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“Seja marcante”, “roube ideias” e outros ensinamentos de Seth Godin

Seth Godin é um mito. Com mais de duas décadas de empreendedorismo, 18 livros publicados, traduções para mais de 35 idiomas, 6 TED Talks e diversas outras contribuições, ele é o cara que percebe verdades escondidas e faz a gente falar “por que eu não pensei isso?!”

Aqui estão algumas das pílulas de sabedoria que dá pra tirar da obra dele:

Seja marcante.

Esse insight veio do livro Purple Cow (Vaca Roxa, em tradução livre) e é bem simples, na verdade. Se você apenas se mistura, você não é notado. Você só vai se destacar mesmo quando foi verdadeiramente marcante. E claro que você não quer passar batido.
Esse é um filtro poderoso quando se questiona o valor do que o seu negócio faz. Vocês são realmente marcantes? Ou estão seguindo o rebanho e fazendo o que todos estão fazendo? São só mais uma vaca marrom ou fazem as pessoas repararem que você são vacas roxas?

Arriscar é seguro e ficar na zona de conforto é arriscado

Um paradoxo poderoso. Quanto mais você ficar na zona de conforto (na vida, de forma geral), mais você está arriscando, na verdade. Quando você fica só no que é seguro, você está indo em direção à irrelevância e à redundância. O oposto também vale. Quando você corre riscos (calculados, claro), você está sendo bem mais cauteloso do que imagina. Esses riscos que você corre te ajudam a tomar as rédeas do seu futuro, do seu destino. Quando você faz o que ninguém mais está fazendo, você de destaca e se torna mais desejável. As pessoas vão querer trabalhar com você e vão apoiar a sua visão alternativa do mundo.

Nunca use mais que 6 palavras no mesmo slide do PowerPoint (se é que você usa o PowerPoint)

O livro Really Bad PowerPoint ensina como parar de ler slides e confundir a nossa audiência e, ao invés disso, focar na mensagem que queremos passar usando imagens carregadas de emoção para alcançar o impacto desejado. Melhor ainda: largue os apoios visuais. Se você realmente manja do que está falando, você vai conseguir falar de coração e convencer a audiência a agir. Mas se você ainda não está preparado para esse nível, pelo menos não use o PowerPoint como teleprompter. Se nem você lembrar o que precisa dizer, como é que a audiência vai te levar a sério?

Torne-se indispensável

Se você não é indispensável, você é substituível. Simplesmente fazer o seu trabalho não é o suficiente. E para fazer isso, você precisa produzir interações com que as empresas e as pessoas se importem profudamente. Pessoas assim fazem as coisas acontecerem e se tornam líderes independente do título que seus cargos levam. As pessoas só conseguem causar impactos significativos no mundo e nas empresas onde trabalham quando mudam a forma de pensar, se tornam indispensáveis e fazem mais que o mínimo necessário.

Roube ideias

O Seth Godin quer que você roube ideias! “Por favor não roube meu carro. Se você for embora com ele, eu não vou mais tê-lo, e isso vai ser bem chato. Por favor não roube minha identidade e minha reputação também. Ao usá-las, você vai estragar coisas que me pertencem. Mas as minhas ideias? Por favor, faça a gentileza de roubá-las de mim! O pensamento gerado pela economia atual de “o que não é seu é meu” fez a gente ter uma percepção errada sobre ideias. Se todo mundo da cidade pegar algumas amostras grátis do que eu faço, vou falir. Mas se todo mundo pegar uma amostra das minhas ideias, todos vamos ficar mais ricos”, diz.

Muito bom é chato

Porque é o esperado. Se você quer que suas ideias se espalhem, elas precisam ser incríveis, de cair o queixo e inesperadas. Se você criar coisas apenas muito boas, você vai ralar muito mais para fazer as pessoas compartilharem o que o que você criou.

Todo mundo no marketing conta histórias

O storytelling é uma ferramenta poderosa, porque é assim que nos comunicamos enquanto seres humanos. Um marketing realmente bom começa por contar uma boa história do produto, serviço ou marca. Quando a história é ruim ou não parece autêntica, a gente se sente enganado. A história precisa estar em sintonia com a essência da marca. Quando está, ela se torna poderosa.

Post traduzido e adaptado da Inc.

