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O que fazer quando trabalhar é desnecessário?

Há milhares de anos, a raça humana era especialista em sobreviver. Como extraiam da natureza todos os recursos, tinham amplo conhecimento sobre plantas e animais, mapeavam áreas de risco para instalar suas tribos e tinham formas complexas de desenvolver ferramentas para a caça. Sua forma física podia ser comparada aos atuais atletas de alto nível, já que sua sobrevivência dependia da capacidade de fugir e esconder-se de perigosos predadores.

Mas agora, estamos passando por um momento na história da humanidade em que não precisamos mais dedicar nosso tempo diretamente à sobrevivência desta forma: já existem pessoas especializadas em cultivar comida (produtores de plantas e animais), em preparar comida (restaurantes), em fornecer acomodações (construtoras, hotéis) e em, virtualmente, nos oferecer qualquer outro serviço que algum de nós precise para viver.

Boa parte dos profissionais que trabalham com áreas do conhecimento, como programadores, arquitetos, engenheiros, cientistas, entre outros, deixaram de ser protagonistas da solução dos problemas mais prioritários – fisiologicamente falando – para dedicar tempo em atividades altamente especializados e que, em geral, resolvem problemas muito distantes dos relacionados à sobrevivência (mas que só existem por conta dessas abstrações que nós mesmos criamos).

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Um bicho diferente, que evolui apesar do DNA

O ser humano, por conta do seu cérebro diferenciado, é a única espécie conhecida que consegue preservar e transmitir o conhecimento através de gerações sem utilizar o DNA, afinal, ele é passado por meio das tecnologias que nós mesmos criamos, como os desenhos nas cavernas até os tutoriais no YouTube. Mesmo assim, acredita-se que apesar de toda a tecnologia que dispomos hoje, como indivíduos, os seres primitivos eram mais inteligentes.

A sociedade, com as facilidades que conhecemos, existe em menos de 0,001% da história da humanidade. Nosso estilo de vida é único e não seria possível sem as tecnologias que nós mesmos inventamos e aprimoramos com o tempo – e isso começou há mais ou menos 12 mil anos, com o surgimento da agricultura e a construção dos primeiros templos.

Vamos automatizar tudo!

“O que hoje só nós podemos fazer amanhã as máquinas farão e isso nos tornará mais dependentes delas”.

Há cerca de 500 anos, o aparecimento da ciência transformou tudo o que os seres mais primitivos sabiam e conheciam até então. O progresso passou a ser exponencial. A partir da Revolução Industrial, muita coisa mudou e, agora, estamos muito mais próximos do que imaginamos de viver uma nova revolução, dessa vez, muito mais que tecnológica. No futuro, teremos mais automação: o que hoje só nós podemos fazer, amanhã as máquinas farão e isso nos tornará cada vez mais dependentes delas. Afinal, um computador nada mais é que uma máquina que processa instruções genéricas e é só uma questão de tempo para termos a grande maioria das tarefas automatizadas, principalmente as que dependem de um software.

via GIPHY

Não apenas ficaremos ainda mais dependentes da tecnologia, como já estamos: imagine viver num mundo sem Internet, sem energia elétrica e sem outras facilidades? Até que ponto nós controlamos essas tecnologias? Até que ponto elas nos moldam e nos tornam dependentes? Até que ponto somos seres mais limitados? Certamente, um ser humano dos dias atuais teria muita dificuldade em sobreviver no mundo como era há 50 mil anos: não dava para pedir pizza pelo telefone, não tinha loja vendendo roupas para o frio e o conhecimento humano não estava acessível e compartilhado no Google.

Neo refletindo se controlamos as máquinas ou se elas nos controlam (Matrix Reloaded).

“Se você não fosse útil para a sociedade, com que inutilidades gastaria seu tempo? ”.

Claro que uma reflexão mais profunda sobre o controle que as máquinas exercem em nossas vidas fica para um próximo texto, caso contrário, teríamos um livro publicado aqui. No entanto, a ideia desse texto é levantar discussões acerca do quanto o mundo automatizado vai limitar a execução de tarefas “úteis à sociedade”. O que fazer quando trabalhar for desnecessário? Precisamos falar sobre isso: nem todas as atividades vão desaparecer em função das máquinas, mas os indivíduos precisarão se reinventar, pois apesar de elas estarem bem próximas de dominar o mundo, jamais substituirão a necessidade do ser humano de se relacionar. E serão nessas tarefas que deveremos investir.

Para encerrar, já deixo aqui a pergunta que não quer calar: se você não fosse útil para a sociedade, com que inutilidades gastaria seu tempo? Faça anotações e já comece a se planejar para a próxima revolução. Boa sorte!

A previsão para o cenário do coworking em 2018 foi divulgada e as notícias são boas!

