Ser um polímata | Aldeia | Movimento de Realizadores

Como aprender mais rápido e se tornar um polímata

Você vai à academia para treinar seus músculos. Você corre no parque ou faz caminhadas para treinar sua resistência. Ou talvez você não faça nenhum desses, mas ainda deseja que você tenha se exercitado mais. Bem, aqui vai um post sobre como treinar uma das partes mais importantes do seu corpo: o seu cérebro. Um polímata é uma pessoa que entende muito de várias áreas – e hoje em dia, para resolver os problemas cada vez mais complexos da sociedade, não basta ficarmos fechados em nossas áreas de conhecimento. Precisamos descobrir como aprender as mais diferentes coisas. Por isso queremos ajudar as pessoas a se tornarem polímatas.

Quando você treina seu cérebro, você irá:

  • Evitar situações embaraçosas de esquecer o nome da pessoa, mesmo já tendo falado com ela
  • Ser um aprendiz mais rápido em todos os tipos de diferentes habilidades
  • Evite doenças que atingem à medida que envelhece
  • No caso da Polímatas, estamos falando de aprender mais rápido para você aprender aquelas diversas habilidades que envolvem em ser um empreendedor polímata

Então, como você treina seu cérebro para aprender mais rápido e se tornar um polímata?

1) Trabalhe sua memória.

Twyla Tharp, uma coreógrafa de renome, criou o seguinte treino de memória: quando observa uma de suas apresentações, ela tenta lembrar as primeiras doze ou catorze correções que ela quer discutir com o elenco sem anotá-las. Se você acha que isso é menos do que uma façanha, então pense novamente. Em seu livro The Creative Habit, ela diz que a maioria das pessoas não consegue lembrar mais de três.

A prática de lembrar eventos ou coisas e, em seguida, discuti-los com outros, tem sido sustentada por estudos de fitness cerebral, essa área relativamente nova sobre como aprender mais. Atividades de memória que envolvem todos os níveis de operação do cérebro – receber, lembrar e pensar – ajudam a melhorar a função do cérebro.

Agora, você não pode ter dançarinos para corrigir, mas você pode ser obrigado a dar feedback sobre uma apresentação, ou seus amigos podem perguntar o que coisas interessantes você viu no museu. Estas são ótimas oportunidades para praticamente treinar seu cérebro, flexionando seus músculos da memória.

Qual é a maneira mais simples de se ajudar a lembrar o que vê? Repetição.

Por exemplo, digamos que você conheceu alguém novo. “Oi, meu nome é Jorge”. Não responda com “Prazer em conhecê-lo”. Em vez disso, diga: “Prazer em conhecê-lo, Jorge.”

2) Estude tópicos diferentes em um dia, em vez de se concentrar em apenas um ou dois assuntos.

É mais eficaz estudar vários assuntos a cada dia, do que mergulhar profundamente em um ou dois assuntos, segundo esta pesquisa.

Por exemplo, se você está se preparando para exames em matemática, história, física e química; é melhor estudar um pouco de cada assunto todos os dias. Esta abordagem irá ajudá-lo a aprender mais rapidamente do que concentrando-se apenas em matemática na segunda-feira, na história na terça-feira, na física na quarta-feira, na química na quinta-feira, e assim por diante.

Por quê? Porque é provável que confunda informações semelhantes se você estudar muito o mesmo assunto em um dia. Então, para estudar de forma inteligente e aprender mais rápido, espalhe seu tempo de estudo para cada assunto. Ao fazê-lo, seu cérebro terá mais tempo para consolidar sua aprendizagem.

A gente já chegou a escrever um post sobre como se tornar um polímata.

3) Faça algo diferente repetidamente.

Ao fazer algo novo de forma repetida, seu cérebro alimenta novos caminhos que o ajudam a fazer essa nova coisa bem melhor e mais rápido.

Pense em quando você tinha três anos de idade. Você certamente era forte o suficiente para segurar bem uma faca e um garfo. No entanto, quando você estava comendo tudo sozinho, você criava uma bagunça. Não era uma questão de força apenas. Era uma questão de cultivar mais e melhores caminhos neurais que o ajudariam a comer sozinho, assim como um adulto faz. E adivinha? Com repetição suficiente você fez isso acontecer. Mas como isso se aplica à sua vida agora?

