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Customer Success: guia completo sobre sucesso do cliente

Ser um profissional de Customer Success — ou Sucesso do Cliente — é ir além do atendimento ao cliente. 

É garantir que eles obtenham a melhor experiência e resultados com sua empresa, se tornando clientes fiéis da marca.

Além do mais, o Sucesso do Cliente tem impactos profundos nos resultados financeiros e na imagem pública das empresas. Daí o motivo de ser uma das áreas que mais crescem no mundo todo.

Mas afinal, o que faz um gerente de Customer Success? Nesse post, você saberá mais sobre o que é Customer Success, para que serve o Customer Success e qual o papel do Customer Success Manager nesta tarefa que envolve encantar e principalmente manter um dos principais pilares de qualquer negócio sustentável: o cliente.

Navegue rapidamente pelo conteúdo:

 

 

Customer Success: o que é?

O que é Customer Success?
Foto por Freepilk.

Customer Success, cuja tradução é “sucesso do cliente”, surgiu com as empresas que oferecem serviços de software. 

O método foi idealizado pelo texano Lincoln Murphy, que define Customer Success da seguinte maneira: 

 

Customer Success é quando seus clientes atingem os resultados desejados através das interações com a sua empresa”.

 

Bastante claro, não? Ou seja, se seus clientes ainda não estão conseguindo os resultados desejados, é necessário que sua empresa repense o mindset para que possa conduzi-los ao sucesso. 

Dessa forma, a chance de fidelizar o seu cliente junto à sua marca torna-se mais fácil e deve ser algo natural dentro da sua estratégia. Quanto mais suas atividades agregarem valor para fidelizar o seu cliente, melhor.

Isso vai de encontro direto à necessidade de reter um cliente. Segundo Philip Kotler (uma autoridade da área de marketing), custa cerca de 7x mais adquirir um novo cliente do que reter um antigo. Logo, o Customer Success também é uma forma de garantir o sucesso da empresa.

Ou seja: CS é uma estratégia de negócios que coloca o sucesso do cliente em foco. Assim, não é mero atendimento ao cliente, pois exige comprometimento de toda a empresa.

Dessa forma, vamos destrinchar um pouco mais o Customer Success, começando pelo papel do Customer Success Manager (ou gerente de sucesso do cliente).

 

O que faz um gerente de Customer Success?

O que faz um gerente de Customer Success.
Foto por Freepik.

Antes de mais nada, a gerente de SC da Rock Content, Talita Batista, explica que não há diferença de função entre as diferentes nomenclaturas da área. 

Ou seja, quando vemos um cargo de Customer Success Manager, Sucesso do Cliente, gerente ou analista de CS, provavelmente estamos dizendo a mesma coisa.  

Uma vez entendido que o Customer Success não é só realizar um atendimento ao cliente, fica a questão: como atua um Customer Success Manager

Esse profissional tem o diferencial da pró-atividade, ao estabelecer um contato mais intimista junto ao cliente. Assim, o gerente de CS pode antecipar possíveis problemas ao invés de aguardar que o cliente busque ajuda.

Logo no pós-venda, o Customer Success Manager (ou simplesmente CSM) já passa a atuar no onboarding dos novos clientes. Isto é, ajudando o cliente a se habituar dentro da empresa e entender as necessidades para melhor atendê-lo. 

Isso pode variar de acordo com o tipo de produto/serviço ofertado. Entretanto, sempre gira em torno de garantir ao cliente a melhor experiência possível. Isso é executado através de follow-ups junto ao cliente, onde o CSM tem a oportunidade apresentar a melhor forma de usar o produto. 

Além disso, o gerente escuta feedbacks constantes que podem ajudar na experiência. Assim, esse contato pode ser mais frequente ou não, dependendo do tamanho da carteira gerenciada pelo CSM.

 

Abordagens no atendimento e ferramentas de trabalho

Conforme o Customer Success Manager passa a atuar junto a clientes, ele compõe sua própria carteira de clientes com quem fará o contato que pode ser high-touch, mid-touch, low-touch ou tech-touch. A diferença entre os dois casos é o nível de contato estabelecido entre o CSM e o cliente.

Nesse sentido, o high-touch mais comum para profissionais que gerenciam menos clientes e podem demandar uma atenção maior a cada um deles.

Enquanto isso, o low-touch é mais comum para gerentes cuja presença é um pouco menor, com o contato sendo intermediado pelo time de atendimento ou suporte.

 

Abordagens

 

Pense no gerente do banco. Para os clientes de renda mais modesta, o contato é mais genérico, não tão próximo. Contudo, se você for um cliente Private, terá gerente exclusivo que pensa em produtos específicos para suas necessidades. Além disso, muitas vezes o gerente até conhece sua família.

Para que a gestão dos clientes seja efetiva, o CSM pode utilizar diversas ferramentas para facilitar seu dia-a-dia. Desde aquelas voltadas para a gestão de projetos e produtividade, como o Trello, o Google Calendar e o Toggl

Aliás, uma das principais ferramentas são o email e WhatsApp. Hoje em dia, o WhatsApp vem se tornando o meio de comunicação que os clientes preferem. Há também os serviços de chat, que são softwares que o profissional de CS estará em constante contato.

 

Como o Customer Success é empregado nas empresas?

Como funciona o Customer Success na prática.
Foto por Freepik.

Para entendermos como a área impacta dentro das empresas, vamos entender como ela germinou nos negócios e ganhou importância.

A área de Customer Success criou forças devido às mudanças no modelo de negócios das empresas de software. Isso porque antigamente era comum realizar a venda única de uma versão específica, sem atualizações constantes e acompanhamento próximo.

Assim, para garantir que todos clientes estão na versão mais atualizada e ter receita recorrente, o modelo passou a ser de assinatura. 

Nesse momento, foi necessário oferecer suporte e estar presente a todo momento para auxiliar no uso das ferramentas.

Um bom exemplo são as ferramentas da Adobe, como o Photoshop, que antes eram ofertados através de uma licença vitalícia e hoje o usuário paga um valor mensal para acessá-los.

Dessa forma, o Customer Success tem um papel crucial no relacionamento e retenção do cliente. Assim, evita-se que usuários atuais parem de usar a solução ofertada pela empresa. 

Neste modelo de receita recorrente, a taxa de clientes que deixam de usar os produtos/serviços da empresa se chama de churn.

 

O gerente de CS tem papel fundamental nos resultados das empresas

O papel do Customer Success Manager é evitar e minimizar a taxa de churn. Uma tarefa fundamental, pois isso impacta diretamente nas receitas e no lucro da empresa.

Com um bom time de Customer Success, as empresas conseguem manter o atual modelo de negócios de forma sustentável. Assim, garantindo que um cliente pague para usar produtos e serviços das empresas por anos, em vez de um único pagamento. 

Eis aí a importância de um bom time de CS, pois são eles os responsáveis por reter um cliente por anos e anos na empresa. 

E a única forma de garantir isso, é com clientes satisfeitos. Dessa forma, o CS não apenas trabalha a retenção, mas transforma clientes em promotores da marca. 

Cliente satisfeito é o melhor marketing possível. Ainda mais quando eles tornam-se fiéis a ponto de divulgar seu produto ou serviço para outros possíveis clientes. 

Como já dito, esse tipo de suporte mais intimista faz com que as empresas se destaquem de seus concorrentes

Quando a empresa realmente coloca o sucesso do cliente em foco, ela não apenas reage às necessidades do cliente, mas antecipa suas demandas e possíveis problemas.

 

Infográfico: Processo de Customer Success

Para facilitar seu entendimento, adaptamos o processo descrito por Phillip Wolf, CEO da Custify — empresa especializada em soluções de Customer Success.

 

Processo de Customer Success nas empresas

 

Vagas em Customer Success: precisa-se de profissionais capacitados

Vagas para profissionais de Customer Success.
Foto por Freepik.

Pelos benefícios citados, é de se imaginar que muitas empresas estão correndo para montar um time de Sucesso do Cliente.

Por isso, quem se especializar na área com certeza será um profissional cada vez mais visado pelas empresas. Principalmente quando paramos para pensar que hoje em dia, temos um alto número de vagas no mercado, porém há poucos profissionais para preenchê-las.

Por isso, nós da Aldeia criamos o SPTF. Ele é o nosso programa que mapeia as melhores oportunidades da nova economia para você. Clique aqui e descubra diversas vagas nas melhores empresas — não vá perder essa chance de começar a carreira dos sonhos!

Antes, a exigência do inglês fazia com que diversas vagas ficassem sobrando, pois poucos profissionais dominavam a língua. 

Hoje o cenário é parecido: CS é uma das áreas com mais vagas do que profissionais. Aliás, o LinkedIn até elencou a profissão em sexto lugar das profissões emergentes de 2020.

Ademais, o número de membros do LinkedIn com título de CSM cresceu mais de 8 vezes em 2018.

 

Quanto ganha um profissional em 2021? Veja os salários de gerente de CS

Salários de Customer Success 2021

Com boas perspectivas de mercado, você deve estar se perguntando: “vale a pena me profissionalizar na área de sucesso do cliente?”. Bom, vamos deixar aqui alguns números que falam por si só:

 

  • Atualmente a média salarial, segundo a Glassdoor, para profissionais da área de Customer Success é de R$ 2.616,00 com algumas vagas que chegam a pagar de R$ 3.500,00 a R$ 5.000,00;
  • No mesmo site, quando olhamos o cargo de CSM, ou seja, de profissionais de níveis pleno e sênior, a média salarial apresentada é de R$ 4.076,00, com empresas cuja remuneração pode chegar a R$ 13.815,00;
  • Já no site vagas.com, a faixa salarial apresentada é de R$ 5.383,00. Com salários partindo de R$ 3.000,00 e chegando a R$ 7.400,00 para os cargos de níveis pleno e sênior;

 

E as perspectivas de mercado de Customer Success são bem promissoras! 

Afinal, como falamos, é uma área que segue em crescimento e se expandindo conforme as empresas vão tomando conta da necessidade. Ainda segundo a pesquisa do LinkedIn, a área de Customer Success vem crescendo 34% ao ano.

Essa revolução já pode ser notada pelo valor do profissional no mercado. Aliás, na nossa plataforma STPF você pode conferir vagas de todos os níveis nas principais empresas do Brasil.

 

Principais profissionais que se tornaram Gerente de CS

Como ser um gerentes de sucesso do cliente.
Foto por Pexels.

Dentre os profissionais de Customer Success que podemos citar como exemplos de transição de carreira, estão:

 

 

Nestes exemplos, é possível notar a possibilidade e flexibilidade da área de Customer Success. Nesse sentido, existem transições de carreiras interessantes a se notar.

Por exemplo, Tabacniks tem um histórico na área de atendimento ao cliente, mais voltado para suporte geral. Contudo, atua há quatro anos na área de Customer Success no LinkedIn.

Aliás, temos uma entrevista completa com Erika em nosso canal do Youtube. Você pode conferir aqui na íntegra — não se esqueça de se inscrever em nosso canal e fique sempre atualizado sobre o mercado! 

Já a Carol Gurgel atuou como gerente de relacionamento e operações em empresas como Ambev e a startup Quinto Andar. Assim, migrando para a área de Customer Success na startup Rua Dois, onde exerce o cargo há mais de 1 ano e meio.

Atualmente, Laianne Mendes faz parte do time de Customer Success do Ifood. Contudo, tem histórico como analista comercial na Dafiti e gerente de contas na Groupon. Ou seja, áreas que fortalecem os soft skills de comunicação, mas não necessariamente possuem uma ligação direta com a área de Customer Success.

Perfis como estes mostram que a transição de carreira não apenas é possível como pode não ser tão complicada quanto parece. E isso é ótimo enquanto temos em mente que há diversas vagas abertas com poucos profissionais capacitados para preenchê-las. Então, é a hora certa para você investir nessa área caso tenha se interessado em Customer Success.

 

Como ser um gerente de Customer Success

Transição de carreira para Customer Success.
Foto por Pexels.

Atuar na área de Customer Success não é um mero atendimento ao cliente. Portanto, é interessante ressaltar algumas skills que podem soar óbvias, mas costumam passar batido por muitos profissionais que querem migrar para a área de CS. 