9 jeitos de ficar mais criativo nos próximos 10 minutos

A cultura moderna geralmente define que a criatividade é um dom natural. Vários artistas são aclamados e escutam “você é tão talentoso!”, mas na verdade talento tem bem pouco a ver.

A criatividade é uma habilidade a ser aprendida, praticada e desenvolvida, como qualquer outra. Malabarismo requer prática, do mesmo jeito que surfar, programar e dirigir. Com a criatividade não é diferente. Quando mais você torna a criatividade parte do seu dia, mas ela vai crescer.

Então como fazê-la parte do seu dia-a-dia? Aqui estão 9 sugestões. E olha só: você pode dar início a todas elas nos próximos 10 minutos.

1. Rabisque alguma coisa

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Embora tenhamos sido reprimidos no colégio ouvindo “pare de rabiscar e preste atenção”, é hora de trazer de volta os rabiscos. Rabiscar, ao contrário do senso comum, não quer dizer falta de foco. Na verdade, rabiscar pode te ajudar a se manter concentrado em uma atividade.

Suni Brown, autora do livro The Doodle Revolution, diz que alguns dos maiores pensadores – de Henry Ford a Steve Jobs – usaram rabiscos para engatilhar a criatividade. Rabiscar pode te ajudar a lembrar de coisas e ativar caminhos neurológicos únicos que levam a novos insights e superações cognitivas. Algumas empresas até incentivam uma rabiscaria durante reuniões!

2. Inscreva-se num curso de alguma coisa que você nunca fez antes

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A criatividade floresce quando você sai da sua zona de conforto e aprende uma coisa nova. Existem vários cursos legais por aí, alguns até gratuitos. Tente coisas novas. Pode ser se tudo: pintura, cerâmica, artesanato. Que tal aprender uma nova língua, escolher um instrumento musical ou fazer um curso de culinária?

3. Crie o ambiente adequado

A verdade que todo mundo pode ser criativo. Basta estar no ambiente certo e ter estímulo e apoio. Crianças são cheias de energia criativa em partes porque ainda não aprenderam a ter medo das críticas dos colegas e não tiveram vergonha de fracassar. E é por isso que o fracasso é agora admirado em adultos: ele reflete criatividade, esforços e riscos. Embora nem todos os esforços criativos funcionem, alguns funcionam (e são muito, muito bem-sucedidos).

E por isso que o Google se esforça tanto para fornecer aos seus funcionários coisas legais como quadras de vôlei de areia e cerveja grátis num ambiente que parece um parquinho para adultos. O objetivo é criar um ambiente que permite que os funcionários se sintam relaxados e confortáveis em verbalizar ideias loucas e criativas. Negócios que valororizam a criatividade precisam fazer o seu melhor para prover um espaço de trabalho criativo e seguro onde ideias inusitadas sejam recebidas e onde a criatividade seja alimentada.

4. Pause o brainstorming e mexa seu corpo

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Ainda que negócios mais tradicionais usem brainstorms de grupo como uma maneira poderosa de gerar criatividade, pesquisas modernas descobriram que o coletivo não é tudo isso que pensamos.

Ao invés disso, tente novas abordagens para solucionar problemas. Caminhe um pouco. Mova seu corpo e pense no problema do seu projeto em lugares diferentes. Movimentos físicos têm um efeito positivo no pensamento criativo, assim como técnicos de teatro dizem que ensaiar suas falas em várias poses e posições ajuda a criar o personagem.

5. Comece um caderninho de rascunhos

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Rascunhar é um ótimo jeito de guardar memórias e usar bem o seu tempo que poderia estar sendo usado fuçando o celular. Compre um caderninho pequeno e leve que possa ser carregado sem problemas e comece a rascunhar sempre que tiver alguns minutinhos: desenhe o saleiro que está na sua mesa enquanto você espera um café, ou algo que você viu no ônibus.

Por mais que você fique desapontado com seus rascunho no começo, quanto mais você desenha, melhor vai ficando. Não fique analisando demais os resultados: simplesmente desenhe pelo prazer do processo, não pela peça final. A criatividade vêm de várias atividades, então rascunhar um pouquinho cada dia pode resultar num super crescimento de criatividade no trabalho.

6. Tenha brinquedos na sua mesa

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Muitas empresas de design incentivam os funcionários a manter brinquedinhos nas mesas: de Legos a origamis. Brincar e sentir algo com as mãos ao invés de digitar num teclado pode ser exatamente o combustível para a sua criatividade.

