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Remarketing: como usar o que você já sabe para aumentar a conversão do seu negócio

Se você já sabe fazer anúncios no Google e nas Mídias Sociais, esse post é pra você: vamos te ensinar a usar o que você já sabe pra fazer seu negócio crescer ainda mais. Quer ver que você até já conhece um pouco dessa estratégia?

Vê se a seguinte situação parece familiar: você está navegando online e vê algum produto. Dá uma olhada, mas por um motivo qualquer, decide não comprar. Passa um tempo, talvez até um dia ou outro, e você começa a ver anúncios desse mesmo produto no Facebook, no Instagram e em outros sites pela web.

Você vê o produto de novo, repensa se deve ou não comprar, ele volta a ocupar sua mente. Pois é: esse é o efeito do remarketing.

2x marketing

Remarketing é basicamente fazer o marketing para a mesma pessoa duas vezes. Mas o que compõe essa estratégia?

Na prática, o usuário entra em contato com o seu negócio de alguma forma, por uma ferramenta de busca ou por uma landing page, e depois os anúncios vão aparecer pra ele quando estiver navegando pela internet.

Tudo que você clica, visita e interage na internet fica bem guardado e você pode utilizar essas informações com uma lista de remarketing, um código do Google Ads e Facebook Ads que você instala no seu site e registra as informações do visitante. É assim que se encontra o público alvo que possivelmente vai converter o acesso em uma venda.

Quando for procurar por remarketing, também pode encontrar também a palavra “retargeting”. Na verdade, quem utiliza o termo remarketing é o Google, mas outras plataformas utilizam o retargeting.

O “target” significa “alvo”, que tem tudo a ver com o objetivo, que é impactar mais de uma vez os interessados no seu produto.

 

Os efeitos psicológicos do remarketing

Quando o usuário busca o seu produto, ele o procura em um site ou ferramenta de busca. Ele vê o preço, o frete, todas as informações. Até aí tudo bem: mas ele não compra. Isso é muito mais normal que você imagina: o Google Ads relatou que só 3% vai comprar o produto nesse primeiro contato.

E é aí que o remarketing entra: aumentando a conversão e levando à venda, através de uma série de processos que acontece no seu cérebro enquanto ele pondera sobre seu produto. Se liga no que acontece:

  • Consciência: o usuário tem interesse em um assunto. Ele pesquisa mais sobre o tema, sem ter como objetivo comprar.

  • Consideração: depois dessa busca, surge a vontade de comprar algo relacionado ao que ele gosta: talvez um livro sobre o assunto. É aí que ele vai procurar recomendações e comparar preços.

  • Compra: o usuário encontrou o livro que tanto queria no seu site por aquele preço barateza e chega a hora de realizar a compra.

  • Fidelização: o momento dos sonhos de todo empreendedor — quando a pessoa gosta tanto que volta pra comprar de novo.

O remarketing é, muitas vezes, o motor desse processo: quando um usuário acessa um site que esteja usando o remarketing, ele é identificado através de um cookie e entra para a lista do remarketing. É esse cookie que vai permitir que o Google mostre anúncios desse site em outros visitados pelo usuário.

Ele faz com que, em cada uma destas etapas, o produto volte a aparecer para o usuário, se tornando uma opção cada vez mais real até que a venda se concretize.

A estratégia pode ser feita por meio do Google Ads, pela Rede de Pesquisa e pela Rede de Display, ou pelo Facebook, com os anúncios aparecendo no feed e na barra lateral.

Mas por que é bom?

O remarketing e retargeting são conceitos que quando se entende vai longe e traz diversos benefícios. Se liga:

  • RECONHECIMENTO DE MARCA: a exposição em uma variedade de sites pode ser positiva e transformar o usuário em um potencial cliente.
  • CONVERSÃO: com mais exposição, a marca pode ter mais taxas de conversão e retorno do investimento. O site CMO.com apurou uma taxa de 33% de conversão após um bom remarketing.

  • AUDIÊNCIA SEGMENTADA: quando a marca conhece o seu cliente, ela pode produzir conteúdo específico do próprio remarketing para converter cada perfil.

  • ACOMPANHAMENTO: com base nos relatórios do remarketing é possível acompanhar em que site o anúncio tem maior engajamento, tudo isso pode ser útil para utilizar o orçamento da melhor forma possível

Agora que você conhece um pouco mais sobre as técnicas já pode colocar em ação, não? Antes de tudo isso, trace uma boa estratégia: os resultados do remarketing podem ser ótimos, mas a alta exposição aos anúncios pode irritar e afastar o cliente.