Assim, o profissional de Customer Success também precisa ter habilidades de atendimento, como: 

 

  • Boa comunicação;
  • Saber ouvir e identificar as necessidades do cliente;
  • Possuir empatia; 
  • Paciência;
  • Organização; entre outros.

 

Quando se fala de ser um bom gerente de Customer Success, é muito importante conseguir ter uma visão de mercado que possa aproximá-lo do cliente. Por exemplo, quando se atua com um cliente da área de RH, é interessante ter uma visão daquele mercado. Assim, você irá ajudar o cliente a antecipar tendências e demandas, que fará com que seu atendimento se torne muito mais valioso. 

Outro fator relevante para fazer isso é que o profissional de CS tenha um bom conhecimento das ferramentas que o cliente irá utilizar. Quando ele entende as demandas e necessidades do cliente e conhece bem o produto ou serviço ofertado, ele pode guiar o cliente da melhor forma possível. Dessa forma, ele tira o máximo proveito do produto ou serviço que está adquirindo.  

Como a demanda de um CS costuma exigir bastante comunicação e soft skills, a formação comum para esse profissional é comunicação social ou administração. 

Entretanto, cursos livres voltados para a área ou que contemplem skills e ferramentas que possam ser úteis para o dia-a-dia do profissional. Por exemplo, cursos de excel ou análise de dados, também são bastante valiosos e podem ser um trunfo valioso para garantir uma vaga na área.

 

Como aprender Customer Success

Como aprender sobre Customer Success.
Foto por Pexels.

Existem diversos caminhos de aprendizagem que o profissional pode utilizar para aprender sobre Sucesso do Cliente. 

A internet veio para democratizar a informação das melhores formas possíveis e hoje sua guia do navegador pode ser um caminho para grandes aprendizados nas mais diferentes plataformas. 

As próprias redes sociais, como o já citado LinkedIn, você pode encontrar profissionais que estão criando diversos conteúdos sobre a carreira de CS. Assim, você consegue aprender com quem está com a mão na massa.

Aliás, daqui a pouco vou te dar uma dica quente de como você pode aprender direto com os profissionais mais fodas de Customer Success.

Hoje em dia não é muito difícil encontrar podcasts sobre o assunto, que tocam na temática de forma introdutória ou mais detalhadas. 

No Spotify temos o Customer Success Lab. É um podcast para você que está começando na área de CS. Os episódios são curtos, raramente passando dos 10 minutos.

Para quem fala inglês, recomendo o Customer Strategy Podcast.  Nils Vinje ajuda altos executivos e novos profissionais de SC melhorar a estratégia com clientes. Diria que é o podcast para você sair do básico e atingir um nível avançado na área.

Dessa forma, você pode encontrar dicas valiosas que te ajudam desde a etapa da entrevista de emprego até momentos chave do dia-a-dia do CSM.

Além disso, é claro que o aprendizado de qualquer coisa é mais rápido através de livros e cursos. Felizmente possuímos um acesso mais fácil hoje em dia, também graças à internet.. 

O melhor de tudo é que você também consegue encontrar diversos cursos online voltados para atuar em Customer Success. 

Nos tópicos seguintes, vamos detalhar mais sobre os cursos e indicar alguns livros que podem ser interessantes para você que está interessado na área de CS.

 

Cursos para Gerentes de Customer Success

Cursos para aprender Sucesso do Cliente.
Foto por Pexels.

É essencial para o gerente de Sucesso do Cliente que ele não apenas tenha uma boa comunicação, mas entenda a forma certa de se comunicar. 

Ou seja, isso inclui entender quando é necessário mapear as necessidades do cliente, quando orientá-lo e também quando receber feedbacks e usá-los para garantir a melhor experiência possível.

Além disso, é importante saber medir alguns pontos para investir nos clientes certos, construindo uma boa carteira de clientes. 

Lembra daquela velha frase de quantidade ser diferente de qualidade? É isso! Além de saber como colocar em prática no próprio dia-a-dia a mentalidade de sucesso do cliente.

Essas são soft skills imprescindíveis para o profissional de CS e todas elas são temas das aulas do curso online de Customer Success da Aldeia

Neste curso você aprende sobre:

 

  • Integração do CS com outros departamentos;
  • Conceitos;
  • Como entender o cliente;
  • Processos de Customer Success;
  • O papel do CS no pós-venda;
  • Habilidades e como desenvolvê-las;
  • Como utilizar um mapa de jornada do cliente;
  • Como desenhar sua persona de forma prática; e muito mais.

 

Esse é um dos cursos mais interessantes pelo formato prático e por ser online. Aliás, os professores não estão repetindo algo que leram em livros. Os professores são os profissionais mais top de grandes empresas, eles vão te passar o conhecimento direto da prática, sem enrolação.

Contudo, se você prefere aprender de forma presencial, também temos cursos presenciais em nosso coworking para o profissional de CS. Nosso curso de Comunicação Assertiva é extremamente valioso para suas interações com o cliente.

Assim como esse curso ajuda com as áreas que um profissional de Customer Success irá interagir em sua rotina na empresa.

 

Livros de Customer Success

Livros para aprender sobre Customer Success
Foto por Freepiki.

Para quem gosta de estudar por livros, a boa notícia é que existe bastante conteúdo publicado em português e com preços acessíveis. Portanto, segue aqui alguns livros recomendados para os profissionais que querem migrar de carreira ou para se especializar:

 

Customer Success: como as empresas inovadoras descobriram que a melhor forma de aumentar a receita é garantir o sucesso dos clientes, de Dan Steinman, Lincoln Murphy e Nick Mehta.

Em suas pouco mais de 270 páginas, os autores falam de Customer Success através de “10 leis” que deixam claro que a área de CS não se limita à Startups. 

Dan Steinman e Nick Mehta são, respectivamente, CCO e CEO da Gainsight, empresa voltada para serviços de sucesso do cliente. Enquanto Lincoln Murphy é fundador da Sixteen Ventures, plataforma de Growth Marketing.

 

Receita Previsível, de Aaron Ross e Marylou Tyler

Embora não seja voltado completamente para o Customer Success, o livro de Aaron Ross e Marylou Tyler apresenta casos reais sobre vendas outbound (que requerem uma atuação mais incisiva do vendedor) de diversas empresas e mostra como o mindset de sucesso do cliente fez a diferença para essas companhias.

Aaron Ross atualmente é o diretor da Predictable Revenue Inc, mas antes disso foi o diretor de vendas da SalesForce e levou a empresa a aumentar sua receita em $100 milhões de dólares através de suas estratégias de venda. 

Marylou Tyler é fundadora da Strategic Pipeline, grupo de consultoria voltado para aperfeiçoamentos no processo de venda. Entre seus clientes estão empresas como Apple e Mastercard.

 

Customer Success: O sucesso das empresas focadas em clientes, de Damin Hiram

Razoavelmente curto, com cerca de 160 páginas, o livro de Damin Hiram aborda o Sucesso do Cliente de forma mais objetiva, descrevendo funções dentro do departamento da área e mostrando ferramentas úteis. 

Além disso, o texto mostra como a jornada do cliente pode render insights que o profissional da área pode utilizar a seu favor.

Formado em publicidade, Damin Hiram atua há mais de 16 anos no mercado e é especialista de CS. Atualmente atua como líder de Customer Success na Jutsu Digital.

 

O jeito Disney de encantar os clientes, do Disney Institute

Outro livro que fala sobre o atendimento aos clientes utilizado como motivador para o sucesso da empresa, falando sobre o dia-a-dia da empresa. Aqui temos um mergulho na forma como a Disney coloca o cliente em foco e encanta-os. 

A obra tem autoria do Disney Institute, divisão da companhia responsável por treinamentos de desenvolvimento pessoal, liderança, entre outros.

 

Perfis de Gerente de CS famosos que você deve seguir

Perfis de profissionais de Customer Success.
Foto por Freepik.

Como falamos nos tópicos acima, há muitas formas de aprender. Nesse sentido, uma delas é buscar profissionais referência da área de Customer Success. Confira abaixo alguns profissionais que valem a pena acompanhar:

Felipe Greco: Coordenador de Customer Success na RD Station e professor do curso online de Customer Success da Aldeia.

Larissa Oliveira: Customer Success Manager na RD Station.

Letícia Wagner: Coordenadora de Success Manager na Gestão 4.0.

Monique Maytê: Coordenadora de Customer Success na TOTVS e professora do nosso curso online.

Camila Neto: Customer Success Team Leader na Pipefy e também é uma de nossas professoras no curso de Customer Success.

Sandrina Grubba: Head of Customer Success na Conta Azul.

Karina Iocca: Coordenadora de Customer Success na Conta Azul. Aliás, Karina também integra nossa equipe de peso no curso de CS.

 

Eventos de Sucesso do Cliente: não perca esses

Eventos sobre Sucesso do Cliente.
Foto por Pexels.

Customer Success Day: Promovido desde 2018 pela SenseData, o Customer Success Day é um dos grandes eventos voltados para os profissionais da área. O evento reúne diversos profissionais de CS em um dia com várias palestras, networking e aprendizados. A última edição ocorreu em 2019 e você pode conferir um pouco do que rolou no canal do youtube da SenseData.

CX Summit: Voltado para a experiência do cliente, o CX Summit pode ser uma ótima pedida para os profissionais de Customer Success justamente por trazer palestras de diversos líderes, como Paula Pimenta (diretora de atendimento ao cliente e customer care da Natura) e Arnaldo Bertolaccini (diretor de atendimento ao cliente no iFood). 

Por isso, é uma boa indicação de evento para profissionais que estão adentrando o mundo de Sucesso do Cliente e que podem ter uma maior clareza dos desafios das áreas que cultivam relacionamento com o cliente.

Conarec: Conarec é o “Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente”. Ele não é inteiramente voltado para o Customer Success, mas é interessante para os profissionais da área de relacionamento. 

Aliás, o evento é um dos maiores da área e traz diversas palestras de profissionais nacionais e internacionais para falar de atendimento e relacionamento com o cliente. No próprio site, há uma área para assistir ao conteúdo dos dois dias de evento.

Customer Success Meetup: Outro evento presencial, comandado pela Customer Success Meetup Brasil, grupo formado em 2016 com o intuito de criar um ambiente para troca de ideias, que acabou se expandindo de Florianópolis para todo o Brasil. 

Assim como Customer Success Day citado anteriormente, é possível encontrar parte do conteúdo do evento no canal do youtube deles.

 

Comunidades e grupos de Customer Success: quais as principais?

Comunidades de Sucesso do Cliente.
Foto por Pexels.

É possível encontrar alguns grupos que podem interessar ao profissional de Sucesso do Cliente, seja pela troca de experiências e aprendizados, como também pelo networking, que é tão valioso para o profissional de CS quanto para qualquer outra área.

 

The Customer Success Forum, LinkedIn

Para aqueles que dominam o inglês, no LinkedIn existe o grupo The Customer Success Forum. Um dos grupos mais completos em matéria de conteúdo, está no ar desde 2009 e é filiado ao Customer Success Association (Associação de sucesso do cliente), oferecendo informações e recursos para profissionais de CS desde os níveis básicos aos sêniors.

 

Atendimento e Sucesso do Cliente, LinkedIn

Também no LinkedIn, mas em português, temos o grupo Atendimento e Sucesso do Cliente, que promete uma experiência de compartilhamento contínuo de aprendizados, erros e boas práticas entre os profissionais da área. 

Esse grupo também é recomendado para profissionais de CS de diferentes níveis. Haja vista que promove boas informações e interações para que analistas de nível júnior possam crescer dentro do mercado.

 

Customer Success Meetup, Meetup

O grupo do Customer Success Meetup, com mais de 1000 membros. Ele é utilizado para divulgação dos eventos da marca (como o último citado no tópico anterior) e troca de informações.

 

Tudo pronto para começar sua carreira em Customer Success?!

Enfim, está ansioso(a) para entrar nesse maravilhoso mundo de Sucesso do Cliente? Para começar com o pé direito, comece pelo curso online de Customer Success da Aldeia. Você irá aprender com os profissionais mais fodas do mercado, de forma online e mão na massa, nada de vídeo-aula que te faz ficar com sono.

Ter nosso curso no currículo irá abrir várias portas, vai por mim. Aliás, o curso está com um preço irresistível, clique aqui para se inscrever agora!