7. Experimente escrever uma flash fiction

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Flash fiction é uma maneira de escrever que consiste em criar textinhos bem curtos. Existem vários grupos de flash fiction na internet em que os membros escrever histórias de 100 palavras baseadas em um tema pré-definido. Isso mesmo, só 100 palavras. Não dá pra dizer que está além da sua capacidade.

Experimente flash fiction. Entre em uma comunidade online ou comece o seu próprio no trabalho. Sem pressão, sem necessidade de divulgar. Só uma chance de fazer a criatividade fluir ainda mais.

8. Tente fazer o teste dos 30 círculos

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Esse exercício de criatividade superlegal foi criado pelo pesquisador Bob McKim e mencionado pelo Tim Brown no TED Talk dele, Tales of Creativity and Play.

Pegue um pedaço de papel e desenhe 30 círculos. Então, em um minuto, transforme quantos círculos você conseguir em objetos. Por exemplo, um círculo vira um sol, outro uma flor. Quantos você consegue fazer em um minuto? (Considere quantidade, não qualidade nesse caso).

O resultado: a maioria das pessoas tem dificuldade de fazer os 30, em partes porque, como adultos, temos a tendência de nos auto-editar. Crianças são ótimas em simplesmente explorar possibilidades sem se auto-criticar, enquanto adultos sofrem mais com isso. Às vezes a própria vontade de ser original pode ser uma forma de se auto-editar.

9. Faça de conta

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Fazer de conta e “se fantasiar” pode ajudar a desenvolver novas soluções para problemas existentes quando você se coloca no lugar do cliente ou consumidor.

Mesmo se você já se esforçou para entrar na mente do cliente, fazer de conta fisicamente, encarnar o personagem, pode gerar revelações poderosas e soluções para projetos. Quando somos crianças, esse faz de conta é como a nossa imaginação se desenvolve, desde fazer bolo de lama e brincar de casinha até explorar a selva no quintal. Tá na hora de trazer de volta o poder da brincadeira.

Traduzido e adaptado daqui.

Por que trabalhar num coworking?

O coworking cresce a largos passos no Brasil e especialmente no Paraná, como contamos aqui, mas mesmo assim ainda há muita gente que não entende bem como esses espaços funcionam e por que são cada vez mais procurados. Resolvemos dar uma mãozinha com isso. Nesse post você entende por que um coworking pode ser exatamente o que você precisa:

Gente legal gera oportunidades

É extremamente natural que surjam parcerias dentro de coworkings. Como a maioria dos espaços reúne gente de várias áreas, é normal um coworker virar fornecedor, parceiro ou cliente do outro. Coworkings também têm, por natureza, a habilidade de reunir gente legal com visões de mundo semelhantes no mesmo espaço. Ainda que não atuem na mesma área, os profissionais que dividem o espaço para trabalhar geralmente encontram afinidades e é muito comum grandes amizades de formarem no ambiente de trabalho.

Menos preocupações = mais foco

Ao se tornar coworker, a pessoa se livra de uma série de preocupações que teria se tocasse um escritório sozinha. Limpeza, manutenção, internet, contas para pagar: tudo isso some e fica nas mãos da administração do coworking. Quem vem para trabalhar se preocupa apenas em trabalhar e pode focar no que é importante.

Saia do isolamento

Ainda que às vezes seja legal ficar sozinho para trabalhar, é preciso interagir com outras pessoas e bater um papo, nem que seja para pedir uma opinião de alguém ou dar uma espairecida. O coworking permite que você fuja do isolamento e conheça gente bacana sem perder o foco.

Mude de ideia quando quiser

Uma das palavras de ordem é flexibilidade: coworkings costumam ter planos que buscam se adequar às necessidades de cada profissional, seja em tempo ou estrutura. Mudam as necessidade, mudam os planos. Os contratos curtos e sem amarras deixam o coworker livre para crescer e ajustar suas necessidades.

$ Bufunfa $

Principalmente quando se fala de pequenas empresas, freelancers, empreendedores e profissionais autônomos, o coworking costuma ser a opção mais viável economicamente falando também. Por causa da flexibilidade e dos planos variados, a pessoa paga apenas pelo que usar e não precisa investir muito dinheiro para ter a estrutura de um escritório completo, com espaço para trabalhar, salas de reunião e tudo mais.

E trabalhar na Aldeia é ainda melhor. Descubra o porquê aqui.

