O marketing digital se renova o tempo todo – e muito rápido. Mesmo que 2015 ainda não tenha acabado, já dá para ter uma ideia de quais são as tendências e formatos que vão aparecer, se intensificar e até se modificar ao longo do próximo ano. A gente fez essa lista de tendências digitais que, entre todas as novidades e mudanças desse mercado, com certeza vão aparecer em 2016:
O conteúdo vai ser mais interativo e personalizado.
A produção de conteúdo vai continuar dominando o marketing digital e, além de textos, vai explorar muito mais as plataformas e materiais interativos que possibilitem engajamento e pertencimento. É o caso de aplicativos que permitem editar suas preferências e filtrar resultados, dos tutoriais e vídeos que são construídos com os comentários de quem assiste (como as transmissões do Periscope, por exemplo), dos serviços de streaming e da personalização das redes sociais (com os filtros de fotos do Facebook, os geofiltros do Snapchat ou temas em navegadores e aplicativos, como esse do Google). O usuário é o centro de tudo, então as estratégias devem ser direcionadas para o que ele quer encontrar, quais temas quer debater e com o que vai interagir.
O transmídia é fundamental.
Além de criar conteúdo, uma das principais tendências do marketing (e que já está sendo aplicada) é desdobrá-lo em diferentes canais, com abordagens diferentes em cada um. Você pode explorar os textos em um blog, aplicativos para redes sociais e vídeos para contar uma história, entregando novas partes dela para quem acessa cada mídia. Todas essas plataformas funcionam como braços que levam até o objetivo principal, que pode ser o seu site ou o produto que está vendendo. Pense de que maneira você pode gravar um vídeo e fazer com que, no Twitter, uma hashtag leve as pessoas a debater sobre o assunto e assistir ao que você gravou. O transmídia, além de oferecer novas possibilidades, ajuda você a atingir seu público de uma forma única em cada um desses canais.
Tecnologia para usar – literalmente.
A internet das coisas já é uma realidade e, nos próximos anos, o marketing digital precisa se adequar a essas novas plataformas. Com os wearables, é possível identificar padrões de comportamento, entender as atividades do seu cliente e que tipo de mensagem dá resultado: sabendo que o seu público faz compras, paga contas ou acessa canais de entretenimento por dispositivos móveis e sempre do escritório, você pode alterar seu planejamento e escolher o melhor momento de entregar o conteúdo da sua marca.
O mobile é obrigatório.
O mobile sempre funcionou como uma segunda tela e, por isso, investir em aplicativos e conteúdo para essa plataforma era um grande diferencial – já que poucas empresas aproveitavam o multitela. Agora, em vez de ser um apoio para o que está acontecendo na televisão, é graças à movimentação em sites e apps que o usuário se interessa pela programação, por exemplo. Essa é a deixa para investir cada vez mais nas plataformas móveis, com sites responsivos, apps e, no meio de tanta informação vindo direto da tela do celular, não obrigar o cliente a acessar o computador para comprar, assistir a um vídeo ou interagir com um anúncio, economizando tempo e facilitando o contato com o seu produto.
É hora de investir em análises detalhadas e Big data.
Com os gerenciadores de anúncios, serviços e programas de análise de dados, ficou mais fácil alinhar as estratégias de marketing com os resultados e monitorar canais. Invista nesse tipo de pesquisa para entender como seu cliente responde às mensagens que você passa, criar conteúdo direcionado e controlar os dados da sua campanha, prevendo comportamentos futuros e investindo da melhor maneira.
Pense em realidade virtual, 3D e outras tecnologias.
Aplicativos, sites e até mesmo ações offline que investem em realidade virtual vão ter um impacto cada vez maior no mundo do marketing digital. Como a ideia de personalização e interatividade é fundamental, os materiais que trazem novas perspectivas são uma maneira de contar histórias, engajar o usuário e disseminar conteúdo. Pense em vídeos 360°, sites com tecnologia 3D e aplicativos que, além de levar as pessoas para a sua marca, também levem para novos espaços e criem novas experiências.
Nenhuma outra parte do mundo dos negócios está mudando tão rápido quanto o marketing e, hoje, trabalhar nessa área significa entender de tecnologia, métricas, gerenciamento de crise, relacionamento, novos formatos e adaptações de cada rede e plataforma, como é o caso das redes sociais (um exemplo: essa notícia aqui, sobre novidades no avatar do Facebook).
Por conta disso, as empresas têm modificado a estrutura de seus departamentos de marketing e procurado por novas habilidades e perfis na hora de contratar. O LinkedIn e o HubSpot criaram um e-book que mostra quais habilidades as pessoas mais divulgam em seus perfis na hora de procurar um emprego e, em contrapartida, o que as agências e empresas estão procurando para valer. Dá só uma olhada e descubra como você pode acompanhar o mercado:
Quais habilidades as empresas estão procurando em um profissional de marketing?