Curso online de Customer Success

Ademais, para te ajudar a iniciar na carreira, temos oportunidades de empregos disponíveis nas melhores empresas do Brasil. Entre no nosso espaço SPTF e conheça!

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UX Writing: vagas de emprego, melhores portfólios e como se destacar na profissão

Se você chegou aqui neste artigo, provavelmente despertou algum interesse por UX Writing – mesmo que ainda não saiba muito bem o que é -, e deve estar querendo saber se há vagas de emprego para quem trabalha nesta área.

Então, logo de cara, já vamos te dar a primeira boa notícia: sim, há uma crescente procura por UX writers no mercado. Na verdade, existe até uma carência de profissionais capacitados para trabalharem na área.

Isso porque, apesar de estarmos rodeados por imagens, seja no Instagram ou em qualquer outro aplicativo, os textos ainda são importantes guias para que o usuário entenda facilmente como realizar uma tarefa no ambiente digital – que pode ser, por exemplo, uma compra, um cadastro ou uma pesquisa.

Mas, para trabalhar com UX Writing, não basta apenas gostar de escrever e ser um mestre nas regras gramaticais. É necessário muito estudo, rascunhos e, principalmente, conhecer muito bem a persona da empresa, pois todos os textos serão criados pensando em ajudá-la, e não confundi-la com palavras difíceis ou períodos longos e cansativos.

Ainda precisa de mais informações? Calma, continue lendo o artigo. Você vai descobrir o que é esse tal “UX Writing”, quais cursos deve fazer e tudo que vai precisar para se capacitar, candidatar-se a uma vaga e conseguir um bom emprego nessa carreira tão promissora. Preparado?!

Índice do artigo

UX Writing: o que é?

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Ilustração: Stories Freepik

UX é a sigla para User Experience – ou Experiência do Usuário, em português. O termo ganhou popularidade lá no início da década de 90, com o cientista cognitivo Don Norman, que na época trabalhava para a Apple.

A partir daí, várias vertentes surgiram para fazer com que a interface dos produtos garantisse a melhor experiência possível para o usuário. Ao entrar num site ou aplicativo, todas as imagens e textos deveriam guiar a pessoa de forma que ela facilmente conseguisse realizar uma tarefa, sem obstáculos.

Você já reparou que quando acessa um site para adquirir um produto, passa por várias páginas antes? E em cada página dessas aparecem textos, mensagens e botões para te levar ao objetivo final. Se a compra for aprovada, uma mensagem de sucesso. Caso apareça uma mensagem de erro, você saberá que aconteceu algum problema.

Os responsáveis por arquitetar todo esse trajeto dentro da interface são os profissionais de UX, e tudo começa num rascunho – muitas vezes feito com papel e caneta mesmo – conhecido como wireframe.

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Imagem: Pexels

Voltando ao significado. Se traduzirmos ao pé da letra, já será possível ter uma boa noção do que quer dizer UX Writing. Como vimos, “UX” é Experiência do Usuário. Já “writing” é a tradução em inglês para “escrita”.

Sendo assim, teremos a “Escrita para a Experiência do Usuário”. E é exatamente esse o objetivo que todo UX Writer (o nome dado ao profissional da área) deve ter em mente.

Diferente do Copywriting, que é a criação de conteúdos focados exclusivamente para conversão e vendas, o UX Writing tem como missão principal guiar os usuários dentro do ambiente digital, por meio de textos mais curtos e objetivos: as microcopies.

Veja como a atual UX Writer do Google, Torrey Podmajersky, descreve a profissão em seu livro “Redação Estratégica para UX” (falaremos mais sobre ele daqui a pouquinho):

“UX Writing não é uma sequência de palavras, sentenças e parágrafos que se sustentam sozinhos. Em vez disso, ele existe para ser o diálogo entre a experiência e a pessoa que a está usando. A experiência conversa com a pessoa com palavras e imagens, e o usuário responde interagindo com os elementos na tela.” 

Todos os títulos, mensagens, formulários, descrições, menus, botões, perguntas frequentes (FAQ) e até mesmo os textos das páginas de erro são pensados nos mínimos detalhes para oferecer uma excelente usabilidade para quem estiver navegando no site ou app da empresa.

Quer exemplos? Vamos lá.

Olhe a página do iFood destinada a parceiros: 

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Textos curtos, linguagem fácil e direta ao ponto. 

Donos de restaurantes e mercados que entram no site geralmente querem saber como fazer para começar a vender na plataforma. E eles conseguem, logo de cara, encontrar as informações necessárias para realizar a tarefa.  

Outro caso, mas agora uma mensagem de erro no aplicativo do Next – fintech do Bradesco.

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Bem mais amigável e esclarecedor do que colocar um “X” vermelho escrito “ERRO” embaixo, né?!

Procurando Vagas de UX Writing: Precisa-se de UX Writers

Se você achava que os textos e menus que via em aplicativos como o Uber e o Ifood eram escritos aleatoriamente por qualquer funcionário, tá enganado. Essas empresas possuem profissionais específicos, UX Writers, que são responsáveis por escolher cada palavra que aparece na tela, com base em vários estudos de comportamento do usuário.

A notificação que sobe para avisar que o seu pedido foi confirmado. O texto que aparece para informar que o pagamento foi aprovado. Tudo isso ajuda a garantir que basicamente qualquer pessoa abra o app e consiga pedir um motorista para o trabalho ou o almoço do dia, sem complicações.

É por esse motivo que as maiores empresas de tecnologia do Brasil e do mundo precisam de UX Writers. É uma profissão extremamente promissora e com carência de profissionais capacitados no mercado.

Falando nisso, a Nielsen Norman Group fez uma projeção de que, até 2050, serão mais de 100 milhões de profissionais de UX.

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Mas se engana quem pensa que é só escrever umas palavrinhas e ganhar dinheiro. 

Não basta escrever bem ou de acordo com a norma culta. O mais importante é que o profissional tenha a habilidade de usar as palavras para guiar outras pessoas na realização de tarefas, da maneira mais clara, amigável e coesa possível, os chamados microtextos.

Ah, e claro, também é preciso gostar muito de escrever, estudar bastante e analisar o feedback dos usuários, pois sempre há espaço para aprimorar a experiência.

Para te ajudar, disponibilizamos aqui no site da Aldeia um local específico para você encontrar vagas disponíveis na área de UX Writing, separadas por filtros. Pode ser a sua chance de iniciar uma carreira de sucesso. Clique aqui e dê uma olhada!

Tendências do mercado de UX Writing

De um modo geral, as empresas já estavam migrando para o ambiente digital, afinal, é este o futuro. 

Mas com o atual cenário de pandemia, o processo teve que ser acelerado. Pense no seu caso: quantas vezes você precisou usar algum aplicativo para pedir comida ou transferir dinheiro nesta quarentena?

Até mesmo as pessoas mais velhas, que costumavam ir pessoalmente aos lugares, tiveram que aprender a usar o aplicativo do banco para pagar contas e as redes sociais para se comunicar com a família.

Para se ter uma idéia, uma pesquisa do Google mostrou que, durante a período de isolamento, 32% dos entrevistados fizeram a primeira compra on-line e que houve um aumento de 329% no interesse por plataformas de conteúdo digital – como o Youtube e Netflix.

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Tá, mas o que isso quer dizer?

Com cada vez mais gente usando as plataformas digitais, a demanda por profissionais que saibam criar interfaces focadas na experiência do usuário aumenta bastante.

Além disso, como vimos na imagem acima, temos novos públicos passando a utilizar os sites e aplicativos para consumo, pessoas com pouca experiência com tecnologias.

E quem melhor do que os UX Writers para guiá-los?

Mais do que nunca, os profissionais de UX vão precisar estudar quem é essa galera que está chegando, analisar quais são as necessidades e dúvidas que esses usuários possuem e criar textos que ajudem os iniciantes.

Os chatbots – softwares que simulam pessoas no atendimento aos users –  continuarão como tendência, mas vão precisar parecer ainda mais humanos e espontâneos.

UX Writing: principais formações que destacam um candidato

Como dissemos, ser um UX Writer vai muito além de apenas gostar de escrever. O profissional geralmente trabalha em uma equipe formada por UX e UI Designers, programadores e engenheiros. Na maior parte do tempo, estará em reunião com essas pessoas, debatendo ideias e sugerindo melhorias para o produto.

Sendo assim, além da habilidade com a escrita, ele também vai precisar ter conhecimentos sobre design, programação, psicologia e outras áreas, para que o staff consiga dialogar entre si e criar uma interface que traga uma excelente usabilidade para o usuário final.

Para entender melhor, se liga no que a Marly Pierre-Louis, UX Writer do Booking.com (um dos maiores sites de reserva de hospedagens do mundo), fala sobre esse ambiente colaborativo:

“Os UX Writers da Booking.com estão integrados a equipes multidisciplinares. Analisamos dados e insights junto com os proprietários do produto, resolvemos problemas lógicos e  condicionais com nossos desenvolvedores e colaboramos de perto com nossos designers para entender as interações desejadas. Juntos, trabalhamos em soluções e recursos. E sempre tente manter a jornada do usuário em mente: De onde eles vêm? O que queremos que eles façam? O que eles querem fazer? Aonde eles vão depois? É isso que eles esperam?”

É claro que uma formação em Jornalismo, Letras, Publicidade ou Psicologia pode ajudar na hora de uma entrevista de emprego como UX Writer. Mas nada impede que uma pessoa sem faculdade, autodidata, fazendo os cursos e lendo os conteúdos certos, consiga aprender exatamente como escrever textos que ajudam as pessoas, monte um bom portfólio e garanta uma excelente carreira em UX Writing.

“E como saber o que escrever para guiar o usuário até o seu objetivo?”

Estudando muito sobre a persona, lendo bastante, trocando ideias com outros profissionais da área e, principalmente, analisando reviews e feedbacks dos clientes.

Se a meta é identificar possíveis soluções de problemas, nada melhor do que ouvir e observar as várias pessoas que utilizam o produto no dia a dia, não é mesmo?

Como criar um portfólio de UX Writing sem experiência

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Imagem: Design Your Way

Se você nunca trabalhou com UX Writing, deve estar se perguntando: “tá, mas como eu faço para montar um portfólio sem ter experiência?”

Para te tranquilizar, saiba que muita gente começa como UX Writer sem nunca antes ter atuado na profissão. Até porque estamos falando de uma área nova, e as empresas sabem que terão dificuldade de encontrar alguém com anos de experiência.

 Então veja o que você pode fazer para montar um portfólio legal:

  1. Coloque textos escritos por você

Você tem um blog? Já trabalhou como redator publicitário? Atuou como jornalista em alguma empresa? Então reúna os seus melhores conteúdos e use como portfólio.

Com eles, os possíveis contratantes terão uma boa noção se você realmente escreve bem e, a partir daí, já é meio caminho andado.

  1. Crie projetos fictícios

Conhece algum amigo que tenha empresa com site ou aplicativo? Então você pode criar projetos – e não precisa ser nada de outro mundo, pode ser em rascunho mesmo – escrevendo microtextos para tarefas específicas e apresentá-los como experiência.

Ah, outra dica bacana é colocar os projetos que você desenvolveu durante os cursos de UX, como o daqui da Aldeia.

  1. Analise outros trabalhos

Comece a reparar nos textos e na usabilidade dos sites e aplicativos que você usa no dia a dia. A gente sempre acaba achando algo que dava pra ser melhor. Uma boa dica é ler as avaliações dos usuários nas lojas de aplicativos ou pedir para que pessoas conhecidas tentem executar alguma tarefa naquele app.

Faça uma análise das interfaces. Mostre o que achou mais legal e, principalmente, encontre erros, bugs ou linguagens inadequadas. Depois, apresente no seu portfólio soluções fundamentadas para esses conteúdos, que possam melhorar a experiência dos clientes.

Entrevista de UX Writing: Como se preparar?

Beleza, agora que você já conhece um pouco mais sobre UX Writing, chegou a hora de descobrir como mandar bem em uma entrevista de emprego para a área. Anota aí:

  1. Cadê o portfólio, queridão?

Lembre-se: numa área nova e que exige mais prática do que teoria, um bom portfólio vale mais que o currículo.