Quer colocar em prática?

O remarketing e retargeting são estratégias que podem acrescentar bastante no planejamento do seu negócio, principalmente no e-commerce, já que o objetivo é justamente aumentar a conversão.

Pra poder colocar em prática todo o conhecimento sobre remarketing, é preciso se especializar. Se liga aqui no Curso de Remarketing e Retargeting em Curitiba, que vai te ajudar no uso dessa nova ferramenta.

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Por que o Growth Hacking é a ferramenta que faltava no seu marketing

Está atrás de métodos milagrosos de marketing digital? Se sim, infelizmente, temos um impasse. Apesar de muitos afirmarem que o growth hacking é uma forma milagrosa de alcançar resultados, a técnica gera sim resultados, mas por funcionar basicamente como um método científico.

É que o growth hacking é uma forma de trabalhar o seu negócio através de hipóteses e experimentos. Uma empresa pode utilizar esse método para aumentar leads ou converter acessos em vendas, tudo na base de planejamento, teorias e tentativas.

Role pra baixo e entenda como você pode aplicar as técnicas de growth hacking para conseguir resultados rápidos e sustentáveis.

Aprenda com quem sabe: o primeiro Growth Hacker

A história do growth hacking começa em 2010 com Sean Ellis, que já passou pela Dropbox e fundou o GrowthHackers.

A tradução para português precisa de um pouquinho de interpretação:hacks” são brechas ou oportunidades; já “growth” é o crescimento que a empresa vai alcançar quando colocar em prática estratégias rápidas que visam resultados.

O “hacking” aqui não são os polêmicos hackers de computador, mas a prática de procurar e descobrir essas chances de crescimento.

Ellis, o cara por trás de todo esse conceito, observou que empresas que cresciam rápido tinham certas semelhanças:

  • inovação na divulgação;
  • diversidade de profissionais, incluindo tanto analíticos quanto criativos;
  • e habilidades em análise de dados.

Com um time com essas características, os negócios encontravam o caminho para o sucesso.

O melhor é que não precisa ser um marketeiro ou um ninja de tecnologia para ser um growth hacker: basta pensar com criatividade, elaborar ideias, planejar como colocá-las em prática e testá-las. Profissionais que se dão bem com processos, metodologia, tecnologia e psicologia do consumidor estão um passo a frente para se tornarem growth hackers. Afinal, o conceito é muito além de um cargo.

O Growth Hacking no funil de vendas

O funil de vendas é bem conhecido, só que a comparação com o utensílio doméstico vai bem além. O growth hacking busca melhorar os resultados do funil do pirata ou de marketing.

E onde entram os piratas? Para entender o novo conceito, outro cara entra em cena: Dave McClure. O empreendedor criou o termo do funil ou AARRR – sigla que representa as iniciais de cada fase e de onde surgiu a brincadeira com os corsários em inglês, AARRR é parecido com o som feito pelos piratas).

O funil de McClure possui cinco estágios. Pense, por exemplo, no seu site e produto e perceba se eles não passam por essas fases:

Aquisição: estratégias para atrair visitantes para o site, como SEO e propaganda.

Ativação: com uma primeira experiência positiva, o visitante se torna cliente e ocorre a conversão.

Retenção: com o cliente satisfeito, ele tem mais chances de continuar consumindo o produto.

Recomendações: os clientes indicam o site para outras pessoas, como uma espécie de viral ou boca a boca.

Receita: monetização de todo o processo e mais lucro para o seu negócio.

É essencial ficar de olho em cada estágio e desdobrar técnicas de growth hacking para cada etapa.

Como aplicar o Growth Hacking no meu dia a dia?

Agora sim: pôr em prática a linha de pensamento que é o growth hacking. Já sabemos até aqui que é uma forma de encontrar oportunidades para fazer o seu negócio crescer e, para isso, utilizar estratégias e experimentos para alcançar esse resultado e comprovar a hipótese de onde partiu todo o pensamento.

Você pode começar com alguns passos simples, que vão te colocar no caminho para um crescimento rápido e sustentável. Se liga:

  • Problematizar: discutir o problema que a sua empresa quer resolver ou a melhoria que busca executar.

  • Gerar ideias, muitas ideias: já temos o problema. Agora, é hora de fazer um brainstorming com a equipe e colocar a cabeça para funcionar.