5 lições que erros comuns em startups ensinam

Henry Ford uma vez disse: “O fracasso é apenas uma oportunidade de começar de novo, só que dessa vez com mais sabedoria”.

Enquanto empreendedores gastam forças tentando evitar o fracasso, às vezes as lições que se aprendem desse passos em falso podem ser muito valiosas. Não que os donos de negócios devam conscientemente tentar fracassar, mas quando acontece você pode sair da situação mais sábio, forte e rentável.

Eis cinco erros comuns em startups e as lições que você pode aprender ao cometê-los:

1. Perseguir todas as oportunidades

Perseguir o lucro e construir um modelo de lucro a longo prazo são coisas diferentes. Empreendendores costumam ter o instinto de farejar oportunidades, mas esse mesmo instinto matador pode se tornar rapidamente em uma fraqueza quando vira uma distração dos objetivos principais. Delimitar que tipo de trabalho e clientes vocês quer é vital para atingir o sucesso a longo prazo. Lembre-se de que dizer “não” pode ser uma ótima prática para startups de sucesso.

2. Não aumentar o valor total do cliente

Quase sempre é mais fácil vender para uma base já existente de clientes do que encontrar uma nova. Isso não quer dizer que você deva largar seu marketing, mas significa que você precisa ter um plano definido para aumentar o valor total do cliente, ou seja, a soma total de quanto cada cliente vale potencialmente para você. O dinheiro real em qualquer negócio vem da venda de produtos ou serviços complementares. Mas isso significa que você precisa criar produtos adicionais e ter uma estratégia para vendê-los. Seu objetivo é transformar consumidores potenciais em consumidores, e consumidores em clientes. Mas sem aumentar o valor total do cliente, não vai acontecer.

3. Não ter um plano B

Ter um plano B te permite começar com o fim em mente e mostra a potenciais investidores que eles estão investindo em um modelo de negócio, não apenas em um empreendedor apaixonado com um sonho. Não deixe que a paixão ou o otimismo te levem a pensar que nada pode dar errado ou que você não vai precisar que alguém assuma a sua empresa para você. Lembre-se: começar com o fim em mente.

4. Deixar de testar suposições

Uma das melhores experiências de ser um empreendedor é ter uma grande ideia. Mas nem todas as ideias valem a pena ser perseguidas. Infelizmente essa é uma realidade que muitos só encaram depois de gastar todas as economias. Geralmente basta um investimento de algumas centenas de dólares para testar um produto ou serviço – não milhares de dólares e incontáveis noites não dormidas. Teste todas as suas hipóteses no papel primeiro, saiba seus custos, leve em conta o inesperado e então decida se vale a pena testar. Só depois de completar esses passos você deve considerar seguir em frente com a nova aventura.

5. Esgotar-se

Essa é uma que você provavelmente não vai conseguir evitar. A menos que você já tenha experienciado um esgotamento, você vai continuar achando que dá conta de tudo. Se você lida com ele do jeito certo, o esgotamento pode te transformar num super-herói – só que um diferente. Você é apenas um e o dia tem uma quantidade limitada de horas. Determine que tarefas são mais manejáveis que outras, delegue ou terceirize as demais e fique de olho nos resultados.

Curtiu? Confira o artigo original, publicado aqui.

Quando é tarde demais para começar a empreender?

Com a aparição cada vez mais frequente de jovens empreendedores bem-sucedidos que, aos vinte e tantos anos, já são donos de empresas milionárias, podemos ter a impressão de que chega um momento da vida em que é tarde demais para começar a empreender. Será que existe uma idade limite para chutar o balde e começar seu próprio negócio? Quando é tarde demais?

Resposta: NUNCA!

Esse infográfico feito pelo site Founders and Founders prova que tem muita gente boa por aí colocando ideias em prática após as tais crise dos trinta e da meia-idade. O Jam Koum, ex-funcionário do Yahoo, por exemplo, fundou o Whatsapp aos 35 anos, mesma idade que o Jimmy Wales tinha quando criou a Wikipédia.

A Intel, por sua vez, foi fundada pelo quarentão Robert Noyce. E duas das maiores marcas do mundo nasceram com pais que já tinham passado dos 50: Ray Kroc fundou o Mc Donald’s aos 52 e John Pemberton a Coca-Cola aos 55!

Tarde demais? A história mostra que não.

Idades