Antes de se candidatar para qualquer vaga de UX Writer, reúna os seus melhores trabalhos. 

“Ah, mas eu não tenho experiência…”

Você pode fazer um blog e publicar artigos de sua autoria, criar projetos fictícios, analisar a usabilidade e os microtextos de outros sites e aplicativos, colocar os exercícios que fez nos cursos…

Tudo que consiga mostrar a qualidade da sua escrita e o que você sabe sobre experiência do usuário – ainda que você não tenha experiência profissional – pode ajudar na hora da seleção.

  1. Estude sobre a empresa 

Cada empresa é diferente da outra. Não se comporte na entrevista de um banco da mesma maneira que se comportou na seleção de uma startup.

Estude sobre a empresa, veja o tempo de mercado, quantos funcionários ela tem. Procure as postagens dela nas redes sociais e repare no tipo de linguagem que costuma usar e até como as pessoas se vestem lá dentro.

Lembra quando dissemos que todo UX Writer precisa ser observador, pesquisar bastante e analisar comportamentos? Pois bem, ótima hora para colocar isso em prática.

  1. Faça perguntas

Não seja o candidato que entra na sala, responde tudo igual um robô e vai embora. Entrevistas de emprego devem ser vias de mão dupla.

Quando for estudar sobre a empresa, selecione alguns questionamentos que você pode fazer na hora que estiver conversando com o recrutador. Ele vai notar que você realmente procurou se informar sobre a instituição e te ver como alguém interessado.

  1. Conheça a persona e mostre soluções

Uma dica legal é estudar sobre a persona da contratante e colocar em seu portfólio uma análise das interfaces dos produtos dela. Destaque os pontos fortes e, principalmente, mostre o que poderia ser feito para melhorar a experiência dos usuários.

Nessa “miniconsultoria”, o RH vai perceber que você é uma pessoa pró-ativa, que dedicou parte do seu tempo para ajudá-la, mesmo ainda não estando contratado. Além disso, conseguirá avaliar os seus conhecimentos sobre UX Writing.

  1. Não exagere no currículo

A galera que trabalha no RH de grandes empresas faz seleções o tempo todo, e no primeiro teste prático já percebe quando alguém mentiu no currículo.

Então, nada de inventar cursos que você não fez, experiências em empresas nas quais jamais trabalhou e que fala inglês fluente sem nem saber usar o tal do “verb to be”.

Também não encha o seu currículo de coisas que não sejam relevantes para a vaga. Uma fintech não vai querer saber se você fez um curso de estética 10 anos atrás.

O ideal é fazer um currículo personalizado para cada seleção, colocando apenas o que pode interessar à empresa. Quanto menos páginas, melhor.

  1. Faça uma carta de apresentação

Uma outra ótima forma de mostrar que você escreve bem é através da carta de apresentação. Pode escrevê-la no próprio e-mail em que for mandar seu currículo.

Apresente-se, fale sobre você, revele o motivo pelo qual ficou interessado na vaga e como as suas experiências e habilidades podem ajudar a empresa. Uma dica massa – e malandrinha – é procurar palavras-chave na descrição do job e usá-las ao longo do texto.

Entrevista de UX Writing: Principais erros

Agora que você já sabe o que fazer para se preparar para a entrevista, também é importante saber o que NÃO fazer. Se liga aí:

Currículo com 1.000 páginas

Pensa aqui comigo: com o tanto de gente desempregada neste país, imagine a quantidade de currículos que as empresas recebem. 

Aí o cara do RH pega o seu e vê aquele monte de páginas. Olha, é 90% de chances que ele vai desconfiar de que você está inventando coisas ou que não sabe fazer um currículo e  nem vai ler.

Faça um currículo bem apresentável, de preferência personalizado para a vaga em questão, e coloque apenas o que você realmente acha que vai servir para aquela empresa. Fez algum curso ou trabalhou em algum local que em nada tem a ver com a vaga? Melhor nem colocar.

Mentiras no currículo

No currículo: Inglês fluente.

Na entrevista:

 – Tell me more about yourself.

 – What???

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Essa é clássica. E não adianta: se você mentir no currículo, mais cedo ou mais tarde o recrutador vai perceber. Os caras são treinados para isso.

Por falar no assunto, praticamente todas as vagas em grandes empresas aplicam testes práticos com os candidatos. Então se você bancar o malandrão e na hora não conseguir mostrar nada daquilo que dizia saber, já era.

Não ter um portfólio

Saber a teoria é muito importante, mas o que o recrutador quer mesmo ver é a sua escrita, os seus projetos de UX, o “fazendo acontecer”, na prática.

A falta de experiência também não pode ser desculpa para não ter um portfólio. Mostramos logo acima as dicas que você pode usar para montar o seu, mesmo sem nunca ter trabalhado na área.

Lembre-se que a proatividade é uma qualidade muito avaliada pelas empresas. Então cuidado para não ser visto como alguém preguiçoso. 

Chegar mais perdido que o Nemo

Sabe aquela pessoa que se candidatou para tantas vagas que às vezes chega para a entrevista já confundindo os nomes das empresas? Cuidado.

Estude sobre a empresa antes de chegar para a entrevista. Mesmo que ela seja uma startup de jovens, não significa que você pode ir de bermuda e chinelo já no processo seletivo.

Não seja aquele cara que senta na cadeira, responde as perguntas, agradece e vai embora.

Forçar a amizade

Tem gente que acha que por UX Writing ser uma profissão moderna, já pode chegar falando gírias, xingando e comendo na entrevista, como se o entrevistador fosse o amigo de infância.

Mas saiba: forçar a barra e bancar o puxa-saco com certeza vai atrapalhar mais do que ajudar. 

Entrevista de UX Writing: Como acontece e o que o recrutador espera

As fases de uma entrevista para vagas em UX Writing variam de empresa para empresa. Porém, há cinco etapas básicas que costumam existir em todas elas:

  1. Triagem de currículos

Aquele procedimento básico de todo processo seletivo. O RH vai avaliar a carta de apresentação e o currículo dos candidatos e selecionar apenas aqueles que estejam de acordo com os requisitos solicitados pela empresa.

  1. Análise do currículo e portfólio

Se o seu currículo estiver legal, eles vão analisar mais a fundo as informações que você colocou. Caso gostem do que viram, passam para a avaliação do que vai realmente determinar se você será ou não chamado para a entrevista: o portfólio.

É aí que eles vão descobrir se você realmente manja dos paranauê: como escreve, se a sua linguagem é amigável e como é o seu processo de criação.

Também gostaram? Opa, hora da primeira entrevista.

  1. Primeira entrevista

Já que a primeira impressão é a que fica, esta é a etapa que elimina muita gente. 

Aqui o recrutador deseja ver um perfil proativo do candidato. Fará perguntas e espera receber outras também, então é o momento para mostrar que você estudou sobre a empresa e que está realmente interessado em fazer parte da equipe.

  1. Teste prático

É, amigão, só a teoria não basta. Chegou a vez de mostrar se você sabe aplicar tudo aquilo que está no seu currículo. O tipo de teste também vai depender da empresa, mas os mais comuns são:

  • Escrever um texto com base em uma persona
  • Criar um projeto de uma empresa fictícia
  • Criar um breve guia de escrita
  • Analisar os produtos da empresa e propor melhorias para a experiência do usuário
  • Fazer uma dinâmica em grupo para avaliar o seu diálogo dentro de um ambiente colaborativo
  1. Entrevista final

Geralmente feita com um diretor ou uma equipe da empresa. É mais para ter a certeza de que selecionaram a pessoa certa, te colocar em contato com outros funcionários e entender os seus planos ali dentro.

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Ilustração: Stories Freepik

UX Writing: Currículo importa?

Como em qualquer outra profissão, ter um bom currículo e experiências em grandes empresas pode te ajudar bastante na hora de tentar uma vaga.

Porém, o fato de UX Writing ser uma área ainda muito nova – principalmente no Brasil – faz com que as empresas olhem com bastante carinho para quem está começando. Afinal, é quase impossível encontrar alguém bastante experiente em algo que acabou de surgir, não é mesmo?

Olhe, por exemplo, o que o Yuval Keshtcher – CEO do UX Writing Hub – disse sobre esse assunto:

“Se você colocar dez UX Writers numa sala, há boas chances de todos eles terem vindo de carreiras profissionais diferentes. Entrar em UX Writing é algo que quase qualquer um pode fazer. Ao invés de uma vasta experiência, o que as empresas procuram são pessoas com aptidão para resolver problemas de forma criativa, já que UX é exatamente isso.”

Por falar nisso, é bem comum ver UX Writers que antes trabalhavam como publicitários, jornalistas, psicólogos… Então, se você já trampou em alguma área que seja relacionada à escrita, comportamento e consumidores, pode colocar no seu currículo que vai contar pontos.

“Putz… mas nem faculdade eu tenho. Tô f*****?”

Relaxa, você continua tendo chances. Até porque nem existe diploma de graduação em UX Writing no Brasil ainda. Você pode fazer cursos específicos da área – aqui na Aldeia mesmo tem um excelente -, ler livros, praticar a sua escrita e, principalmente, montar um bom portfólio.

Aqui em cima nós demos as dicas para você montar o seu sem ter experiência. Se ainda não leu, sobe um pouquinho a página e dá um confere lá. 

Só o fato de você ter criado uma apresentação para a vaga – mesmo sem nunca ter trabalhado com aquilo – e desenvolvido seus próprios projetos, já vai mostrar ao recrutador que você é pró-ativo, que está correndo atrás.

Ah, outra coisa fundamental nessa área é networking

Conhece algum UX Writer? Troque uma ideia com ele. Crie um perfil bacana no LinkedIn, exponha seus projetos e siga outras pessoas (no final deste artigo damos dicas de perfis para seguir). Procure grupos no Facebook, WhatsApp e Telegram sobre UX. É muito importante ter esse contato com outros profissionais da área e observar as tendências.

Tendo uma rede de contatos, será mais fácil descobrir novas vagas de emprego, ficar sabendo de eventos sobre a área, trocar experiências, pedir opiniões sobre os seus conteúdos e, quem sabe, até conseguir uma indicação. 

Salários de UX Writing: quanto ganha um UX Writer em 2021?

De acordo com o site do Glassdoor, a média salarial de um UX Writer no Brasil é de R$ 4.120 por mês. Grana legal, né? 

Como é uma profissão que surgiu recentemente no país, ainda é difícil saber a média para cada tipo de cargo: estagiário, júnior, pleno e sênior.

Porém, uma pesquisa recente do portal UX Collective BR feita com 227 profissionais da área, trouxe os seguintes valores:

  • Estagiário: até R$ 2.000
  • Assistente e Analista Júnior: R$3.000 a R$4.000
  • Analista Pleno: R$ 5.000 a R$6.000
  • Analista Sênior, Consultor, Coordenador e Gerente: R$ 7.000 a R$ 8.000
  • Especialista e Líder: R$ 8.000 a R$ 9.000

Resumindo: dá pra pagar os boletos no final do mês e ainda sobra uma graninha pra curtir.

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Fonte: Ux Collective Brasil

Aqui no site da Aldeia, disponibilizamos a plataforma SPTF, onde você também consegue conferir vagas disponíveis em vários lugares do país, mostrando inclusive a remuneração. Dá uma olhada lá.

Ah, e o legal é que dá pra se inscrever nela e receber as oportunidades no seu e-mail. Mais de 10 mil pessoas já fizeram esse macetinho aí. Aproveite também!

Quem está contratando UX Writers? Principais empresas

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Ilustração: Freepik

O mais legal na área de UX Writing é que basicamente qualquer empresa que esteja interessada em ter presença digital vai precisar de um UX Writer. Afinal, de nada adianta lançar um site ou um aplicativo se os textos não estiverem de acordo com o público ou, pior, não ajudá-los a concluir as tarefas de que precisam.

Atualmente, as instituições financeiras – principalmente as fintechs – são exemplos de empresas com alta demanda de escritores focados em experiência do usuário. Um dos motivos é que, com a pandemia, muitos clientes passaram a utilizar os serviços digitais dos bancos.

É possível encontrar vagas no Nubank, Santander, Itaú, Picpay, C6 Bank e em várias outras potências do setor.