Digamos que você é procrastinador. Quanto mais você não procrastinar, mais você ensina seu cérebro a não aguardar o último minuto para fazer as coisas acontecerem. Nós já falamos em um post aqui na Polímatas sobre como você deve repensar a duração de suas tarefas para te ajudar a ser mais produtivo.

Contudo, procrastinar é algo fácil. Por isso, você pode pensar em quebrar suas tarefas em ações menores e menos dolorosas, assim você vai caminhando um passo de cada vez em direção ao projeto maior.

4) Aprenda a mesma informação de várias maneiras.

Esta pesquisa entitulada “Técnicas baseadas no cérebro para retenção”, em tradução livre, mostra que diferentes formatos de mídias estimulam diferentes partes do cérebro. Quanto mais áreas do cérebro são ativadas, mais provável é que você entenda e mantenha a informação.

Então, para aprender um tópico específico, você pode fazer o seguinte:

  • Leia as notas da aula
  • Leia o livro didático
  • Assista a um vídeo da Khan Academy
  • Procure outros recursos online
  • Criar um mapa mental
  • Ensine a alguém o que você aprendeu
  • Pratique problemas de uma variedade de fontes

Claro, você não poderá fazer todas essas coisas em uma única sessão. Mas cada vez que você revisa o tópico, use um recurso ou método diferente – você aprenderá mais rápido dessa maneira.

5) Aprenda algo novo.

Pode parecer óbvio, mas quanto mais você usa seu cérebro, melhor será para você. Por exemplo, aprender um novo instrumento melhora sua habilidade de traduzir algo que você vê (partituras) para algo que você realmente faz (tocar o instrumento).

Aprender uma nova linguagem expõe seu cérebro a uma maneira diferente de pensar, uma maneira diferente de se expressar. Você pode até quase que literalmente dar um passo adiante e aprender a dançar. Estudos indicam que aprender a dançar ajuda idosos a evitar a doença de Alzheimer.

Leituras podem te ajudar também. Aprenda a ler mais livros por ano

6) Siga um programa de treinamento cerebral.

O mundo da Internet pode ajudá-lo a melhorar sua função cerebral enquanto está sentado com preguiça no seu sofá. Um programa clinicamente comprovado como o BrainHQ, entre tantos outros, pode ajudá-lo a melhorar sua memória, ou a pensar mais rápido, apenas seguindo seus exercícios de treinamento cerebral.

Existem vários apps e programas online gratuitos que prometem te guiar na jornada sobre como aprender mais rápido. Vamos falar mais deles adiante.

7) Concentre-se nas primeiras 20 horas.

Começar com o pé direito é crucial para a como aprender mais rápido e desenvolver novas habilidades. Se você pode passar rapidamente os primeiros estágios de frustração que vêm com aprender algo novo, normalmente você vai acertar os próximos. Em seu livro “As primeiras 20 horas“, o empresário Josh Kaufman fornece um guia prático sobre como enfrentar essa fase inicial e afirma que você pode aprender o básico de qualquer nova habilidade em aproximadamente 20 horas de esforço deliberado e concentrado.

Kaufman faz um ótimo trabalho explicando sobre como desconstruir uma habilidade complexa em subcompetências menores que são mais fáceis de gerenciar. Ele incita o aluno a atacar as subcompetências mais importantes em primeiro lugar, utilizando um esquema de prática intensa com 15 a 20 minutos de estudo intensivo. Faça isso 40 minutos por dia durante um mês e você vai pegar o básico de qualquer nova habilidade. Para mais detalhes sobre estas ideias, veja o TED popular de Kaufman:

8) Trabalhe seu corpo.

O exercício físico não funciona apenas em seu corpo, ele também melhora a aptidão do seu cérebro.
Mesmo exercitar brevemente durante 20 minutos facilita o processamento de informações e funções de memória. Mas não é só isso – o exercício realmente ajuda seu cérebro a criar essas novas conexões neurais mais rápido e se treinar em como aprender mais rápido. Você vai aprender mais rápido, seu nível de alerta aumentará, e você obtém tudo isso mexendo seu corpo.