  • Modelar o experimento: como será o teste? A ideia vira uma hipótese e podem ser feitos testes A/B e estatísticas para ter um panorama do caso.

  • Realizar experimentos: o tempo necessário para monitorar e acompanhar o teste.

  • Analisar os resultados: independente se deu certo ou errado, colha os resultados e aprenda com eles.

  • Novos testes! Se um método deu certo, pode dar certo em outros casos. Se deu errado, tudo bem: volte para a geração de ideias e se prepare para testar outra ideia que pode dar muito certo.

Faça como o Dropbox

Sean Ellis trabalhou no Dropbox e o case da empresa é um ótimo exemplo de como o growth hacking dá certo. Para entender melhor, o Dropbox é um site de hospedagem de arquivos e aqueles que usam a plataforma gratuitamente têm um limite de espaço na nuvem.

O site procurava atrair mais usuários. Juntando o útil ao agradável, a solução foi fornecer mais espaço para usuários que indicassem o site para colegas, amigos e familiares.

A técnica é chamada de incentivo, os próprios usuários do site atraíram mais clientes e receberam um benefício ao fazer isso.

A prática deu certo e elevou Ellis ao nível de guru de growth hacking! Outros sites famosos, como Linkedin, Facebook e até o finado Orkut utilizaram o Growth para atrair mais e mais usuários.

Quer aprender Growth Hacking?

Se você quer se tornar um growth hacker e trazer crescimento rápido e sustentável para o seu negócio, você pode fazer o nosso curso de Growth Hacking. Saiba mais clicando no link 🙂

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Profissões do futuro: conheça as profissões que estarão em alta em 2019

 Você já sabe de quais skills precisa pra se dar bem em 2019? Fizemos um compilado das principais apostas para o mercado de trabalho no ano que vem. Confere só:

 

Profissional de Marketing Digital

Dentre as profissões do futuro, essa não é surpresa, né? As mídias digitais assumiram um papel central no marketing. Assim, a busca por profissionais que dominam as ferramentas, técnicas e tecnologias relacionadas cresce cada vez mais.

Curso recomendado: Fundamentos de Marketing Digital.

 

Cientista de Dados

Os nomes dessa podem variar: estatístico, cientista de dados, data detective, profissional de Big Data ou até analista de Big Data. Saber lidar com dados é uma demanda crescente de todas as áreas. Afinal, informações bem organizadas são a chave para tomar decisões estratégicas e bem embasadas.

Cursos recomendados:  Dashboards no Excel e Business Intelligence aplicado ao Marketing Digital. 

 

Customer Success

Quando o seu cliente tem a melhor experiência, você tem o melhor resultado. Por isso o profissional de Customer Success é cada vez mais valorizado. Seu trabalho é entender profundamente o público, saber mapear pontos de atrito e desenvolver fluxos de trabalho que melhorem a vida do cliente. Não entendeu? Olha só o vídeo:

Curso recomendado: Customer Success

 

Especialista em E-commerce

Com cada vez mais e-commerces no mercado, as empresas precisam fazer o possível para se destacar e conquistar clientes. Profissionais especializados nesse tipo de comércio terão cada vez mais campo para atuação. Essa é uma das profissões do futuro que já estão dominando o mercado.

Curso recomendado: E-commerce. 

 

Desenvolvedor de Softwares

É um desperdício de energia ficarmos presos em atividades mecânicas e banais em nosso cotidiano. Assim, as empresas têm uma demanda crescente por Desenvolvedores de Softwares. São profissionais dedicados a criar sistemas para automatizar processos e melhorar o fluxo de trabalho. No curso de Arduino, você aprende a desenvolver sistemas com uma das ferramentas mais simples e acessíveis da área. Quer saber mais sobre a ferramenta? Confere só esse post em que a gente te mostra 3 projetos práticos feitos com o Arduino.

Curso recomendado: Arduino.

Profissões do futuro: desenvolvedores de softwares

 

Gestor de Inovação

Inovação é um fator indispensável para um negócio sobreviver no mercado. O Gestor de Inovação é quem repensa as estratégias de uma empresa para melhorar seu modelo de negócio, seja no core business ou em uma área específica. No curso de Tendências, você aprende a desenvolver pesquisas de tendência estratégica e inovar de forma rápida e eficaz. Ah, e olha só que legal: também fizemos um post sobre como acompanhar tendências em 2018. Confere lá!