As startups, tão em alta nos últimos anos, também precisam com frequência de pessoas que saibam desenvolver interfaces voltadas para User Experience.

Inclusive, uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2020 mostrou que os profissionais de UX estão na 5ª posição dos mais requisitados pelas empresas:

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Como aprender UX Writing?

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Ilustração: Freepik

Se você ainda é novo na área de UX Writing, mas se interessou e deseja saber como pode se capacitar antes de concorrer a uma vaga de emprego, aqui vai um passo a passo para te ajudar:

  1. Faça bons cursos 

Apesar de ser uma área relativamente nova, é possível encontrar bons cursos que vão te dar a base para começar a trabalhar como UX Writer. Aqui mesmo, na Aldeia, temos o Bootcamp de UX Writing. Fica a dica! 

  1. Leia. Leia muito!

Procure livros e conteúdos sobre o tema e leia todos que conseguir. Assim, você não só estará aprendendo sobre a profissão, como também enriquecerá o seu vocabulário, o que ajuda muito na hora de escrever.

Quer uma ajuda? Aqui no Blog da Aldeia temos vários artigos sobre UX, é só clicar nos links e… boa leitura! 

  1. Seja um bom observador

Depois que já tiver estudado bastante sobre o assunto, hora de ver como funciona na prática.

Com certeza você deve ter vários aplicativos instalados no seu celular. Abra-os e tente realizar uma tarefa. Pode ser comprar algo, encontrar um produto, entrar em contato com a empresa…

Durante o trajeto, observe todos os textos da interface. Veja se a linguagem está de acordo com o público, se as palavras são simples e objetivas e se realmente te guiaram até o objetivo.

Outra dica bacana é ler os comentários dos usuários na página do aplicativo no Google Play e na App Store. Lá você conseguirá perceber os problemas que os consumidores estão encontrando ao usar o produto e poderá pensar em possíveis melhorias para a experiência deles. 

  1.  Siga pessoas que te inspiram

Gostou do trabalho de uma empresa ou pessoa? Siga o Instagram, LinkedIn, Blog ou qualquer outro espaço onde ela poste conteúdos com frequência.

Isso vai servir para encontrar inspirações, manter-se atualizado e motivado para seguir a sua carreira.

Cursos para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Nesta recente profissão que dialoga com tantas outras, fazer cursos específicos para a área será ainda mais importante que o seu diploma de graduação.

Não me xingue por repetir isso mais uma vez, mas escrever bem – apesar de muito importante – não basta.

Então veja uma lista de assuntos que você deve estudar para mandar bem como UX Writer:

  • Copywriting (neste outro artigo explicamos a diferença entre UX Writing e Copywriting)
  • Redação para diferentes formatos e tipos de mídia (notificações, sms, e-mail, landing page…)
  • Microcopy
  • SEO (Search Engine Optimization)
  • Psicologia do consumidor
  • Marketing de Conteúdo
  • Marketing Digital (conceitos de persona, funil de vendas, jornada do consumidor, call to action…)
  • UX e UI Design
  • Lógica de Programação e Algoritmos
  • Desenvolvimento Front-End (HTML, CSS e Javascript)
  • Métodos de pesquisa

Nossa, muita coisa, né? Mas agora vai a boa notícia: você está no lugar certo para aprender tudo isso. É que aqui na Aldeia temos cursos com os profissionais mais fodas do mercado. É só clicar nos links. Se liga:

Assim como as microcopies de um UX Writer, nossos cursos vão direto ao ponto, sem blá-blá-blá. Você vai aprender com as minas e os caras mais respeitados do mercado, em aulas on-line, e com aquele certificado que vai fazer o recrutador olhar e falar “Pô, aí sim!”

Ah, e não é só isso, não. Quer conteúdo de qualidade e gratuito também? Por que não, né?! A Aldeia disponibiliza os SkillBombs, cursos de graça com superprofissionais, pra te manter muito bem atualizado.

É só se inscrever na nossa newsletter e pronto! Você se tornou um queridinho da Aldeia e terá direito a receber todas as informações e datas de quando os eventos vão rolar. 

Livros para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Cursos vão te ajudar e muito na sua trajetória como UX Writer. Mas, olha, se você leu o artigo até aqui, já deve ter percebido o quanto é importante continuar atualizado e estudando diariamente sobre a área.

Para essa missão, podemos indicar bons livros. Confira:

Redação Estratégica para UX: Aumente engajamento, conversão e retenção com cada palavra – Torrey Podmajersky

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Imagem: Amazon

Bestseller da atual UX Writer do Google e uma das maiores referências no assunto, Torrey Podmajersky. 

O título original é “Strategic Writing for UX”, mas já é possível encontrar a versão traduzida para o português, da editora Novatec.

Sem dúvida uma leitura obrigatória para todo mundo que trabalha ou quer trabalhar como UX Writer.

Em busca de boas práticas de UX Writing – Bruno Rodrigues

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Imagem: Amazon

Por falar em referência, aqui está a principal obra de Bruno Rodrigues, O cara do UX Writing aqui no Brasil. Este foi inclusive o primeiro livro em língua portuguesa sobre o assunto e é tranquilo de encontrar à venda na Internet.

Bruno já prestou consultoria para a Globo, Bradesco e até para a Presidência da República. Dá pra ter noção do quão foda o cara é.

Tá começando como UX Writer? Então não tem livro melhor pra você ler do que este.

Microcopy: The Complete Guide – Kinneret Yifrah

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Imagem: Amazon

Como nem tudo são flores, de vez em quando você vai ter que se arriscar no inglês. 

Apesar de ainda não ter versão traduzida, esta obra – como o nome já diz – é o guia completo para quem quer aprender a criar textos breves, objetivos e que tragam uma excelente experiência para o usuário, ou seja, as famosas microcopies.

A autora trabalha há mais de 15 anos no mercado e é dona da Nemala, maior agência de UX Writing de Israel.

No próprio site dela você consegue comprar a versão digital do livro.

Writing For Designers – Scott Kubie

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Imagem: A Book Apart

Vixe, olha a gente colocando o cursinho de inglês à prova de novo!

Neste livro, o Content Strategist da Mailchimp, Scott Kubie, dá dicas e estratégias de Design Thinking, além de ensinar como planejar e escrever conteúdos centrados no usuário, que se comuniquem com todo o design da interface.

Também dá para comprar o eBook no site do autor. Se quiser dar uma olhada, clique aqui

Perfis de UX Writers que você deve seguir

Ilustração: Stories Freepik

Pra finalizar, lembra da dica de seguir profissionais que são referências em UX e que vão te inspirar? Então se liga nos perfis de alguns deles:

Marcela Alves: UX Writer do Ifood e professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Bruno Rodrigues: Um dos caras mais respeitados da área. Autor do livro “Em Busca de Boas Práticas de UX Writing” (falamos dele ali em cima), tendo obras publicadas até fora do Brasil. 

Rafa Marchetti: Quando abrir o Ifood, lembre-se dela. É Designer de Conteúdo e também UX Writer da empresa. Inclusive já deu uma entrevista bem bacana aqui pro Aldeia, que você pode conferir aqui.

Suzana Ribeiro: UX Researcher na banQI e organizadora do UX Writing BR, que dá boas dicas e novidades para quem se interessa pelo assunto.

Analu Lima: Professora no curso de UX Writing da Aldeia. É Product Designer e UX Writer da Zup Innovation.

Torrey Podmajersky: Autora do bestseller “Strategic Writing for UX” e UX Writer do Google. Bem, acho que não precisa falar mais nada, né?!

Cris Luckner: Jornalista de formação e atualmente trabalha como UX Content Strategist e UX Writer no Nubank.

Roberta Cadenas:  Atual UX Writer da Creditas. Pós-graduada em UX Design e responsável por definir todo o processo de design para interfaces conversacionais. Também é professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Mariane Lorente: Gerente de UX Writing da Loggi e idealizadora do blog UX Collective Brasil.

Curtiu o conteúdo? Agora é hora de agir!

É… o artigo ficou um pouco longo, mas fizemos com a intenção de ser algo bem completinho para te ajudar a entender melhor o mercado de UX Writing.

E por falar em completo, se você quer realmente seguir nessa promissora área, comece pelo curso de UX Writing da Aldeia. Você vai ter aulas on-line, com profissionais fodásticos, e pagando um preço bem em conta. Sério, vale muito a pena!

Vou deixar o link aqui pra você fazer a matrícula: clique aqui.

Depois que terminá-lo, é só entrar no nosso espaço SPTF e encontrar as melhores vagas de emprego disponíveis para UX Writers.

Ah, e não deixe de se inscrever na nossa newsletter. Fazendo isso, você vira um queridinho VIP da Aldeia, recebe no seu e-mail vários conteúdos GRATUITOS, fica atualizado sobre o que tá rolando no mercado e ainda pode ganhar descontos nos nossos cursos. Vai dar mole? Te vejo lá!

 

Texto escrito por: Matheus Rabello Temporim

UX Writing: o que é? O guia completo da profissão

UX Design, User Experience, User Interface: essas palavras já estão bastante populares. Mas o “UX Writing” ainda é pouco conhecido, mesmo tendo diversas vagas esperando pelos profissionais.

É comum que, por ser algo novo, haja diversas dúvidas e confusão entre os outros termos da área de experiência do usuário.

Aliás, o mercado está extremamente aquecido, mas com carência de profissionais. É estimado que essa falta de UX Writers, como são chamados, dure até 2030.

Ou seja, pode ser uma grande oportunidade de escolha ou transição de carreira. Então, se você gosta de escrita, trabalhar de forma colaborativa, usar dados para criar o melhor texto e ama desafios, talvez seja para você o caminho do UX Writing.

É uma área em grande crescimento. Afinal, cada vez mais as pessoas estão buscando aplicativos intuitivos de se utilizar. E no mundo corporativo só sobrevive aquele que entregar uma solução descomplicada e efetiva.

Então, o que você vai ver nesse artigo:

UX Writing: o que é?

O termo UX foi cunhado em 1990 pelo professor de ciência cognitiva Donald Norman. Ele descreve que user experience (UX) é influenciar e formar a experiência do usuário durante sua jornada com o produto ou serviço e a marca. Ou seja, isso vai além do design; as palavras têm uma posição fundamental nesse ecossistema.

Então, com a profissionalização das áreas, a escrita ganhou seu próprio termo: UX Writing.

UX Writing é o processo de criar textos que aparecem nas interfaces de produtos digitais, como sites e aplicativos. Entretanto, diferente de copywriting que busca convencer, o UX Writing objetiva guiar o usuário através da interface de modo intuitivo. 

Ou seja, é a escrita das notificações, botões, instruções e mensagens de erros que nos ajudam entender o que precisamos fazer.

“Ah, então é só escrever uns textinhos para aplicativos?” Muito pelo contrário. 

O UX writer busca solucionar problemas através da comunicação. Ou seja, ajudar a pessoa conseguir aquilo que ela quer ao entrar no site ou aplicativo.

O universo do UX Writing.

Melhorando a Experiência do Usuário pela Escrita

UX Writing é uma parte dentro do reino do User Experience, compondo a estratégia de conteúdo. A escrita dos microcopy (microtextos, em português) é apenas uma das responsabilidades do UX Writer.

Quando você entra em um aplicativo, você quer chegar a um lugar específico, certo?

Por exemplo, ao abrir o Uber você ou quer fazer uma viagem ou pedir comida.

Veja que a Uber fez isso de modo simples e intuitivo para você já saber onde clicar. Além disso, a notificação do novo recurso comunica seu objetivo de maneira eficaz e em poucas palavras.

Então, a redação da jornada do usuário dentro do aplicativo é a responsabilidade do UX Writer.

Para descobrirmos os desafios de um UX Writer, nós da Aldeia entrevistamos a Rafa Marchetti, UX Writer do iFood. Ela nos contou que é “como eu explico ao usuário como se faz um pedido, sem ele precisar me ligar pedindo explicação?” 

Logo, UX writing é sobre fortalecer a marca, facilitar a navegação do usuário, instruir e levar o usuário a tomar alguma ação através da própria interface. Tomando uma importância muito grande na arquitetura de informação, nas palavras e expressões que o público usa e a criação de diálogos.