Agora, se você ainda não é um esportista regular, e já se sente culpado por não estar ajudando seu cérebro ao se exercitar mais, experimente um programa de exercícios de treinamento cerebral como Exercise Bliss. Lembre-se, assim como nós discutimos no ponto 3, ao treinar seu cérebro repetindo uma nova coisa, você na verdade estará mudando você mesmo permamentemente.

9) Aumente a sua velocidade de leitura.

Uma leitura mais rápida, obviamente, vai acelerar a capacidade de alguém aprender. Mas o quanto podemos realmente esperar melhorar o suficiente para notar alguma diferença?

De acordo com um dos principais especialistas do mundo sobre o desempenho humano, Tim Ferris, a resposta é um enfático sim. Em seu blog, Ferris detalha como qualquer pessoa pode aprender a ler 300% mais rápido em apenas 20 minutos de treinamento de seus olhos, eliminar os movimentos ineficientes e evitar releitura. Conteúdo em inglês.

Para uma perspectiva ligeiramente diferente sobre como melhorar sua leitura, consulte nosso post aqui no blog sobre como ler livros mais rápido para aprender de forma eficiente.

Vários aplicativos de leitura de velocidade também estão disponíveis se você lê muito em um smartphone. Tentamos quase todos eles, mas os dois que encontramos mais eficazes são ReadQuick (US$ 9,99) e Spreeder (Grátis). Se você usar essas ferramentas, você verá resultados exagerados em quão rápido você pode consumir novas informações, consequentemente, aprendendo mais rápido.

10) Passe algum tempo com seus entes queridos.

Se você quer habilidades cognitivas, descobrir como aprender mais rápido e se tornar um polímata, então você precisa ter relacionamentos significativos em sua vida. Falar com os outros e se envolver com seus entes queridos ajuda você a pensar com mais clareza e também pode levantar seu humor.

Se você é um extrovertido, isso mantém ainda mais peso para você. Em uma aula online da Universidade de Stanford, aprendemos que os extrovertidos usam a conversa com outras pessoas como forma de entender e processar seus próprios pensamentos.

Teve um momento que a professora disse que ela ficou surpresa depois de um teste de personalidade dizer que ela era uma extrovertida. Ela sempre pensou em si mesma como introvertida. Mas então, ela percebeu o quanto falar com outros a ajudou a enquadrar seus próprios pensamentos, então ela aceitou seu novo status encontrado como um extrovertida.

11) Evite palavras cruzadas.

Muitos de nós, quando pensamos em exercício cerebral, pensamos em palavras cruzadas. E é verdade – as palavras cruzadas melhoram nossa fluência, mas os estudos mostram que eles não são suficientes por si mesmos. Eles são divertidos? Sim. Eles afiam seu cérebro? Na verdade não.

Claro, se você está fazendo isso por diversão, então, por todos os meios, vá em frente. Se você está fazendo isso para desenvolver suas habilidades e aprender mais rápido as coisas, então você pode querer escolher outra atividade.

12) Coma direito – e certifique-se de que o chocolate esteja incluído.

Alimentos como peixes, frutas e vegetais ajudam o seu cérebro a ter um ótimo desempenho. No entanto, você pode não saber que o chocolate escuro também dá ao seu cérebro um bom impulso.

Quando você come chocolate, seu cérebro produz dopamina. E a dopamina ajuda você a aprender mais rápido e lembrar-se melhor. Para não deixar de mencionar, o chocolate contém flavonóis, antioxidantes, que também melhoram suas funções cerebrais. Então, da próxima vez que você tiver algo difícil de fazer, certifique-se de pegar uma mordida ou duas de chocolate escuro.

Leia também: Erros ao estudar online para se tornar um polímata

Outra forma básica de acelerar o aprendizado é otimizar seu ambiente. Isso significa acabar com as distrações e evitar multitarefas, que podem ser prejudicial tanto para o seu cérebro quanto para sua carreira. Isso significa dominar suas ferramentas de aprendizagem e ter certeza que tudo que você precisa está dentro do alcance antes de iniciar uma sessão de estudo. Isso significa prestar atenção a detalhes, como temperatura ambiente, iluminação e níveis de ruído.