Curso recomendado: Tendências.

 

Gostou?

 

E, se você tá pensando em aproveitar 2019 para empreender, dá uma olhada nas principais apostas de modelos de negócios lucrativos para o ano que vem! 

E aí? Faltou alguma skill na lista? Comenta aí e conta pra gente!

Como o neuromarketing está desvendando o cérebro dos consumidores para gerar mais vendas

Algumas decisões determinam o rumo da nossa vida. Pode ser vestibular, casamento, intercâmbio, fechar um negócio. Com alguns caminhos pela frente, recorremos à lógica, às emoções, aos amigos, aos pais, a qualquer um com um pitaco a oferecer. E, enfim, escolhemos. Escolhas também acontecem em situações diárias, como no restaurante, mercado ou cinema. Nem sempre é algo gigante, mas alguma decisão precisa ser tomada. A questão é: você já parou para pensar por que escolhemos uma coisa e não outra? Um estudo realizado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) mostrou que o ato de escolher pode ser dividido em três partes.

  • na primeira seu cérebro decide o que você vai fazer;
  • depois essa decisão aparece na sua consciência, o que transmite a sensação de que você está tomando a decisão de forma racional
  • e daí você age de acordo com a decisão tomada – por seu cérebro e não por você de forma consciente, sacou?

Ainda falando em dados, cerca de 80% das decisões de compra são feitas de forma inconsciente. Com isso, é possível atrelar o conhecimento de como o cérebro funciona às estratégias de marketing, através do neuromarketing, para acionar as partes do cérebro relacionadas às emoções. A partir daí, você traça caminhos para o seu cliente com base no que você já sabe dele.

Conceito de neuromarketing

O neuromarketing é uma maneira de estudar o comportamento humano através do entendimento do processamento de informações pelo cérebro. Ele inclui a neurociência, usando a ressonância magnética para descobrir quais estímulos afetam qual parte do cérebro e como essa resposta pode ser relacionada ao comportamento desejado. O marketing entra para usar esse estímulo específico com o intuito de provocar o mesmo comportamento no consumidor.

E mesmo sendo uma ciência muito nova, já vem sendo amplamente estudada por acadêmicos e empresas mundo afora para entender como o ser humano pensa, decide e sente. Sabemos que, ao tomar uma decisão, podemos ativar três mecanismos do nosso cérebro: a razão, a emoção ou o instinto. O neuromarketing busca entender como cada um desses mecanismos é utilizado durante o processo de decisão de compra.

“Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim”. Isso te lembrou algo? O Big Mac é hoje o sanduíche mais vendido no mundo e essa música permeia o imaginário de toda uma geração de brasileiros. Isso mostra como as marcas usam conhecimentos sobre o cérebro para provocar, através de símbolos, cores e até mensagens, o efeito desejado.

E como aplicar?

As técnicas de neuromarketing são bem vastas. Talvez a primeira imagem que veio a sua cabeça tenha sido de um cliente correndo na esteira com eletrodos pelo corpo, mas existem formas mais sutis e eficientes de se fazer isso, ok? Vamos ver como.

Sentidos

Memórias podem ser acessadas com fotos, cheiros, sabores. Às vezes, é possível fazer isso através da sua marca. Dá para pensar em um cheiro característico para a sua loja, uma música ou uma embalagem especial que o consumidor logo reconheça e associe.

Com produtos virtuais, é possível explorar layouts, cores e sons. Considere tudo isso na hora de montar e pense o que isso pode significar para o visitante.

E se tem alguém que mexe com os sentidos como ninguém, essa é a Coca-Cola.

Se você viu esse vídeo e não ficou com sede, parabéns. Mas acho difícil isso acontecer.

Como grande aposta, marcas também investem no marketing olfativo. Aromas podem enfatizar atributos que melhor descrevem sua loja e produtos (por exemplo, fresco, caseiro, energético, jovem, elegante), criando o ambiente ideal para colocar seus clientes no bom humor necessário para fazer compras.

Várias marcas já perceberam isso e, para além da loja, pensaram em cheiros para levar pra casa. A marca de roupas Mixed, por exemplo, desenvolveu uma fragrância para suas lojas há 12 anos com o objetivo de aumentar a intenção dos clientes de visitar as unidades da marca.