Aliás, na criação de diálogos nós temos um forte crescimento na demanda por UX Writers devido aos chatbots e assistentes de voz.  Afinal, esses serviços seguem um roteiro que foi previamente pensado e escrito em forma de texto.

UX Writer: o que faz? Como é seu dia-a-dia?

O UX Writer é um profissional que está em constante contato com todas as áreas da empresa, desde o setor financeiro a engenheira de software e designers.

Como o dia a dia é bastante colaborativo com outros profissionais, sendo recorrente as reuniões. Engana-se quem pensar que deve ser aquelas reuniões cheias de protocolos, extensas e maçantes.

Em realidade, a reunião poderá ser algo muito mais “mão na massa”. Ou seja, você e o designer acabam se juntando para fazer um brainstorm de como resolver tal problema, como conta a UX Writer do iFood, Rafa Marchetti.

Mas, não é de reuniões que textos são feitos. Assim, haverá dias que será necessário foco integral na escrita, fazer pesquisas de como os concorrentes estão fazendo e etc.

Uma das atividades diárias do UX Writer será a investigação, pois é necessário entender a fundo seu usuário. Assim, faz parte da rotina ler reviews, entrevistar usuários, testes e muitas outras fontes para melhorar a user experience. 

Tudo que você coletar de informação servirá de arsenal para o microtexto na interface digital. Ao passo que você estará envolvido durante toda a experiência do usuário, desde o cadastro, treinamentos, mensagens de erro e muito mais. 

Como podemos ver no ciclo abaixo que elaborado pela autora Torrey Podmajersky em seu livro Redação Estratégica para UX, o profissional de UX Writing se envolve desde a parte de atração até mesmo as conferências com clientes: 

As etapas da experiência do usuário em que o UX Writing é aplicado.

O papel da escrita para o UX Writer

Aliás, Mariane Lorente, gerente de Design de Conteúdo da Loggi, diz que o ideal é que o texto seja quase invisível, servindo apenas para guiar, motivar e dar feedback ao usuário.

Pois, muitas vezes você precisará explicar uma ação em apenas uma ou duas palavras. Ao passo que você também poderá ser o responsável por criar o guia de escrita da marca.

O Guia de Escrita define a linguagem para melhorar a consistência na comunicação e relacionamento. Esse guia é o que estrutura todo o trabalho do UX Writer. 

Mariane explica que pode acontecer que você seja contratado bem na fase inicial do produto, sendo responsável por começar a parte escrita do zero, ou então integrar a equipe já tendo um material feito, mas sem qualquer documentação e consistência.

Aliás, UX Writer não implica em ter que escrever tudo. Sua responsabilidade será de editar, revisar e validar o que os outros profissionais escreveram com base no guia. 

Assim, sua função poderá ser quase que consultiva antes de alguma solução começar a ser projetada. Logo, em uma reunião de alinhamento antes da produção, você irá entender o contexto, necessidades e oportunidades para ser capaz de recomendar o design da informação, determinar a hierarquia de informações, palavras-chave, entre outros.

Aliás, em uma palestra, o especialista brasileiro em UX Writing, Bruno Rodrigues diz: “UX Writing é muito mais UX do que Writing”. Ou seja, é muito diferente de redação criativa, pois é uma escolha de palavras e expressões baseada em dados para serem incluídas em produtos digitais. 

Então, é uma profissão bastante dinâmica e colaborativa e que, segundo Bruno, estará sempre em constante mudança. Pois, as pessoas mudam com o tempo e o user experience tem que se adaptar a isso.

O Processo de UX Writing: As etapas de um projeto real de UX.

Como já comentamos, o UX Writer não se resume a escrever frases legais para mensagem de erro. Em realidade, você estará muito mais ligado ao desenvolvimento e design de produtos. Ou seja, tendo influência na criação da interface.

Yuval Keshtcher exemplifica isso muito bem ao mostrar que os UX Writers transformam uma mensagem como essa:

Exemplo de erro de mensagem no Windows.

Em algo mais agradável e mais útil para o usuário. Como exemplo, Yuval cita a Dropbox:

Exemplo de erro de mensagem na Dropbox, mostrando o impacto do UX Writing.

Dessa forma, um projeto de UX Writing tem várias etapas até chegar nesse estágio de escrever as frases.

Antes de mais nada, precisamos conversar sobre o Design Thinking, pois é uma abordagem essencial para criar a melhor experiência para o público. Então, antes de iniciar o projeto, nossa mentalidade e forma de trabalho precisam ter o usuário como ponto focal; tudo gira em torno dele.

Design Thinking: empatia para melhores soluções

A abordagem do Design Thinking se fundamenta na empatia com as pessoas em geral, não apenas os clientes.

Para isso, a gente se coloca no lugar das pessoas para entender seus desafios e buscar soluções para elas. Isso é um ponto fundamental para o UX Writing, afinal o nosso desafio é como comunicar com clareza, que seja útil e oriente o usuário. 

Nesse sentido, é pensar em questões do tipo: “como o usuário chegou até aqui?”, “o que ele está sentindo?”, “como queremos que ele se sinta?”, “que ações queremos que esse usuário tome?”

Portanto, precisamos deixar de lado nossos preconceitos e se colocar no lugar das pessoas para escrever a mensagem.

Assim, iremos nos apoiar em 3 pilares:

  • Cliente no centro do projeto;
  • Criatividade;
  • Razão para validar a solução.

O Design Thinking não é uma ferramenta ou metodologia que segue etapas bem definidas. Na realidade, funciona como uma nova forma de enxergar o desenvolvimento de projetos centrados no usuário.

Para tanto, é combinado a sensibilidade das necessidades dos usuários com a criatividade. Assim, chega-se em melhores escolhas de expressões e palavras para serem usadas nas interfaces. 

São diversas ferramentas do Design Thinking que pode ser utilizado para alcançar esse objetivo. Por exemplo: mapas mentais, storyboard, brainstorming, pesquisas, cartões de sugestões… Enfim, há uma infinidade de ferramentas. 

Etapas do Design Thinking:

  1. Se colocar no lugar do cliente: entendendo suas preferências, necessidades, desafios, etc;
  2. Limitar e definir: não dá para resolver um problema se não sabemos o que ele é. Então, deve se limitar e definir exatamente o que será resolvido primeiro;
  3. Brainstorm: hora de usar post-it na lousa até o financeiro reclamar dos gastos! É deixar as ideias fluírem sem medo;
  4. Protótipo: ao observar as ideias, algumas poderão virar protótipos para que possam ser validados;
  5. Teste: colocar o protótipo na linha de fogo e ver os resultados. Pode ser feito testes com várias soluções para ver qual traz o melhor benefício;
  6. Repetir ou progredir: com os resultados dos testes voltamos ao brainstorm ou progredimos para o desenvolvimento da solução final.

Lembrando que esse “passo a passo” não precisa ser seguido de forma linear. Você poderá muito bem começar direto no brainstorm e ir pro teste.

Essa mentalidade de foco na experiência do usuário e design thinking são essenciais para um UX Writer.

Etapas de um projeto de UX Writing

Falando propriamente dos projetos de UX, temos diversas abordagens. Mas, pegando como base o livro Strategic Writing for UX e o artigo da Nguyen Anh Linh Giang, podemos ter uma ideia geral:

Etapas de um projeto de UX Writing.

Adaptado de Nguyen Anh Linh Giang 

1. Tabela de Voz

Nessa primeira etapa, estaremos definindo a comunicação geral. Tomaremos como base os princípios que queremos comunicar ao usuário. Tendo esses princípios, será possível estabelecer para cada um:

  • Conceitos a serem trabalhados;
  • Vocabulário;
  • Verbosidade;
  • Gramática;
  • Pontuação;
  • Capitalização.

Isso serve para definir qual a melhor forma de escrever algo. Por exemplo, para cada princípio definir se é melhor usar “algum último desejo antes de finalizar?”, “mais alguma coisa?” ou “quer algo a mais?”

2. Espectro de tom

Sua mãe quando fala contigo quando quer algo, está brava ou contando algo possui um tom diferente, não é? Porém, em todos os momentos você reconhece que é a voz da sua mãe.

O mesmo funciona para a empresa. Em cada momento da jornada do cliente o tom irá se alterando. Por exemplo, o tom que se utiliza no treinamento é diferente do utilizado no momento de configuração e pagamento.

3. Modelagem e mapeamento do conteúdo

É o momento de definir padrões para que o conteúdo seja alinhado aos passos anteriores durante todo o projeto. É assim que os designers e desenvolvedores irão trabalhar em conjunto com os redatores. 

Por isso, é necessário a colaboração entre os envolvidos para criar a modelagem do conteúdo da melhor forma.

4. Rascunho, revisão e publicação

Etapa de efetivamente desenvolver o conteúdo. Como UX Writer você estará sempre se comunicando com os demais membros da equipe.

5. Testar e acompanhar

UX tem muito teste e avaliação de resultados para conseguir chegar na solução ideal. Por isso, poderá ser analisado os dados coletados, entrevistas e avaliações heurísticas.

Disso, podemos acabar voltando para a fase de tom para refazer todo o projeto até acertar.

Mercado de Trabalho: Precisa-se de UX Writers.

As profissões da nova economia estão com muitas vagas em aberto, porém há pouquíssimos profissionais para preenchê-las.

Os clientes estão cada vez mais exigentes com aquilo que eles consomem. E as empresas entenderam isso, ao passo que grandes empresas e até mesmo órgãos governamentais estão investindo em user experience.

Segundo uma pesquisa do LinkedIn, em 2020 o UX foi uma das habilidades que as empresas mais necessitam.

Lista de 10 Hard Skills necessitadas na empresas. O UX Design está em quinto lugar.

Para a autora do artigo, Deanna Pate, as pessoas estão cada vez com menos paciência para produtos que não são intuitivos. Então, as empresas necessitam cada vez mais de profissionais para criar produtos e experiências centradas nas pessoas.

Aliás, o UX Writing tem um futuro muito promissor. Cada vez mais estamos envolvidos no meio digital, até para comprar a feira da semana usamos o celular. Para que isso seja algo fluido e intuitivo para as pessoas, é necessário de bons UX Writers.

Ademais, segundo o estudo da NNGroup, até 2050 podemos ver 100 milhões de profissionais na área de UX.

Gráfico de estimativa e projeção da quantidade de profissionais de UX até 2050.

Só para termos uma ideia do crescimento, entre 1983 e 2017 o número de profissionais de UX cresceu 1000x, sendo esperado que o crescimento de 2017 até 2050 seja de 100x.

Ou seja, é um mercado que tem muito espaço para crescer e está sendo cada vez mais necessário para as empresas se manterem competitivas.

Esse é um ótimo momento para ser um UX Writer no Brasil

Ainda é um mercado pequeno no Brasil, mas que está ganhando tração ano após ano. Claro que no momento muitas empresas estão focando nos UX Designers, já que o UX Writing, segundo Bruno Rodrigues na UX Conf de 2019, tem apenas 4 anos de existência. Ou seja, é bem recente.

Porém, como ambas áreas estão intimamente ligadas, podemos ver que a escrita da experiência do usuário tem um potencial enorme. E isso já está acontecendo com o aumento de profissionais de UX, como demonstrou o estudo do NN/g.

Aqui na Aldeia conversamos com os recrutadores (confira as entrevistas em nosso canal do Youtube!) e ouvimos que há mais vaga do que candidatos.

Cá entre nós, é um ótimo momento para entrar nesse mercado e se destacar. Um mar de oportunidades e pouca gente aproveitando…

Não acredita? Veja nossa página de vagas aqui da Aldeia. Temos diversas vagas em aberto para UX Writer em empresas como C6 Bank e QuintoAndar.

Salários de UX Writing: Quanto ganha um UX Writer em 2021.

Com certeza você deve estar curioso para saber quanto um profissional de UX Writing ganha, não é?

Segundo a Glassdoor, a média salarial é de R$ 4.120,00. Mas, isso é um valor pago para quem tiver entre um a dois anos de experiência.

Os sêniores (passando aí de 8 anos de caminhada) reportaram um salário que passa dos R$ 9.000,00! Nada mal.

Salários UX Writing.