Conclusões sobre como aprender mais rápido e se tornar um polímata.

Não se preocupe em aplicar todos essas 12 técnicas de uma só vez. Concentre-se em apenas uma dica por semana, ou até uma dica por mês. Depois de transformar essa dica em hábito, vá para a próxima.

Ao longo do processo, não deixe o objetivo de aprender tudo de uma vez tornar-se uma obsessão não saudável. Afinal, a educação é muito mais do que obter boas notas ou saber a maior quantidade de coisas. Trata-se da busca da excelência e o que você faz com esse conteúdo. Trata-se de cultivar seus pontos fortes. E é sobre aprender e crescer, para que você possa contribuir de forma mais eficaz para com a sociedade.

Não consuma esse conteúdo e continue com sua vida como se nada mudasse. Coloque esse conhecimento em ação e torne-se mais inteligente do que nunca. Conte com a Polímatas para te ajudar nessa busca.

Então, diga nos comentários: o que você vai fazer nos próximos três dias para dar um impulso ao seu cérebro?

O que são soft skills e por que empreendedores precisam

Alguma vez você já se perguntou por que você perdeu um trabalho que você é aparentemente, tão bom? Ou por que seus colegas de trabalho reclamam sobre você, apesar de suas habilidades técnicas excepcionais?

Ao contrário da crença popular, ser um especialista em sua área não te garante estabilidade sem um emprego. Há mais envolvido no trabalho que apenas conhecimento, você também deve “estudar” sobre as chamadas soft skills, as habilidades sociais ou comportamentais.

Para se tornar uma pessoa multipotencial com conhecimento em diversas áreas que possa resolver os problemas cada vez mais complexos da atualidade, você pode desenvolver o seu lado relacional.

Soft skills são fundamentais se você quer manter boas relações no trabalho. Infelizmente, são geralmente ignoradas – você provavelmente já passou anos desenvolvendo suas habilidades técnicas, mas teve poucos treinamentos sobre suas habilidades sociais.

Poucas pessoas tomam o tempo para entender e desenvolver seus conhecimentos sociais, apesar do fato de que elas são, provavelmente, tão importante quanto seus conhecimentos.

Se você já está treinando suas soft skills, então você já está no caminho para o sucesso. Se nem começou ou se é a primeira vez que ouve falar no termo, você vai querer ler este artigo.

Quais são Soft Skills?

Existem dois tipos de “habilidades” ou conhecimentos que uma pessoa deve ter – as soft e hard skills. As competências técnicas, ou hard skills, referem-se ao que você sabe de sua área de trabalho – marketing, programação, design, engenharia, e por aí vai. O mercado de trabalho e as empresas postam vagas de trabalho focadas nesses conhecimentos.

Suas habilidades técnicas vão te conseguir uma entrevista e, depois, um trabalho também, seja com carteira assinada ou com um cliente, caso você seja dono do seu próprio negócio.

Mas o que é necessário para manter esse trabalho e o relacionamento? Aqui o lugar onde as soft skills entram.

As competências sociais são mais amplas e, sem dúvida, muito mais importantes do que as técnicas para a tal estabilidade. Elas são os seus atributos pessoais que determinam o quão bem você se dá com as pessoas, sua perspectiva de carreira e situações gerais que acontecem nos trabalhos. Algumas das soft skills principais incluem:

  • Integridade
  • Senso comum
  • Motivação
  • Determinação
  • Responsabilidade
  • Receptividade
  • Senso de humor

Tais atributos pessoais são o que você precisa se focar e mostrar em seu trabalho. Há também outras habilidades vitais que devem ajudá-lo a se relacionar bem com seus colegas. Estas são as habilidades que você precisa se você quer que os outros tenham uma atitude positiva em relação a você. Elas incluem:

  • Trabalho em equipe
  • Sociabilidade
  • Negociação
  • Comunicação

Ao contrário de hard skills, habilidades sociais não são desenvolvidos em graduações e certificações comuns de forma direta. Você só pode melhorar seu através de auto-desenvolvimento constante. Sim, existem muitos workshops de liderança, por exemplo, mas você não sai deles sendo um líder – só sai sabendo o que é e quais são os comportamentos comuns aos líderes.

