future of work | Aldeia | Movimento de Realizadores

O futuro do trabalho: descubra o que muda nos próximos anos

Jacob Morgan é autor, palestrante e seu trabalho mais recente se chama The Future of Work: Attract New Talent, Build Better Leaders, and Create a Competitive Organization (em tradução livre: “O Futuro do Trabalho: atraia novos talentos, construa líderes melhores e crie uma empresa competitiva”). O ShareDesk entrevistou Morgan para entender o que significa, pra valer, esse futuro: robôs, inteligência artificial, geração Y ou globalização? Ou todas essas opções juntas?

jacob morgan future of work

Nos últimos oito anos, você tem feito estudos sobre o futuro do trabalho que vão de engajamento dos funcionários a companhias com visão de futuro. Como a sua perspectiva sobre o futuro do trabalho evoluiu ao longo dos anos?

O futuro do trabalho é um tema bem abrangente, então eu tenho aprendido muito a respeito. Acho que a maior coisa que eu aprendi é que temos muitos “futuros do trabalho”. Não existe apenas um caminho que todas as companhias irão seguir, existem vários. Quanto mais eu aprendo, quanto mais eu converso ou trabalho com diferentes empresas, mais animado eu fico. Acho que este é o melhor momento para os negócios!

Em seu livro, você cita os dispositivos móveis como uma das cinco tendências que estão moldando o futuro do trabalho. Fale mais sobre o que isso significa.

A maioria das pessoas pensa dispositivos móveis como tecnologia, que, embora seja aplicável, é uma definição pouco limitada. Eu vejo a mobilidade como a ideia de se manter conectado e produtivo em qualquer lugar, a qualquer momento e em qualquer aparelho. O novo discurso para o futuro do trabalho é “estar conectado a ele”; seu trabalho é algo que você leva no bolso, o que faz com que seu escritório seja onde você quiser.

Você já falou bastante sobre criar uma “experiência no escritório”. Entre nossos leitores, temos milhares de escritórios compartilhados. Que insights você tem para que eles possam criar uma experiência única no local de trabalho?

Na verdade, eu estou trabalhando nesse assunto. Mas posso dar uma prévia aqui. Quando falo com as empresas, eu defino a experiência do funcionário como algo que envolve três ambientes:

1) o ambiente tecnológico (as ferramentas que você usa);
2) o ambiente físico (onde você trabalha);
3) o ambiente sociocultural (como é trabalhar nessa empresa).

Para criar uma experiência boa, as organizações ou os escritórios compartilhados devem investir em todas as três áreas. Acredito que o melhor conselho que eu posso dar é “descubra o que importa para as pessoas que trabalham lá”. Traga outras pessoas e olhares para as tomadas de decisão.

Outra grande porcentagem da comunidade do ShareDesk é formada por freelancers que encontraram, no escritório compartilhado, um lugar para colaborar e conhecer outros freelancers. Quais são suas previsões para o futuro de quem trabalha dessa maneira?

Tecnicamente, eu fui freelancer pelos últimos dez anos, então tenho um tremendo respeito e admiração por essa comunidade, eles arrebentam! Muitas pessoas não entendem que ser freelancer é o mesmo que ser um empreendedor ou proprietário. É extremamente desafiador. Eu acredito que os freelancers vão continuar a crescer. Não vamos ver o funcionário efetivado desaparecer completamente, mas pode esperar que o freela vai se tornar muito mais comum – e isso quer dizer que é importante vender e construir uma marca para o seu trabalho.

Vamos terminar falando um pouco sobre o trabalho que você realiza com as organizações a respeito do futuro do trabalho. Como essas companhias permitiram que seus funcionários trabalhassem remotamente – em escritórios compartilhados, por exemplo?

A flexibilidade está, na verdade, se tornando mais do que uma vantagem do local de trabalho. É um diferencial competitivo. Praticamente toda organização com a qual eu converso está desenvolvendo ou desenvolveu algum tipo de programa para apoiar essa forma de trabalho. Para permitir isso, as empresas precisam ter a tecnologia certa, a administração certa para dar suporte e encorajar essa prática, e o tipo certo de funcionário, que possa se organizar, motivar e trabalhar por conta própria. Isso requer mudanças em diversas áreas, mas está acontecendo – e rápido!

E o seu filme favorito da Disney quando era criança?

Eu sempre adorei Aladdin e o filme do Pateta.

A entrevista original em inglês você encontra aqui.