Ilustração por Stories Freepik

É importante notar que por ser uma profissão nova, não há tantos dados sobre a média salarial. Mas, comparando com os salários de outros profissionais de UX vemos que o salário médio fica por volta dos R$ 4.000 a R$ 4.800, chegando aos quase R$ 10 mil conforme sua experiência.

Principais profissionais que se tornaram um UX Writer.

Importante notar que a redação de conteúdo digital ajuda a empresa a atrair e engajar clientes e potenciais clientes, ao passo que UX Writing está focado em ajudar o cliente.

Podemos ver muitos profissionais de diversas áreas indo para o UX Writing. Como a Tatiana Grapsas que saiu da Publicidade para UX Writing no Mercado Livre. Outras áreas anteriores dos profissionais são:

  • Jornalistas, como a Marcela Alves que agora é Content Designer no iFood;
  • Redatores de conteúdo web;
  • Revisores;
  • Social Media, como a Rafa que comentamos aqui;
  • Editores entre vários outros.

Percebemos que todas essas profissões possuem uma paixão pela comunicação de alguma forma.

Assim, se você está em uma área e está pensando em dar uma reviravolta na carreira, UX Writing é um oceano a ser desbravado.

Como dito anteriormente, há muito mais vagas do que candidatos. É um mercado novo no Brasil. Então, tendo dedicação e vontade de aprender, a transição é possível!

Se você já for um profissional como os citados acima, conseguir a recolocação será mais simples. Haja visto que você já possui um ótimo conhecimento de comunicação e um curso como da Aldeia sobre o UX Writing fará os olhos dos recrutadores brilharem.

Como ser um UX Writer

Como começar no UX Writing.
Ilustração por Stories Freepik

Para ser um UX Writer o caminho é o conhecimento e prática. Comunicação é assim: você estuda, testa e aprende com os resultados.

“Mas, como que eu vou ter prática se não conseguirei as vagas?!”

Realmente as vagas comumente pedem experiência prévia. Contudo, isso não significa que só vale um emprego de carteira assinada.

Por isso, vai ai umas dicas para você começar:

1. Crie Cases de UX Writing sozinho

Elaborar estudos e cases são uma ótima forma de você colocar seu conhecimento em prática e aprimorar-se.

Isso é essencial, como a Rafa Marchetti nos conta sobre como conseguir uma vaga sem experiência.

Os estudos pode ser pegar um aplicativo que sua família e amigos usam e fazer uma pesquisa sobre suas experiências. Ver o que funciona e o que não funciona, buscando elaborar soluções diferentes.

Assim, demonstre os pontos fracos e fortes que você encontrou. Mostre como seria sua mensagem de erro ou de call-to-action, por exemplo.

Logo, você poderá publicar esse seu exercício em comunidades e ter feedback de outras pessoas. Dessa forma, você faz networking e de quebra consegue ter um material de portfólio que demonstra para os recrutadores sua capacidade de resolver problemas.

2. Vá além dos das pesquisas de UX Writing

A internet é um poço sem fundo de conhecimento. Você consegue estudar qualquer coisa. Portanto, não tem desculpas.

Arregace as mangas e mergulhe nas informações. Vá além da escrita, entenda sobre design, psicologia, marketing, economia comportamental entre outros assuntos.

Por exemplo, há um vídeo do Nerdologia incrível sobre a linguagem alienígena no filme A Chegada. Perpassando por diversos aspectos de como nos comunicamos, podemos aplicar conceitos de neurociência e psicologia nos projetos de UX Writing.

Assim como será importante entender sobre análise de dados. Afinal, essa profissão não é tão ligada na escrita criativa. De fato, o UX Writer irá se apoiar muito em pesquisas e dados coletados para conseguir escolher as melhores palavras e expressões.

Nesse aspecto, John Saito, designer na Dropbox, tem um artigo incrível de como o uso de dados ajuda UX Writers tomar as melhores escolhas. Um exemplo que ele deu foi como usar “sign your signature” na primeira versão da função no Dropbox fazia nenhum sentido, pois a expressão raramente era usada. 

Ao passo que ao comparar com “sign your name” viu que esse termo era muito mais comum. Assim, não foi difícil de convencer o time a mudar a expressão na funcionalidade de assinaturas do Dropbox.

Enfim, tudo isso irá agregar na sua bagagem que permitirá fazer projetos de UX Writing cada vez melhores.

3. Faça networking com outros UX Writers

Repetindo: UX Writing é uma área nova. E o conhecimento é gerado de forma colaborativa. Por isso, esteja engajado nas comunidades e acompanhe referências no LinkedIn, por exemplo.

Dessa forma, você estará sempre dentro das novidades, consegue aprimorar suas habilidades e criar contatos que poderão te ajudar a entrar no mercado.

Claro, não pode se esquecer de ter um bom currículo com boa apresentação para se candidatar nas vagas.

Como aprender UX Writing

Aprenda UX Writing.
Ilustração por Stories Freepik

O estudo nessa área é bastante dinâmica. Nesse sentido, temos cursos, livros, artigos, podcasts, lives… Enfim, é informação que não acaba mais.

Nesse sentido, é importante conhecer sobre como criar um guia de escrita e o UX Writing Workflow. Essas são duas ferramentas essenciais para saber antes de começar um projeto de UX Writing.

Também é importante conhecer sobre:

  • Análise de dados;
  • Design;
  • User Interface (UI);
  • SEO;
  • Personas;
  • Copywriting.

Mas, não se limite a apenas esse conteúdo específico da área. Sempre esteja lendo e interagindo com as pessoas para agregar ainda mais informações.

“Tudo que você aprende você consegue agregar para trabalhar como UX Writer, pode ser algo de psicologia, linguística, design ou mesmo algo que você ache que tem nada a ver, mas no final faz todo sentido. Afinal, estamos lidando com pessoas e comunicação”. — Rafa Marchetti, UX Writer iFood.

E como a Rafa diz, estamos lidando com pessoas e comunicação que não depende apenas de regras gramaticais. Por isso, assuntos como psicologia, marketing e negócios também devem fazer parte do seu repertório.

Assim como outro tópico importante na sua lista de estudos é as ferramentas utilizadas pelas empresas. 

Cursos para UX Writers

Cursos são essenciais para dar aquele primeiro passo na sua nova carreira.

Portanto, um UX Writer precisa estudar sobre:

  • Concisão na escrita: comunique-se com o mínimo de palavras;
  • Habilidades de edição de texto;
  • Microcopy;
  • Copywriting;
  • UX Design;
  • Criação de textos para diferentes formatos (sms, notificações, CTAs);
  • Escrevendo diálogos na plataforma;
  • Entendendo a Jornada do Usuários;
  • Guias de Estilo, Voz e Tom;
  • As principais ferramentas para ser mais produtivo e trabalhar de forma colaborativa;
  • Análise de dados;
  • Métodos de pesquisa;
  • Boas práticas para testar e avaliações heurísticas;
  • Montar e entender a persona, entre outros.

Enfim, vemos que o UX Writer precisa ter conhecimento sobre diversas áreas.

Procurar todas essas informações em livros e artigos pela internet vai ser um trabalho enorme. Por isso, nós aqui da Aldeia juntamos os profissionais mais fodas do mercado para criarmos os melhores cursos.

Aqui você encontra curso de:

Nossos cursos da Academy Online são formulados para ser algo direto e reto, sem enrolação e bastante mão na massa.

O conteúdo é todo planejado para que você termine ele tendo todos os conhecimentos necessários para você começar sua carreira do jeito certo.

Ademais, temos os Skillbombs que são cursos grátis 100% online e ao vivo com super-profissionais. Para saber quando será a próxima SkillBomb, siga-nos no Instagram e inscreva-se na newsletter para não perder a oportunidade de melhorar suas skills para a nova economia.

O curso não é o fim, mas o começo da sua jornada no UX Writing. Por isso, é essencial que você vá fundo em outras fontes de informações. Leia livros, participe de comunidades e acompanhe referências da área.

Para te ajudar, vamos te dar umas dicas, vamos lá!

Livros para UX Writing

Livros para Aprender UX Writing.
Ilustração por Stories Freepik

Existem diversos livros de UX Writing e user experience no geral. Contudo, muitos deles ainda não foram traduzidos.

Então, ter inglês nessas horas vai ser importante para você conseguir avançar rapidamente na carreira e trabalhar nas grandes empresas.

Microcopy: the complete guide — Kinneret Yifrah

Podemos considerar esse livro da Kinneret Yifrah como essencial para todo UX Writer. A autora é referência mundial quando se trata de microtextos e UX Writing. Porém, ainda não tem tradução para o português.

É um livro bastante didático, cheio de exemplos e dicas úteis para o dia a dia. Para adquirir esse livro você pode comprar na Amazon (se tiver estoque) ou no site da própria autora.

Strategic Writing for UX — Torrey Podmajerksy

Esse já é um livro disponível em português sob o título “Redação Estratégica para UX Writing”.

Durante esse texto você deve ter percebido eu tendo citado essa obra algumas vezes. De fato, é um dos principais livros para quem quer atuar nessa área.

Torrey trouxe bastante exemplos e imagens para melhor entender os conteúdos, além de ótimos insights aplicáveis na prática.

Em busca de Boas Práticas de UX Writing — Bruno Rodrigues

Não seria possível deixar de fora dessa lista essa obra. O melhor: é selo made in Brazil!

Isso mesmo, o livro “Em busca de Boas Práticas de UX Writing” foi escrito por Bruno Rodrigues, uma das maiores referências de UX Writing no Brasil.

Aliás, foi o primeiro livro em língua portuguesa nessa área. Dessa forma, é um bom livro para quem está começando a estudar UX Writing e quer ter uma noção geral.

Conversational Design — Erika Hall

Livro para se aprofundar na interface humana de modo a entender como as conversas são um ótimo modelo para produtos centrados no usuário. Mas, não possui versão traduzida.

Assim, Erika Hall em Conversational Design busca discutir sobre como deixar os sistemas digitais mais intuitivos e humanizados. Nesse livro você entenderá sobre a interface humana, como usar o poder da personalidade e interações que conversem com usuário.

Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias — Tim Brown

Por fim, temos o livro de Tim Brown sobre o Design Thinking que discutimos anteriormente. Com essa obra você poderá entenderá melhor sobre os motivos de adotar essa abordagem.

Nesse sentido, ficará mais claro como esse processo colaborativo que combina sensibilidade com criatividade ajuda resolver problemas.

Portanto, esse é um ótimo livro introdutório ao Design Thinking para você iniciar sua jornada. 

Perfis de UX Writers famosos que você deve seguir

Bruno Rodrigues: um dos principais nomes do UX Writing, sendo o autor do livro que recomendamos no tópico anterior: Em busca de Boas Práticas de UX Writing. Também é autor de “UX Writing: Principios y Estrategias” (publicado na Espanha).

Aliás, para se ter uma ideia, o Bruno já prestou consultoria até mesmo para a Presidência da República.

Cristina Luckner: de jornalista para Content Strategist & UX Writer da Nubank. Cristina também é fundadora da comunidade UX Writers Brasil.

Analu Lima: UX Writer da Zup Innovation e com passagem pela PagSeguro, sendo especialista em tornar a vida dos usuários algo simples, prático e prazeroso.

Marcela Alves: formada em jornalismo, ela é Content Designer do iFood. Com 4 anos no mercado de UX criando conteúdos e pesquisas com usuários.

Roberta Cadenas: UX Writer da Creditas liderando, definindo e conduzindo todo o processo de design para interfaces conversacionais.

Rafaela Marchetti: também é UX Writer no iFood, sendo responsável pelos textos que nós vemos no aplicativo. Aliás, temos uma entrevista super legal que fizemos com a Rafa que você pode conferir na íntegra no Youtube.

Mariane Lorente: com 20 anos de experiência em estratégias de comunicação e conteúdo, hoje é gerente de Content Design na Loggi.

Yuval Keshtcher: agora como referência internacional, e já citado nesse artigo, Yuval é fundador da UX Writing Hub e em seu blog no Medium tem diversos textos ótimos na área de UX Writing.

UX Collective: aliás, seguindo na recomendação internacional, o blog UX Collective é um dos principais lugares que você pode encontrar grandes nomes do mundo de UX Writing publicando conteúdos super valiosos de graça.

Eventos para UX Writers: não perca esses

Eventos para UX Writers.
Ilustração Freepik.