Por que Soft Skills são importantes?

Quando eu era criança, meus pais me repreendiam quando eu tratava os meus irmãos ou amigos de forma injusta. Se você pensou que eles eram rígidos, prepare-se para um mercado de trabalho ainda mais rigoroso. Possuir deficiência em soft skills pode e provavelmente irá te fazer perder um emprego e queimar possíveis cartas de recomendação.

Que tala proveitar e saber como fazer apresentações incríveis e manjar tudo de oratória? A gente tem um curso específico pra isso.

Suas habilidades sociais não só irão ajudá-lo a interagir com seus colegas, mas também com seus clientes. Um cliente não confiará somente em sua experiência, independentemente do quão bom você é, se você não pode efetivamente se relacionar com ele ou com ela. Os seus colegas e supervisores também precisam de um trabalhador que inspire confiança e que possa trabalhar em equipe. O trabalho em equipe definitivamente não é possível sem boas habilidades de comunicação e liderança.

Como desenvolver Soft Skills?

Em comparação com hard skills, soft skills são relativamente fáceis de começar a se desenvolver; contudo, são bem mais difíceis de se notar um progresso. Quando você sabe alguma coisa técnica e te perguntam, você “sabe” a resposta. Agora, se alguém te perguntar como você reagiria em uma situação de pressão, provavelmente a sua resposta será dada com calma e você tem tempo para refletir – o que não acontece na situação quando ela acontece de verdade, o que pode fazer a diferença entre o esperado e a realidade.

Comece primeiro pedindo feedback a quem já trabalhou contigo, seus colegas de sala, seus amigos mais próximos ou mesmo seus familiares. O que eles gostam sobre sua atitude? O que eles não gostam? Peça exemplos de quando isso aconteceu. Em seguida, foque em melhorar a sua comunicação e habilidades de escuta. Além disso, você deve tomar a iniciativa para melhorar a sua liderança, interação e habilidades sociais.

Saber como utilizar essas habilidades é imprescindível e o curso de Inteligência Emocional reúne muito bem isso. Vale a pena conferir!

Inclusive, existe um livro chamado “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, que é incrivelmente preciso e bom no assunto. Existe uma literatura vasta na internet dedicada a explicar as habilidades sociais e como você pode construí-las ao longo do tempo, inclusive com demarcadores sociais de desempenho.

Esteja sempre se desconstruindo

É muito difícil se tornar um expert em soft skills para todos os tipos de cenários. Um ótimo comunicador pode ser desastroso em certos contextos. Por isso, mais importante do que você consumir todo e qualquer material sobre determinada habilidade, é estar sempre atento aos feedbacks, aos seus objetivos e ao contexto em que as ações e reações acontecem.

E então, qual habilidade social, ou soft skill, você precisa se focar em desenvolver?

A Aldeia tem vários cursos que podem te ajudar nisso. Tem Oratória, Inteligência Emocional, Produtividade, Criatividade, entre outros.

Erros ao estudar online para se tornar um polímata

Nós aqui na Polímatas estamos dedicados a te ajudar a se tornar um polímata, ou seja, uma pessoa que domine várias áreas do conhecimento, para que você possa resolver os problemas cada vez mais complexos da atualidade.

Hoje, vamos falar sobre alguns erros ao estudar online. A experiência de estudar pela internet não é sem desafios. Os alunos que são novos no ambiente virtual geralmente enfrentam uma curva de aprendizagem com o conteúdo, com a tecnologia e com a “cultura”. Um período de adaptação é normal, mas você pode fazer alguma coisa para preparar – saber o que esperar, evitar o que se pode evitar e se preparar para agir. Dê uma olhada nesta lista de 8 problemas frequentemente enfrentados por alunos digitais e considerar os passos que você pode tomar para evitar cada um.