Em seguida, as lojas e as sacolas da marca passaram a ser borrifadas com o perfume. Para atender os pedidos das clientes, que queriam levar o cheiro para casa, pequenas embalagens com a fragrância começaram a ser distribuídas como brinde. A procura foi tanta que eles acabaram decidindo incluir o perfume no portfólio da marca.


A importância do olhar

Uma grande parte do orçamento de Marketing é gasto apenas em recursos visuais. Provavelmente vai ser a partir da visão o primeiro contato do cliente com a marca. Então as cores também são importantes para deixar claro o que você quer transmitir: cores claras e pastéis para negócios que transmitem tranquilidade; assim como o contrário, vermelho forte e preto, para rapidez e excitação. Mas preto com outros tons transmite sobriedade.

Outra questão é: olhamos para onde os outros também olham. Essa é uma forma de nos mantermos alertas e ligados ao que está acontecendo por perto. Então, quando a propaganda coloca uma pessoa olhando para frente e a logo do lado, provavelmente o expectador vai olhar para a pessoa e vai ignorar a marca. Um bom jeito de fazer isso foi apresentado aqui:

Ao final do vídeo, a logo do banco aparece onde a criança está olhando. Não tem como não saber de qual banco se trata.

Quando se trabalha com a imagem de crianças, é ainda mais difícil atrair a atenção para a marca, por isso direcionar o olhar do bebê para o anúncio é importante. Isso está sendo usado pela Johnson’s:

Storytelling

A importância de contar boas histórias também aparece aqui. Com histórias envolventes, é possível despertar paixões, emoções e ser lembrado. Um exemplo muito bom é o da Dove, que conta a história de mulheres a partir da Real Beleza:

A campanha levou prêmio em Cannes e se tornou o vídeo publicitário mais visto do YouTube.

Outro jeito de contar histórias pode ser a partir das embalagens. O Suco do Bem, por exemplo, resolveu adquirir um tom informal para trocar uma ideia com o consumidor. Cada um dos sucos também conta com uma pequeno resumo da história e origem do sabor do suco.

Senso de urgência

Ao despertar o senso de urgência no consumidor, você tem mais chances de conseguir uma venda. Poucas pessoas resistem ao “últimas peças” ou “últimos dias da promoção”. Só é importante falar sobre o que você realmente pode vender, tá?

Ao mostrar o número de produtos no estoque, por exemplo, você diz que está acabando e que é bom a pessoa se agilizar. Talvez ela não precise tanto daquilo, mas a necessidade criada pelo anúncio faz ela comprar.

Aprenda mais sobre vendas no E-book Prático de Vendas Para Não Vendedores

E quando se trata de um gasto incomum, que demanda mais organização como uma viagem, é bem provável que você olhe e deixe para decidir depois. No caso dos hotéis, isso é um problema, já que talvez você encontre melhores ofertas depois e nem lembre do hotel que tinha visto antes.

Por isso eles trabalham com o senso de urgência. O Booking é um exemplo claro disso, olha só:

É fácil se sentir pressionado por uma imagem assim, né? Pois é, mas não para por aí. Em algumas buscas, eles ainda mostram opções de hotéis que não tem mais vaga para o período buscado. Mas por que ele mostrou, se não tem mais vaga? Bom, ele não quer te deixar com medo de perder uma viagem por não ter onde ficar, daí dá nisso:

Colocando na prática

Agora que você já sabe o que é neuromarketing, viu exemplos reais (e de como ele funciona), é hora de pensar em se aperfeiçoar. E entender o funcionamento do cérebro do cliente agora está mais fácil, porque a Aldeia está oferecendo o curso de neuromarketing para te entregar todos os detalhes e alavancar seu negócio. O professor Bruno Riter vai te ajudar nessa missão.

No talk de lançamento, você vai poder tirar todas as suas dúvidas e entender um pouquinho mais desse processo tão complexo. Por isso, é indicado que você seja curioso e não se dê por vencido com respostas simples. Se tiver conhecimento básico de marketing, o aproveitamento vai ser melhor ainda!

De qualquer forma, aproveita esse evento gratuito com o Bruno, que trabalha atualmente analisando dados de consumo na Snapcart, startup multinacional de inteligência que atende clientes como Nestle, P&G, Unilever, Jonhson & Jonhson e L’oreal. 

Lowsumerism: o estilo de vida que vai livrar você das garras do consumismo

Conquista do primeiro milhão antes dos 30 anos, shoppings centers, logísticas de distribuição em massa, estratégias mirabolantes de marketing, hipermercados, prazer em comprar, compras por impulso. Você já parou para pensar que tudo isso é fruto de uma lógica de consumo enraizada na sociedade?

