melhor jeito possível?

Como você percebeu, cada empresa tem uma demanda diferente e os usuários também têm percepções diferentes sobre os produtos. Por isso que, ao se capacitar em UX & Product Design, o profissional consegue focar suas habilidades nas necessidades das pessoas e balancear com os objetivos de negócio da empresa, criando soluções e experiências inovadoras para seus clientes.

E se isso ainda te parece desafiador, a Aldeia está oferecendo o curso de User Experience para Produtos Digitais. O Amilton Paglia, professor que vai orientar o curso, é fundador e Lead Designer do MATILHA, estúdio curitibano de Design de Produtos Digitais onde trabalhou com diversas empresas e startups como Pipefy, Encontre um Nerd e Configr.

Ele, melhor do que ninguém, vai te ajudar a entender user experience, produtos digitais e como projetar a solução certa para seu problema. Então, esse curso é especialmente pensado se:

→ Você é um designer gráfico e pretende se especializar na criação de aplicações web e mobile;

→ Você é um designer de interfaces e quer ter mais conhecimento para liderar o desenvolvimento de produto de uma startup;

→ Você trabalha com Gerenciamento de Projetos ou Gerenciamento de Produto e pretende se especializar no Design de Produtos Digitais;

→ Você tem uma ideia e quer entender mais a fundo como funciona o ciclo de concepção de um produto digital.

Por que eu parei de usar o Photoshop pra design de interfaces

Quero contar algo pra vocês: sou contra o Photoshop.

Já faz alguns anos. Gosto do software, comecei a trabalhar com ele mas não dá. Demorou demais pra evoluir.

Antes que você dê um piti, vamos esclarecer algo. Existe uma situação que o Photoshop é imbatível: edição e tratamento de imagens.

A minha birra é usar o Photoshop pra desenho de interfaces digitais. Não dá.

Previously…

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Uns bons anos atrás nos habituamos a usar o Photoshop pra desenhar o clássico “layout do website”. Naquela época a resolução máxima dos monitores era 1024×768, a banda larga não era tão larga assim e sequer tínhamos um versionamento de arquivo decente.

O Photoshop era ótimo. Exportava as imagens em tamanho micro (e sem perder a qualidade), fatiava cada elemento em um .jpeg específico (e já organizava isso na pastinha) e ainda era uma mão na roda pras sombras e degradês que a gente usava e abusava naquela época.

Naquela época não existia site mobile, ninguém falava em responsivo, a gente sequer fazia wireframe antes de começar a desenhar. Era in loco, do briefing direto pro layout.

Graças a Deus o mercado evoluiu.

Hoje qualquer bom profissional colhe um bom briefing, faz um research decente, analisa a concorrência e pensa na…
Experiência do usuário como um todo

Hoje, peca quem pensa em layout como apenas um site em um tamanho de tela. Vivemos a era da responsividade. Qualquer um tem smartphone, até sua mãe que nunca entendeu nada do computador. Metade dos acessos de qualquer projeto vem do celular. Às vezes até mais.

Pensar em experiência do usuário como um todo envolve conceber a interface que funcione independente de dispositivo.

Tá, isso significa que você faz um layout pra cada device? Não né, e foi aí que comecei a abandonar o Photoshop.

Onde eu me decepcionei com o Photoshop

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• Tamanho Responsivo

Photoshop não me deixa pensar nas variações do tamanho de tela. A largura do canvas é fixo, pra pensar nas variações de tela eu preciso criar vários arquivos ou separar várias layers.

A gente fala de ter um único site que abra em qualquer dispositivo mas desenha várias telas que na verdade são um único site.

Não sei vocês mas pra mim não faz o menor sentido ter o “site_mobile” e o “site_desktop” no mesmo arquivo se é um único site. Consegue perceber a redundância?

 

• Densidade de pixels

Erro clássico de designer: desenhar tudo em 72dpi. Hoje um iPhone de 2 anos atrás já trabalha com 300dpi. Resultado? As imagens aparecem todas serrilhadas no celular e lindas no seu monitor.