1) Não selecionar o curso correto.

Este erro é geralmente devido ao método de busca pré-inscrição não ser suficiente, resultando em decepção mais tarde. Escolher um programa online pode ser uma tarefa cansativa e tentador a evitar – afinal, muitas vezes você pode se inscrever, ver se é bom e desistir ou continuar, dependendo de sua avaliação rápida e superficial, – mas há fatores específicos a considerar, incluindo a modo de participação, acreditação, tarefas, formato, serviços de apoio, e requisitos do programa.

Modo de participação: Eles podem ser como acompanhar uma série de TV – novas aulas a cada semana, com tarefas e atividades. Ou podem ter todo o conteúdo já disponibilizado. Para muitos, ter esse formato de “lançamento” de aulas funciona bem, pois você tem um compromisso marcado na agenda. Se você tem certa instabilidade em sua agenda e é mais determinado, o “self-paced” é uma ótima opção.

Acreditação: se o curso oferece ou não certificado, se o mercado reconhece, quem reconhece e se as pessoas têm completado o curso. Geralmente as plataformas oferecem uma área de avaliação. É legal também você conferir na web mesmo, no Facebook, na página da empresa/escola, pela reputação da escola.

Tarefas: isso estará no próximo item da lista, mas nunca entre em um curso online porque ele é “mais fácil”. Principalmente se estivermos falando de ensino superior, os requisitos do MEC estão sendo bem rigorosos em termos de exigência. Fique atento às atividades requeridas para a participação. Mesmo em cursos avulsos de curta duração, muitas vezes eles consideram as tarefas dentro da carga exigida semanal.

Formato: curso só de vídeos, leituras obrigatórias, fóruns, tem no seu idioma? Para isso, acreditamos que existe muita descoberta sobre o que funciona melhor para você, mas é importante você identificar que tipo de aluno você é – e isso faz uma enorme diferença no final.

Serviços de apoio: Existe orientador, comunidade, como é o contato, tem apoio?

Requisitos do programa: O que eu preciso saber antes do curso, qual é o resultado do aprendizado que eles querem obter ao final do curso, qual o público focado (é um curso de programação para não-programadores ou já público sênior?).

2) Não calcular custos (financeiros ou não).

Além de aulas em si, há tarefas, participação, rever os vídeos, interagir com colegas, etc. Isso tudo entra nos custos de tempo e dedicação (também explorados melhor nos próximos pontos).

Na parte financeira, veja o que é gratuito e o que não é. Em cursos online, existe a modalidade fremium – grátis para ver as aulas; mas pago para receber certificado. Para os cursos mais complexos e de ensino superior, pode haver taxas e requisitos para livros didáticos, hardware, software e acesso à Internet. Pode haver outros custos associados com seus esforços de estudar online, como o cuidado de crianças. Tire algum tempo para calcular as despesas esperadas e compreender os custos totais se você será responsável pelo pagamento.

3) Só fazer o mínimo.

Talvez um dos maiores erros ao estudar online. Cada curso terá requisitos (itens que devem ser concluídos) e atividades complementares (destinadas a melhorar a sua aprendizagem e prepará-lo para trabalhar em suas tarefas). É fácil ignorar essas atividades – a leitura adicional, recursos da Web, e exercícios de prática -, mas, ao fazer isso, você está deixando algo para trás. Explore todos os materiais fornecidos e se envolva plenamente no processo de aprendizado para obter o máximo benefício.

4) Não participar e fazer perguntas.

Em um ambiente online, é improvável que alguém vai saber que você tem uma pergunta a menos que você pergunte. Tome a iniciativa! Pesquise os links disponíveis para informações, discussões, FAQs e faça perguntas sobre qualquer coisa que você precisa. Mande um para seu instrutor se você tiver dúvidas, as expectativas gerais do curso ou qualquer outra coisa. Não se esqueça que provavelmente existem os canais de apoio (ou seja, bibliotecários, suporte técnico, assessores e conselheiros). Não espere que a informação ou a direção que você precisa seja fornecida sem que você se manifeste.

5) Não se programar.