Para o bem da nossa saúde, no entanto, o estilo de vida frenético já ganhou uma alternativa conhecida como lowsumerism – algo como “baixo consumo”. A ideia agrupa atitudes e posturas que têm conquistado cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo.

Tá, mas o que é isso?

Praticar o lowsumerism é ser mais consciente e consumir menos. O movimento envolve uma junção de, pelo menos, três atitudes simples: sempre pensar antes de comprar, buscar alternativas de menor impacto para os recursos naturais – como trocar, consertar ou criar -, e viver apenas com o que é necessário. No vídeo, você consegue entender melhor esses princípios:

Como esse conceito surgiu?

Para entender o lowsumerism, vamos começar com as origens do lifestyle oposto: o consumismo. A prática surgiu no começo do século XX, alguns anos depois da revolução industrial ter ampliado a capacidade das fábricas para um nível de produção em massa. Basicamente, havia a capacidade de entregar muito mais bens de consumo do que as pessoas precisavam – sendo que elas já estavam acostumadas a ter apenas a comida, roupas e objetos necessários para sobreviver.

E, para girar a roda do capitalismo e vender todos os bens e serviços dessa produção massificada, surgiram as primeiras campanhas publicitárias. Edouard Beynards, sobrinho do Freud (sim, o psicanalista), foi considerado um dos pioneiros do marketing e da propaganda nesse período.

Beynards começou a traçar estratégias de comunicação com base nos conhecimentos do subconsciente que seu tio desenvolveu. Com isso, as grandes corporações passaram a influenciar a população para que comprassem mais itens, com uma mensagem de mudança do estilo de vida e pertencimento social.

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As pessoas passaram a depender tanto do consumo que frases como “eu valho o que eu tenho” ficaram fixas nas ruas, nas mentes e nos comportamentos: ninguém queria mais o básico, mas sim aqueles produtos que traziam algum tipo de status (fosse pela quantidade, pelo preço ou pela aparência que possuíam).

O ato de comprar passou a ser um termômetro social e mostrava o quanto de dinheiro cada pessoa tinha. E isso passou a ser o mais importante entre a população que via o “American Dream” como o plano de vida ideal. Nessa concepção, qualquer um poderia atingir o sucesso, a prosperidade e um padrão para se viver, desde que trabalhasse duro – e as pessoas realmente faziam de tudo para alcançar esse objetivo.

O fim da vida de aparências.

Mas esse consumo exacerbado, apesar de trazer muito dinheiro aos empresários, não conseguiu se sustentar plenamente. Os Estados Unidos, país que acabou popularmente conhecido como a nação do consumismo, sentiu primeiro os efeitos negativos da compra desenfreada.

O ápice aconteceu em 2008, em um episódio conhecido como “crise do subprime”. A recessão daquele ano foi o auge do desastre – ou, melhor dizendo, o fundo do poço financeiro americano – que estava tomando forma desde o século anterior, como explica o estudo “The Frugal Future”, desenvolvido pelo economista David A. Rosemberg. A pesquisa, que aborda várias causas e consequências da crise, foi desenvolvida para os clientes e investidores do banco Merrill Lynch, um dos grandes centros de investimentos do país, que criou um direcionamento em meio ao desespero.

Desencadeado pela grande concessão de empréstimos hipotecários de alto risco, o colapso levou a população estadunidense a enfrentar números altíssimos de desemprego. Com isso, muitas pessoas ficaram sem suas casas, precisaram abrir mão até dos produtos mais básicos e outros países se viram apreensivos com suas respectivas economias, já que a maior potência do planeta estava em uma situação aterrorizante.

Assim, as pessoas tiveram que procurar alternativas de subsistência que não fossem tão ligadas ao dinheiro – que havia praticamente sumido do bolso da maioria. Isso representou um rompimento com as práticas consumistas e, então, surgiu a corrente do baixo consumo, cuja bandeira já era levantada pelos movimentos hippie e punk nos anos 60 e 70. Em meio ao caos, emerge uma consciência nas pessoas, que começam a se perguntar:

O que realmente é importante para mim? Ter ou ser?

Com essa questão, grupos de formadores de opinião passaram a refletir sobre o lado nocivo do frenesi que envolve o consumo. Nesse momento, surge o lowsumerism, nome dado ao movimento pela agência Box 1824, que realiza pesquisas de tendências em inovação e comportamento do consumidor.