Eu sei que o Photoshop consegue trabalhar em densidades maiores mas o que eu quero é algo mais prático: insiro uma imagem em alta e tenho a saída dela em todas as variações possíveis.

E mais do que trabalhar a quantidade de pixels por polegada, eu preciso trabalhar a densidade de pixels que varia de dispositivo pra dispositivo.

Sempre bom lembrar: densidade de pixel é diferente de pontos por polegada.

 

• Fidelidade

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Sempre tem a diferença entre como cada browser renderiza uma página. Nunca, jamais você vai conseguir 100% de fidelidade ao que tem no layout usando o Photoshop.

Ao pensar na experiência do usuário como um todo, eu já quero ser confrontado com todas as variações possíveis.

 

• Animações e interações

Como você simula uma interação animada no Photoshop? Não simula. No máximo você chega pro desenvolvedor e fala: quando clicar ali, essa janelinha vem pro lado assim ó, fiiiiiuuuu, sacou?

E como você define o mouse over de um botão? Cria outro botão e deixa a layer escondida (aí sempre esquecem de fazer).

Como você define que uma área vai ficar fixa independente da rolagem? Impossível.

 

• Agilidade vs. Redundância

Numa era em que falamos de Lean UX, de testes A/B e de como as coisas precisam estar no ar rápido, o Photoshop vai contra toda essa agilidade.

Ao mudar um elemento, você precisa sair alterando todas as variações que ele tem.

Numa era em que tempo é cada vez mais escasso e essencial, eu não posso me dar a esse luxo.

Uma luz no fim do túnel

Na versão 2015, o Photoshop deu um up. Artboards foram incorporados, temos um Live Preview disponível (mesmo que limitado) e uma biblioteca de assets (chega de alterar mais de uma vez o mesmo elemento).

As novas features resolvem boa parte dos problemas que citei. Porém, tive que esperar mais de 3 anos por isso. Não deu, eu parti pra outra.

A parte boa nessa história é que, como muitos ainda usam o Photoshop, as funcionalidades tendem a tornar o mercado mais sadio e eficaz.

Além do software

Mais do que um update de features, o que a gente precisa é um upgrade de mentalidade.

Hoje não basta apenas desenhar, você precisa conhecer as limitações e possibilidades de cada plataforma.

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Não à toa, os melhores designers web que conheço são aqueles que conhecem HTML. Os caras que sabem até onde podem ir e os que menos sofrem na hora de testar e usar um novo software.

Alternativas ao Photoshop? Você tem várias:

Webflow (minha favorita)
Macaw
Sketch
• Mais vários aqui.

Qual é o melhor? Nesse exato momento eu diria que o Webflow, é o que vem respondendo mais rápido às necessidades. Mas reparem que ele não é o substituto, não existe mais O software. O que temos é a necessidade de mercado e o quão rápido as ferramentas se adaptam.

Essa proposta de redesign do IMDB, por exemplo, foi feita direto no Webflow. O que você vê na tela é o produto final que o Webflow entrega, ele entrega um site e não um arquivo de imagem.

Estamos numa época em que tudo muda muito rápido e precisamos nos adaptar. Ficar preso a um único software por apego é burrice, é ficar estagnado. É ser aquela tia que dizia que a TV jamais iria superar o rádio.

Então antes criticar uma simples escolha de software, reflita o quando às vezes ficamos estagnados num mercado em que justamente deveríamos ser os primeiros a experimentar e inovar.

Mais do que uma crítica ao Photoshop, esse texto é uma crítica àqueles que ficam presos a legados do passado. Aqueles que se mantém fiéis a um software por puro apego e por falta de visão estratégica. Aqueles que tem medo de arriscar (mesmo que seja pra fazer um simples layout).

Tentou e não deu certo? Não se preocupe, o mercado digital não é aquele jornal que você imprime e já era. Você pode voltar atrás, fazer de volta e fazer melhor. Você pode(e deve) experimentar.

O que a Internet das Coisas pode fazer (e já está fazendo) por você e o seu negócio?