Um plano é um bom começo. Ele geralmente sofre alguma mudança em algum momento antes do fim do curso, mas isso não significa que é inútil tê-lo. Por que você está em um curso online? Não perca de vista as metas de educação e de carreira que o levaram a inscrever-se em primeiro lugar. Mantendo estes objetivos em mente irá ajudá-lo a manter o foco, e mantê-lo motivado por essas longas horas de estudo.

6) Pensar que você está sozinho.

Você pode sentir um pouco isolado e ter a impressão que é assim que funciona em um curso online. É fácil esquecer que existem outros lá com você – e provavelmente muito mais do que nos cursos presenciais. Seus colegas, conselheiros, bibliotecários e os instrutores estão todos ao alcance. Sua escola presta serviços para o único propósito de apoiá-lo durante todo o programa.

7) Não reconhecer suas realizações.

Tenha algum orgulho nos pequenos passos que você faz e nas conquistas que você realiza ao longo do caminho. Que resposta interessante que você escreveu, projeto de grupo difícil, uma boa nota, um feedback bacana – esses são exemplos de realizações na aprendizagem online. Quais são os exemplos de sua própria experiência? Como você está aplicando os conceitos e habilidades que você aprendeu?

8) Não aproveitar a experiência.

A busca da educação própria é uma viagem – e o ensino online pode ser bem divertido. Embora não haja um objetivo final determinado em pedra, é o processo de alcançar esse objetivo que fornece o valor a mais na aprendizagem. Abraçar a aventura de educação online – experimentar novas tecnologias e técnicas, estar aberto a novas oportunidades e trabalhar com novas pessoas – você nunca sabe onde tudo pode levar você. É tudo isso que hoje estão chamando de “aprendendo a aprender”.

Conclusão sobre os erros ao estudar online.

Um elemento comum em todos os itens acima é ação. Ação de sua parte como um aluno é obrigatório para tirar o máximo da experiência de aprendizagem online e para evitar erros comuns. Educação em si não é um esforço passivo. Você precisa estar presente e envolvido no processo para que possa fazer a diferença e ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

Tornando-se um estudante digital bem sucedido requer prática. Como acontece com qualquer novo projeto ou esforço, você terá de enfrentar desafios, e alguns deles serão novos. Saiba que você vai cometer erros e esteja pronto para aprender com eles.

Você já enfrentou algums desses erros, ou outros, como um aluno digital? Compartilhe conosco as lições aprendidas e conselhos para os outros e nos ajudar a expandir esta lista.

3 erros que cometemos ao estudar por conta

 

Quase que todos os polímatas que temos encontrado, durante este primeiro mês da Polímatas, disseram estudar por conta própria. Na minha primeira startup, nós falávamos muito sobre autodidatismo; contudo, faltou falar um pouco em nossas conversas sobre a probabilidade que existe de estarmos estudando “errado”. Sim, um autodidata pode enfrentar problemas com sua postura na hora de aprender novas habilidades e conhecimentos.
Vamos ver agora três problemas comuns na mentalidade de quem vai estudar por conta própria.

1 – Tem muitas coisas que você não sabe que você não sabe.

Esse é um obstáculo fundamental para o crescimento de qualquer estudante. Você precisa constantemente buscar referências. Estudar por conta não é estudar sozinho. Por isso, eu sempre rejeito a frase “você é um autodidata” porque sei que na grande maioria das vezes as pessoas querem dizer que “você se ensina”. Autodidata é aquele que persegue com vigor o seu aprendizado. Admita: você não sabe tudo do assunto (até por isso que está estudando ele).

Conheça o efeito Dunning-Kruger, como explicado em seu artigo (numa tradução livre):
As pessoas tendem a ter visões excessivamente favoráveis de suas capacidades em vários domínios sociais e intelectuais. Os autores sugerem que esta superestimação ocorre, em parte, porque as pessoas que são não qualificadas nestes domínios sofrem uma dupla carga: Não só elas chegam a conclusões errôneas e fazem escolhas infelizes, mas sua incompetência rouba-lhes a capacidade metacognitiva para perceber isso.