Steve King é um dos maiores estudiosos de coworking no mundo e semana passada, na Global Coworking Unconference Conference (GCUC), ele lançou uma previsão gigante para o cenário do coworking em 2018: segundo ele, até lá haverá 1 milhão de pessoas trabalhando em coworkings ao redor do mundo.

Isso porque o número de espaços tem crescido rapidamente nos últimos 5 anos, praticamente dobrando a cada ano. Aqui no Brasil não é diferente, como mostrou o Censo Coworking 2015.

Segundo ele, esse crescimento está desacelerando, mas mesmo assim espera-se que a taxa anual seja de 30% nos próximos 5 anos. A expectativa é que haja 12 mil espaços de coworking no mundo em 2018:

previsão coworking 2018

E a previsão do crescimento de coworkers é ainda maior. Isso porque:

• os novos espaços tendem a ser bem maiores que os primeiros;
• os coworkings que já existem estão expandido, adicionando mais espaço e mais membros;
• os responsáveis pelos espaços aprenderam a otimizá-los e a atender mais gente.

Por conta disso tudo, estima-se que o número de coworkers cresça 40% por ano nos próximos 5 anos, passando de um milhão em 2018:

previsão coworkers 2018

Bacana, né? Vimos esses resultados no blog do Steve King, que prometeu publicar mais informações desse estudo em breve.

Como o coworking pode influenciar o seu trabalho

Cada vez mais gente entende o funcionamento dos espaços de coworking e percebe todas as vantagens que essa forma de trabalhar pode trazer. De freelancers a pequenas empresas e startups, passando por trabalhadores remotos e profissionais autônomos, o coworking tem uma série de vantagens (veja aqui) que fazem projetos legais ganharem as ruas mais rápido.

Na programação de comemorações do aniversário de 4 anos da Aldeia convidamos alguns dos nossos coworkers para falar sobre como o coworking mexeu com a forma deles de trabalhar. O resultado você pode conferir nesses vídeos aqui embaixo.

Maria Thereza Moss

Tradutora freelancer, encontrou no coworking o equilíbrio entre a liberdade e o foco no trabalho

Agência Hop

Já pensou em começar uma empresa dentro de um lugar cheio de gente com experiência pra ajudar?

Made in Brazil Design

Coworking é lugar de trablhar, conseguir clientes e fornecedores, aumentar portfólio e fazer amigos

Vanessa Novais

A Vanessa é contadora há anos e nem sabia que seu trabalho podia ser muito melhor e mais legal.

Fran Machoski

A famosa Ovolete é só uma das muitas ideias que essa fotógrafa tem na cabeça. E aqui ela coloca todas em ordem.

Por que trabalhar num coworking?

O coworking cresce a largos passos no Brasil e especialmente no Paraná, como contamos aqui, mas mesmo assim ainda há muita gente que não entende bem como esses espaços funcionam e por que são cada vez mais procurados. Resolvemos dar uma mãozinha com isso. Nesse post você entende por que um coworking pode ser exatamente o que você precisa:

Gente legal gera oportunidades

É extremamente natural que surjam parcerias dentro de coworkings. Como a maioria dos espaços reúne gente de várias áreas, é normal um coworker virar fornecedor, parceiro ou cliente do outro. Coworkings também têm, por natureza, a habilidade de reunir gente legal com visões de mundo semelhantes no mesmo espaço. Ainda que não atuem na mesma área, os profissionais que dividem o espaço para trabalhar geralmente encontram afinidades e é muito comum grandes amizades de formarem no ambiente de trabalho.

Menos preocupações = mais foco

Ao se tornar coworker, a pessoa se livra de uma série de preocupações que teria se tocasse um escritório sozinha. Limpeza, manutenção, internet, contas para pagar: tudo isso some e fica nas mãos da administração do coworking. Quem vem para trabalhar se preocupa apenas em trabalhar e pode focar no que é importante.

Saia do isolamento

Ainda que às vezes seja legal ficar sozinho para trabalhar, é preciso interagir com outras pessoas e bater um papo, nem que seja para pedir uma opinião de alguém ou dar uma espairecida. O coworking permite que você fuja do isolamento e conheça gente bacana sem perder o foco.

Mude de ideia quando quiser

Uma das palavras de ordem é flexibilidade: coworkings costumam ter planos que buscam se adequar às necessidades de cada profissional, seja em tempo ou estrutura. Mudam as necessidade, mudam os planos. Os contratos curtos e sem amarras deixam o coworker livre para crescer e ajustar suas necessidades.

$ Bufunfa $

Principalmente quando se fala de pequenas empresas, freelancers, empreendedores e profissionais autônomos, o coworking costuma ser a opção mais viável economicamente falando também. Por causa da flexibilidade e dos planos variados, a pessoa paga apenas pelo que usar e não precisa investir muito dinheiro para ter a estrutura de um escritório completo, com espaço para trabalhar, salas de reunião e tudo mais.

E trabalhar na Aldeia é ainda melhor. Descubra o porquê aqui.