Mas a prática ainda não é universal. Apesar da crise e dos problemas que o consumismo trouxe, as pessoas continuam a viver em um ritmo que incentiva a aquisição de produtos constantemente. Esse padrão é cada vez mais reforçado por meios de facilitação das compras – que incluem desde políticas governamentais de incentivo até o fenômeno de crescimento de e-commerces. Por isso, o lowsumerism ainda é uma corrente de vanguarda buscando seu lugar ao sol, conquistando seu espaço aos poucos.

Lowsumerism na prática.

No dia a dia, a atuação de alguns movimentos e marcas fortalecem o lowsumerism. O movimento maker, por exemplo, busca aproximar as pessoas de ferramentas e conhecimentos para que elas possam colocar sua criatividade e habilidades em prática, construindo os mais diversos tipos de objetos ou projetos.

No marketing, o foco passou a ser o consumo de produtos locais, redes de colaboração entre pequenos produtores e a economia compartilhada. A própria tendência estética minimalista, presente no design e no mundo da moda, integra a gama de movimentos diretamente envolvidos com o consumo consciente.

A causa também é urgente para o meio ambiente: somente nas últimas três décadas, um terço dos recursos naturais da Terra foram consumidos. Para reverter a situação e garantir um futuro sustentável, a transição entre o consumo e aquilo que precisamos deve se tornar real.

E como eu posso fazer parte do lowsumerism?

Para que você consiga trazer essa mentalidade para o seu cotidiano, é preciso entender qual é o verdadeiro objetivo de uma compra, se o investimento é necessário e como o produto ou serviço pode impactar a sua vida.

Veja sete perguntas que você deve fazer a si mesmo antes de comprar alguma coisa:

  1. Você realmente precisa disso?
  2. Você pode pagar por isso?
  3. Você não está querendo comprar para ser incluído ou afirmar sua personalidade? Se a resposta for sim, é melhor dar meia volta e repensar o investimento – existem outras formas de participar de grupos sociais ou mostrar quem você é.
  4. Você sabe a origem desse produto e para onde ele vai depois?
  5. Você não está sendo persuadido por propagandas e campanhas de marketing?
  6. Você acha que essa compra irá prejudicar o planeta?
  7. Quantas dessas compras você acha que o planeta consegue verdadeiramente suportar?

Com isso em mente, as suas práticas em shoppings, mercados, e-commerces e lojas vão passar a ser mais críticas, quebrando a lógica do consumo que é implantada no nosso cotidiano.

Atenção: a mudança tem que ser genuína.

Apesar do lowsumerism ser tendência, não basta segui-lo apenas como uma nova moda. É necessário ter em mente que a prática é importante para o planeta num futuro próximo, que poderá ser vivido de maneira diferente pelas pessoas que decidirem mudar seu comportamento.

Mas, para isso, é preciso abrir mão de algumas regalias a que estamos acostumamos nessa sociedade do consumo, além de entender que a prática exige mais empenho e atenção. Já parou para pensar que plantar seus próprios alimentos, por exemplo, pode ser muito mais trabalhoso do que comprar? Ou que, ainda que você compre dos produtores que não cultivam em larga escala, o custo é mais elevado? Essas e outras condições fazem parte de um grupo de mudanças que tornam o lowsumerism uma prática pela qual é preciso vestir a camisa de verdade.

E isso também vale para o universo digital: nos últimos anos, tem acontecido uma séria inversão de valores da sociedade. Se antes “ter era ser”, o que traz prestígio para as pessoas atualmente é o número de seguidores que possuem nas redes sociais. O sonho de conseguir 1 milhão antes dos 30 anos foi substituído pelo desejo de impactar 1 milhão de pessoas – e, para atingir isso, as pessoas passam a se envolver em causas, projetos e divulgações que nem sempre acreditam.

Nessa hora, devemos pensar se queremos frear o consumo para mudar realmente nossas vidas ou para que nossos seguidores nos vejam como “precursores de tendências”.

O lowsumerism será capaz de transformar para valer o estilo de vida das pessoas. Mas não se desespere: essa mudança não acontecerá de maneira abrupta: as alterações virão aos poucos, até porque não é possível praticar um rompimento completo do modo de vida atual. A transição pode não ser simples, mas é primordial que aconteça, primeiro, em sua consciência. Afinal, toda mudança precisa começar em algum lugar, não é?