Ponto é: como você saiu do zero, ao chegar em qualquer ponto mais avançado ao estudar por conta, você vai se sentir muito bom e, de certa forma, dominador do assunto. Cuidado. Busque referências e pessoas que possam te ajudar a encontrar um caminho de aprendizado, para você saber o que você não sabe.

2 – Você não é um especialista em aprendizagem.

Por mais que eu já tenha dito antes que precisamos abandonar muitos conceitos e paradigmas que temos sobre Educação, de longe eu quero dizer que eu tenho a resposta. A pedagogia e didática atuais têm sim coisas para nos ensinar. Provavelmente é um erro você achar que você entende mais sobre o processo de estudar por conta e aquisição de habilidades do que um especialista no assunto (mesmo quando falarmos sobre como você, em específico, aprende).

Em seu blog, Erik Dietrich fala sobre a “ascensão do novato especialista” (publicação em Inglês), em uma tradução livre. Ele introduz o conceito do novato especialista por meio de uma analogia com a sua experiência com o boliche.
Ele diz que em seus primeiros dias como um jogador, ele desenvolveu uma técnica que não envolve colocar os dedos na bola de boliche. Essa técnica funcionou bem – até certo ponto. Ele foi capaz de melhorar a um certo nível na competição que ele jogou, marcando até 160 (de 300) em um jogo. Até que ele parou de melhorar. Um gerente com mais idade, eventualmente, disse o que seria necessário para crescer. Ele havia chegado ao limite de progresso jogando daquela maneira (que era errada). Se ele quisesse evoluir, teria que voltar atrás e aprender a jogar da maneira certa. E, o pior de tudo, ele seria um jogador ruim até que possa voltar no estágio que estava e, depois, ser ainda melhor.

O novato especialista encontra-se em uma posição na qual eles fazem algo “suficientemente bem” e até mesmo “melhor do que a maioria”, mas não de forma “verdadeiramente excelente”. Por não saber ou por ignorar ativamente as suas próprias lacunas de conhecimento, o novato especialista perde a oportunidade de descobrir o que eles não sabem. Este é um enorme inibidor de crescimento.

Ponto é: tente estudar sobre o processo de aprendizagem, ainda mais se for de áreas que você não tem contato; por exemplo: um administrador estudando, pela primeira vez, sobre design.

3 – Ignorar o planejamento.

Ao contrário do que muitos pensam, estudar por conta não é sinônimo automático de aprender mais rápido. Recomendo muito a leitura sobre o modelo dos irmãos Dreyfus, pois ele te trará uma visão organizada e mastigada sobre o processo de aprendizado.

Muitos, ao estudar por conta própria, querem aprender uma coisa bem específica, como uma ferramenta ou uma técnica em especial. Contudo, se o seu caso for de aprender sobre uma área que seja abrangente, tome algum tempo tentando planejar seus estudos, faça um balanço entre estudos experimentais (pesquisa, perguntas, identificação de teorias e modelos) e de absorção (aulas, vídeos, leitura). Enfim, saiba que, se você está querendo estudar algo por conta própria, existem muitas chances de cair no problema 2.

Ponto é: Pense no que pode acontecer devido ao efeito Dunning-Kruger e tente antecipá-lo.

Você já havia refletido sobre essas mentalidades sobre o ato de estudar por conta própria?

Reconheça que a estudar por conta não significa não precisar de ajuda. Se isso é válido para o conhecimento em si, também é muito mais forte para a didática da coisa. Se você aprender de maneira errada, o processo de re-aprender vai ser muito mais doloroso (contudo, com certeza de tempos em tempos precisamos fazer isso).
Estudar por conta significa estar ativamente na busca e expondo-se a diferentes conhecimentos e crenças do que aqueles que você já possui. É uma boa jornada.

Para fazer já: liste os conhecimentos e habilidades que você está tentando aprender hoje e comece a fazer seu planejamento. O que eu sei, o que eu não sei e o que eu não sei que não sei. Nesse última coluna, vá preenchendo conforme você for pesquisando por referências, termos da área que você antes não conhecia e nomes de pessoas influentes. Em seguida, veja as skills que você precisa desenvolver para aprender as novas skills da segunda coluna.