As habilidades mais valorizadas pelas empresas recrutadoras, de acordo com o e-book, são em SEO (Search Engine Optimization), SEM (Search Engine Marketing) (entenda aqui as diferenças entre cada um) e marketing online e digital. Ter um profissional que entenda dos mecanismos de busca e otimize o uso de keywords e dos conteúdos de um site é fundamental em qualquer área, principalmente a comunicação, e os departamentos têm colocado isso como prioridade na hora de contratar alguém.
Outras áreas do marketing digital que estão ganhando destaque:
Channel Marketing, a área responsável por estudar e entrar em contato com níveis específicos em canais de distribuição, para encontrar novos parceiros, projetos e canais que transformem o consumidor potencial em cliente da melhor forma possível.
Marketing Demand Generation, que tem como objetivo prospectar clientes e construir um bom relacionamento com eles a longo prazo, atingindo novos mercados, promovendo novas características para seus produtos, gerando buzz ou engajando quem já consome o seu produto ou serviço.
Brand Ambassador, aquela pessoa que trabalha divulgando a marca de forma positiva, ressaltando pontos fortes e oportunidades que ela proporciona para clientes em potencial. Não, não é só alguém falando bem sobre a marca! É um cargo que sua marca ainda vai precisar e o Social Horse Power listou 12 porquês.
CMO, o Chief Marketing Officer. Esse é um cargo que, ao lado do CEO, trabalha para fortalecer a imagem da empresa, criar estratégias e atingir o público – tanto pelo ponto de vista comercial quanto pelo institucional.
E como ficar preparado para o que o mercado exige?
A gente separou alguns pontos que o e-book destaca sobre o mercado de comunicação e marketing, olha só:
Invista no digital e aprenda sempre mais.
Se você quer trabalhar com marketing digital, o mais óbvio é entrar com tudo nesse universo e aproveitar todas as experiências digitais possíveis. Não adianta colocar no LinkedIn que você manda bem em estratégias digitais e não estar ligado em tendências ou nas possibilidades desse mercado, que se transforma da noite para o dia. Assine newsletters sobre o assunto, visite blogs e teste ferramentas e aplicativos antes de todo mundo, além de investir em cursos na área.
Pense alto!
Você não precisa trabalhar só em empresas que já têm uma estrutura digital bem consolidada. Que tal começar um plano digital para startups, por exemplo? Procure projetos legais para colocar o seu conhecimento e crescer junto com eles. As possibilidades são infinitas, você sempre pode criá-las e o céu é o limite.
Nunca diga ser o que não é.
Imagine só se, em alguma entrevista, pedem que você desenvolva algo ou fale a respeito de um tema porque estava no seu currículo? Para não passar vergonha, é fundamental ser profissionalmente honesto. “Seja você mesmo” é regra de ouro do LinkedIn e de qualquer currículo. Não coloque nomenclaturas ou habilidades que você não tem ou que não conhece direito. Aprenda sobre a área, faça cursos, desenvolva o seu intelecto e só preencha o seu perfil com aquilo que você manja de verdade.
Faça o seu marketing pessoal.
As empresas têm que saber onde você está. No seu perfil do LinkedIn, liste termos como “Digital and Online Marketing”, para que a busca por profissionais dessa área inclua o seu currículo. Se você manda bem na área, peça recomendações de amigos e de quem já trabalhou com você – assim, você garante que outras pessoas vão olhar para o seu perfil e perceber que você entende do assunto. Também vale colocar áreas do seu interesse como hobbies ou atividades que pretende desenvolver no futuro, para que uma empresa possa saber qual a sua visão de carreira ou possibilidades que ainda quer experimentar.
Montar um relatório do Google Analytics ou de outra ferramenta para um site ou ação digital é uma arte. A quantidade de dados, ferramentas e reports disponíveis é incrivelmente grande, porém a maioria das pessoas ou acaba usando muitos dados inúteis ou se prende a alguns dados básicos, como o famoso número de visitas e taxa de rejeição. Diga-se de passagem, este último, acaba com qualquer clímax de apresentação devido ao seu nome assustador!
Antes de sair instalando tag de Google Analytics, Crazy Egg, Mixpanel e outros, é importante pensar, definir como o relatório final pode ser e aí sim escolher qual a melhor ferramenta, o melhor relatório e quais as métricas que realmente importam. Definir uma metodologia para apresentar os dados e ir muito além do Google Analytics podem ser formas de deixar o relatório matador, facilitar a análise e surpreender seus clientes!
Defina um objetivo

O maior erro que acontece na geração de um relatório é o simples fato de deixá-lo para o final, não pensar, planejar e estruturar os dados a serem coletados. Assim, geralmente os dados vão se restringir a métricas básicas, sem muito objetivo, e às análises sem muito embasamento.
A definição do objetivo deve iniciar na fase de planejamento. Coloque na cabeça: nenhum planejamento de mídia, website, redes sociais ou ação digital deve sair sem no mínimo 2 ou 3 slides falando dos objetivos e quais serão os números monitorados. Se tiver histórico, é importante também definir metas (e claro, que sejam atingíveis).
Nesta hora, não tem erro. Um bom briefing ou conversa com o cliente pode definir 2 ou 3 objetivos e, depois, você pode tirar 2 ou 3 métricas para cada um deles.