A Internet das Coisas (ou IoT, do inglês Internet of Things) é um conceito que não é uma novidade qualquer ou modinha do momento. Ele está relacionado ao uso de objetos comuns do dia a dia (eletrodomésticos, fechaduras e até peças de vestuário) associados a redes de computadores, tablets e smartphones. Ou seja: você não precisa estar na frente do computador para fazer as coisas funcionarem e pode controlar o que acontece em casa enquanto está no trabalho, do seu carro ou a caminho de algum lugar.

Alguns exemplos dela são o Google Glass, o iWatch da Apple e a Nike Fuelband. A Internet das Coisas é chamada de revolução, movimento e tem sido tema de diferentes debates e artigos no mundo todo. Mas o que ela vai fazer (e já está fazendo) pela gente?

Inovações e oportunidades no setor tecnológico

A expectativa, de acordo com o Relatório de Mobilidade da Ericsson, é que existam mais de 7,7 bilhões de conexões móveis até 2020. Isso significa que são mais oportunidades para as empresas de telecomunicações e tecnologia, que podem investir em diferentes produtos e serviços para atender a essa demanda. Um dos planos, por exemplo, é tirar a tecnologia 5G do papel e espalhar o seu uso para todas essas pessoas conectadas. Para a sua empresa ou projeto, isso significa mais pessoas acessando o seu conteúdo e interagindo com você em tempo real, dos seus celulares, tablets e outros aparelhos (e até acessórios, como relógios e pulseiras).

Mais informação e maneiras mais rápidas de se relacionar com o consumidor

Com a tecnologia proveniente dos produtos cada vez mais conectados, é possível receber feedbacks de clientes e dados de como, onde e por que um produto foi adquirido. Dá para analisar e observar padrões de comportamento de uma maneira mais fácil, além de resolver, de forma eficiente, vários problemas que possam surgir. A pergunta vem rápido e a resposta mais rápido ainda.

Um exemplo legal é como as seguradoras estão mudando seus serviços e se adaptando à essa tecnologia. Elas conseguem ter acesso direto ao cliente, para resolver uma emergência, oferecer serviços ou facilidades – como descontos e outras oportunidades de relacionamento. Agora, não é mais o cliente que procura pelas marcas, mas o contrário: as empresas oferecem canais e formas de interação rápidas que façam o consumidor se perguntar “por que ainda não investi nisso?”.

Mais dispositivos conectados = mais interação nas redes sociais

Já passou o tempo em que as marcas não acreditavam na força das mídias sociais. Hoje, com tanta coisa interagindo diretamente com as redes (serviços de transporte, produtos e aplicativos de entretenimento e finanças), as empresas não podem mais ficar de fora. Administrar (e dedicar tempo) às páginas e perfis gera mais presença de marca e mostra que o seu negócio está ligado ao que acontece ao seu redor. Isso não apenas é bom para a impressão que os consumidores vão ter de você como te ajuda a se adaptar a novos formatos de entrega de conteúdo e interação com eles.

Publicidade relevante (de verdade)

O futuro está relacionado ao marketing de nicho e conteúdo voltado ao usuário – e bem mais do que se imagina. Com a chegada desses produtos conectados com uma possibilidade imensa de personalização, as estratégias de marketing precisam se adaptar às informações que o público consome, ao que compra e à maneira como utiliza isso. O foco está em entregar o que as pessoas querem, no momento que elas procuram. Ou seja: chega de publicidade invasiva e sem segmentação ou investimentos nas grandes mídias. Com a IoT, cada vez mais as pessoas vão preferir receber um e-mail com um vídeo ou post interessante de verdade para elas, que possam ler em seu celular ou salvar para acessar em casa.

A Internet das Coisas está presente nos relógios inteligentes que facilitam a produtividade, em roupas que permitem calcular a velocidade de uma corrida, brinquedos e na publicidade – olha só essa campanha da Nivea, que une o protetor solar ao cuidado com crianças na praia.

Viu? A internet das coisas já está transformando a maneira como usamos objetos do dia a dia e como nos relacionamos com eles.

Você já usa algum aparelho que se encaixe no conceito de Internet das Coisas? Conte para a gente!