Use o relatório do Google Analytics a seu favor

O Google Analytics mudou muito nos últimos anos. A cada atualização, ele ganha novos recursos e melhora sua estrutura. Uma das mais importantes, ao meu ver, foi a reestruturação dos grupos de relatórios, que agora estão divididos em 4 grandes grupos, com nomes fáceis de se interpretar: Público Alvo, Aquisição, Comportamento e Conversões.
Esta estrutura não é por acaso e, se você pensar um pouco, ela pode muito bem ser utilizada ao seu favor para estruturar os relatórios de um site. Em vez de colocar dezenas de slides, com gráficos e texto, por que não separar em capítulos, usando essa estrutura do Google Analytics? Assim, seu relatório pode ter 4 capítulos, com as informações colocadas da seguinte forma: Quem acessa o site (Público Alvo), como as pessoas chegaram ao site (Aquisição), o que elas fizeram no site (Comportamento) e se elas fizeram algum tipo de interação de meta no site (Conversões). Simples, não?
Agora, não vá sair colocando todos os relatórios de cada sessão. Tenho certeza que em 2 ou 3 slides por capítulo você consegue resumir cada um destes itens e montar um relatório simples, porém bem estruturado.
Use o método de análise pirata AARRR

Para quem está envolvido com o mundo das Startups ou metodologias mais modernas de planejamento e análise de resultados, o método AARRR pode ser transportado do planejamento para o relatório de métricas facilmente. Já para quem não conhece este método, explico com a definição da própria Wikipédia:
“As métricas para “piratas”, ou AARRR devido as iniciais das cinco métricas (Aquisição, Ativação, Retenção, Receita e Recomendação), são métricas focadas no efeito da macro análise, assim como proposto por Eric Ries. Também chamadas de métricas “actionable”, pois elas proveem dados relacionados a ações repetitivas, desempenhadas pelos usuários, e que podem ser aprimoradas para o bem do produto.”
Mas como usar este método para planejar e estruturar um relatório? Fácil, vamos aos exemplos:
• Aquisição se referem a como as pessoas chegaram ao site, por exemplo. Assim, um relatório do Google Analytics que mostre todas as origens e sua reação no site pode tornar a análise de como as pessoas chegam ao site algo mais inteligente e lógico.
• Ativação são dados referentes à realização de alguma ação importante no site, seja navegar por mais de 2 ou 3 páginas, seja preenchimento de um formulário ou realização de outra ação importante. Relatórios com estas métricas podem mostrar se o site é de fácil interação com o público e se ele não está se perdendo na estrutura.
• Retenção são dados referentes à fidelidade do usuário com o site. Assim sendo, medir, por exemplo, a porcentagem de pessoas que voltam ao site e tentar entender porque eles voltam pode ser a chave para explorar esta métricas e melhorar os resultados.
• Receita são aquelas métricas ligadas a efetivação de vendas ou geração de leads qualificados. Olhar para este número e entender quem são os usuários que geram isso com maior frequência vai ajudar a entender como otimizar campanhas, site e a estratégia em si.
• Recomendação são os dados que medem se as pessoas gostaram e recomendaram o site/ação nas mídias sociais, e-mail ou outra forma de compartilhamento. Entender isso pode ser a chave para saber se o site/ação é realmente “viralizável” e interessante a ponto das pessoas se darem o trabalho de compartilhar.
Estruturar um relatório do Google Analytics usando este método não só vai fazer você ter um relatório matador como também apresenta uma forma de analisar os dados de forma racional e estruturada, analisando o funil que vai da aquisição até a recomendação do site.
Muito além do Google Analytics

Certamente o Google Analytics é a mais famosa e mais prática ferramenta para conseguir dados de um site, mas existem outras ferramentas que podem ser utilizadas para diversos outros objetivos. Entre as que eu uso e recomendo, deixo aqui algumas:
MixPanel: Ferramenta incrível para quem quer ir além dos dados básicos do Google Analytics e entender exatamente “quem” é seu público. Ela permite coletar dados de login e e-mail e montar relatórios baseados em pessoas e ações e não somente em dados anônimos de acesso. Além disso, a ferramenta permite disparar notificações para estes usuários, baseado em ações que eles fizeram.
Crazy Egg:: Permite testar a usabilidade e navegação do site através de relatórios e, principalmente mapas de calor.
SocialBakers: Este é meu queridinho para redes sociais, permite analisar dados de fan pages no Facebook, canais no Twitter, Youtube, Instagram e Linkedin. O legal dela é que você consegue comparar seus dados com o dos concorrentes e gerar alguns relatórios em PPT, prontinhos para incrementar seu relatório matador!
Scup e a própria busca do Twitter: É possível incrementar o relatório com dados externos de comportamento e repercussão em redes sociais.
Google Trends: O Trends é uma fonte de tendências nas buscas do Google e pode ser utilizado para incrementar um relatório do Google Analytics com dados externos, que muitas vezes podem justificar vales e quedas nos gráficos do mês.
Se você quer aprender o passo a passo para implementar e aprender a construir relatórios do Google Analytics na prática, dá uma olhada nesse curso do Aldeia Lab!