UX Writing Day: evento presencial que acontecerá em São Paulo em abril de 2021. Contará com nomes de peso como da Cris Luckner, Bruno Rodrigues, Mariane Lorente e muitos outros.

UX Conf BR: uma das principais conferências do mundo UX aqui no Brasil. A próxima edição será em setembro de 2021 em Porto Alegre.

UX Writer Conference: em fevereiro de 2021 terá a conferência de UX Writer. Será um evento internacional online. Porém, será um evento pago, custando US$150,00 para quem comprar o lote até 23 de dezembro de 2020.

Comunidades e grupos de UX Writers: quais as principais?

É importante também se conectar com os profissionais na área para aprender com eles, ter insights e fazer aquele networking. Veja alguns das principais comunidades de UX Writing:

Microcopy & UX Writing Brazil no Facebook: grupo originado pela primeira turma do curso ministrado pelo Bruno Rodrigues.

Microcopy & UX writing no Facebook: grupo internacional sobre UX Writing.

UX Writing Brasil no LinkedIn: grupo do LinkedIn para trocas de experiências entre profissionais da área.

Microcopy & UX Writing no LinkedIn: grupo também do LinkedIn, mas em inglês;

Content Strategy: grupo em inglês no LinkedIn focado na publicação multicanal. Possui mais de 40 mil integrantes interagindo sobre microconteúdo, UX, técnicas, marketing, aprendizado e muito mais.

Enfim, animado para começar sua carreira em UX Writer? Então não perca tempo! Aqui na Aldeia temos um curso que tá com promoção por tempo limitado no bootcamp de UX Writing online.

São 14 horas de conteúdos intensivos e direto ao ponto, ministrados pelos melhores profissionais da área.

UX Design | Guia para entender o mercado de UX e ser um UX Designer

Você que está sempre atento às novidades deste novo mercado, já deve ter visto por aí, em artigos e em plataformas de vagas de emprego, os nomes UX Design, UX Writer, profissional de UX, certo?

Trata-se de uma profissão que tem crescido exponencialmente nos últimos anos, devido sua alta relevância. Além de essencial, a profissão de UX também é incrivelmente interessante e pode ser seu próximo passo nesse mercado da transformação digital! 

Por isso, a seguir, vamos entender um pouco melhor sobre:

Vem com a gente entender melhor todo esse universo de experiência do usuário!

O que é UX Design?

Seja um UX Designer

UX é a abreviação do termo em inglês “User Experience”, que significa Experiência do Usuário. E é exatamente nisso que o UX Designer ou o UX Writer foca: em adaptar a interface e a linguagem dos produtos e serviços para garantir uma experiência fluída e intuitiva aos usuários. 

Sabemos que, cada vez mais, as pessoas estão utilizando produtos e serviços digitais, não é mesmo? Essa migração está muito acelerada! Por isso, o profissional de UX é importante no mercado e tem sido procurado por empresas.

Tanto por empresas com mais tempo no mercado, que querem adaptar ou criar seus produtos e serviços, quanto por empresas que já querem nascer inovadoras e digitais.

As pessoas, atualmente, não buscam mais apenas TER coisas, mas EXPERIENCIAR coisas, ter vivências memoráveis por meio dos produtos e serviços nos quais elas investem.

E para ser marcante, se destacar em meio a tantos concorrentes, as empresas buscam os profissionais que cuidam dessa experiência da maneira mais inteligente possível: os profissionais de UX. 

Qual a diferença entre UI e UX?

Para se tornar um UX Designer, é importante conhecer as principais diferenças entre as áreas de UI e UX. Apesar de serem bem parecidas, cada uma tem as suas particularidades. Veja a seguir:

  • Design UX: profissional que tem como foco melhorar a experiência do usuário em um site ou blog. Um dos seus principais desafios é fazer com que o internauta permaneça bastante tempo no portal, interagindo com as páginas e com o conteúdo;
  • Design UI: é o profissional que está preocupado com a aparência do site. O foco é que o portal fique com um visual mais bonito e moderno.

O papel dessas áreas é bastante diferente. Elas se complementam, para construir uma linda interface com uma boa experiência para o usuário.

Como se tornar um UX Designer?

Agora que você já sabe o que é um User Experience Designer, vamos conhecer quais são os caminhos mais adequados para se tornar um profissional da área.

Requisitos

O conhecimento em ferramentas de design é essencial para um UX Designer. Você deve ter contato com algumas ferramentas, entre as quais: Illustrator, Photoshop e InDesign. 

Existem ainda outras ferramentas que são importantes para aperfeiçoar as habilidades do profissional. Dentre as mais comuns, encontra-se: Axure, Invision, Marvel, MidNode, OmniGraffle, Sketch, Fluid, LucidChart.

Você ganha pontos se entender melhor sobre criação de wireframe, material design, Flat Design para a prototipação, entre outras atividades.

Características Pessoais

Para ter sucesso nessa área, é fundamental adquirir algumas habilidades.

A primeira delas é um olhar mais crítico para a interação do usuário. Ao entrar em um site, por exemplo, você deve avaliar quais são os gargalos do portal. Além de pensar no que é possível fazer para resolver esses problemas. 

A habilidade de comunicação é outro fator muito importante. Afinal, você precisa apresentar soluções para resolver problemas. O livro “Como fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, é uma ótima dica para aprimorar essa habilidade. É um dos livros de autoajuda mais vendidos dos últimos tempos. 

Além disso, um estudo produzido pela Invision (2019 Product Design Hiring Report) mostrou as habilidades mais importantes para o profissional. A lista ainda tem: habilidades de design visual, empatia e mentalidade estratégica. Confira:

Quais são as principais atividades do profissional de UX?

Imagina que incrível pensar e transformar toda a jornada de experiência do usuário de um produto ou serviço? Essa é a atividade central de um UX Designer e de um UX Writer.

O UX Designer desenvolve e aprimora a interface. Já o UX Writer, investiga e refina todo o texto que se comunica com o usuário e que direciona suas ações. 

É importante ressaltarmos aqui que a experiência do usuário está presente o tempo todo no dia a dia. Isso não acontece apenas em aplicativos e sites, mas também em espaços físicos, e por pessoas prestadoras de algum serviço. 

Por isso, as atividades dos profissionais de UX seguem uma linha de investigação, pesquisa e teste.

Confira o passo a passo:

  • entendimento do objetivo do projeto;
  • entendimento do impacto do projeto no negócio;
  • testes do produto ou serviço antigo;
  • entendimento dos perfis de usuários;
  • definição de personas;
  • mapeamento das jornas as is e to be;
  • pesquisas, entrevistas e discussões com os usuários;
  • benchmark;
  • prototipagem da nova solução;
  • mensuração, testes de usabilidade.

Segue abaixo o detalhamento destas atividades:

Guia completo das atividades do UX Design

Incrível como o UX Design é uma mescla de atividades humanas com atividades exatas, não é? Por que é realmente desta forma que as pessoas constroem experiências no dia a dia. 

Como funcionam as atividades do UX?

Seja um profissional de UX Design

Exemplos destas atividades voltadas às humanas são o entendimento de cenários e perfis e as entrevistas com os próprios usuários. Já as atividades exatas, se dão a partir da obtenção de números e indicadores que devem ser analisados e contextualizados dentro das novas experiências a serem criadas.

Após a pesquisa, definição de personas e jornadas e benchmark, inicia-se a prototipação – que é o resultado do mapeamento realizado anteriormente.

A partir do protótipo, testes são feitos com os usuários. Assim, os UXs (como também são chamados esses profissionais) investigam as reações dos usuários diante a nova forma de interação.

E o trabalho dessa galera nunca termina! A partir do momento em que o protótipo é aprovado e desenvolvido, acontece o lançamento do novo produto ou serviço. Então, inicia-se a fase de mensuração de resultados. 

Com o produto ou serviço na rua, sendo utilizado e experienciado por seus usuários, os UXs passam a coletar feedbacks e aprimorar o trabalho já realizado. Melhorias são propostas, testadas e implementadas. Acompanhando, dessa forma, o comportamento dos usuários – e garantindo o sucesso do cliente.

Cursos de UX Design

Grande parte dos UX Designer tem o perfil de autodidata. No entanto, os cursos são ótimas oportunidades para conhecer as estratégias de profissionais da área.

Dentre estes, o curso mais indicado para quem deseja iniciar carreira em UX Design é o Bootcamp online de UX Design da Aldeia. Ele serve como uma porta de entrada para o mundo do Design de Experiência do Usuário.

Esse curso oferece o conteúdo por meio de uma nova metodologia: assim, o aluno aprende diretamente com os profissionais que atuam no mercado.

Além das ferramentas práticas, materiais de suporte para download e professores especialistas, você tem a oportunidade de aprender o conteúdo com exemplos práticos e que podem ser aplicados no dia a dia. 

Foi-se o tempo em que os cursos de UX Design eram desenvolvidos com conteúdos sobre a história da área ou com materiais densos. Agora, o curso é mais dinâmico. 

Exemplo: no módulo 5, você aprende como uma empresa pode medir o sucesso de um produto digital. Nele, o estudante descobre como funciona e como mensurar a usabilidade. Ele ainda seleciona hipóteses e aprende como encontrar uma solução. 

Outro ponto positivo é que você pode participar de lives exclusivas para os alunos, com conteúdos adicionais sobre o tema.

Livros para UX Design

Alguns livros são considerados muito importantes para os profissionais de UX. Os mais conhecidos são: O Design do dia-a-dia (Donald A. Norman) e O Guia para projetar UX (Russ Unger e Carolyn Chandler). 

A obra “Não me faça pensar”, de Steve Krug, é um dos livros mais indicados por profissionais da área. Ele aborda vários pontos sobre usabilidade, e a leitura é bastante prática. 

Canais no Youtube sobre UX Design

Segue uma lista atualizada com ótimos canais para você assinar.

Blogs de UX Design

Também separamos alguns blogs que são atualizados com frequência para que você inclua em sua rotina. 

O blog da Aldeia também é uma ótima fonte de referência para os profissionais que pretendem ingressar no mercado. 

Ele aborda conteúdos importantes que impactam no sucesso de um site e influenciam no conhecimento do profissional.

Além desses blogs, confira alguns artigos que são leituras obrigatórias para quem pretende entrar nesse mercado:

O que é teste A/B: guia completo para fazer um no seu site

O que são call-to-action (CTA) e como melhorar a conversão

O passo a passo para construir um site de resultados

Podcasts sobre UX Design

Se você tem mais habilidade para aprender ouvindo, os podcasts sobre UX pode ser uma ótima alternativa. 

Como é o mercado de UX?

O mercado para o profissional de UX vem crescendo exponencialmente e permanece aquecido. Segundo uma pesquisa da NN/g (Nielsen Norman Group), existe a tendência de que o crescimento continue acentuado até pelo menos 2050. Confira no gráfico abaixo. 

Mercado de trabalho do UX Designer

Como mencionados acima, este crescimento é uma realidade devido a alta demanda de projetos de empresas de absolutamente todos os setores do mercado.

As expertises de um profissional de UX são, basicamente:

  • ter empatia e sensibilidade para interações com os usuários; 
  • ter habilidade de comunicação e persuasão;
  • desenvolver boas ideias;
  • gostar de resolver problemas de forma criativa e eficaz;
  • ser antenado nas tendências do mercado como um todo; 
  • dominar técnicas e tecnologias da área.

Entrando em um patamar mais técnico, segue abaixo um gráfico com as disciplinas que compõem o UX e quais os níveis desejáveis para cada uma delas:

Habilidades necessárias para se tornar um excelente profissional de UX

A Arquitetura da Informação é a arte de decidir. Para isso, é preciso saber estruturar as partes de um sistema, tornando-o compreensível e agradável aos seus usuários. Interessante como ela é relevante para a atuação do profissional de UX, não é mesmo? Pensar a experiência perfeita é realmente montar um quebra-cabeça complexo!

As vagas de UX

Dentro das plataformas busca por novos empregos, as vagas de UX estão com tudo! Só no LinkedIn, são postadas mais de 250 vagas mensalmente.

Além disso, nós da Aldeia temos uma plataforma de vagas exclusivas: o SPTF (Seu Próximo Trabalho Foda). Lá, você encontra diversas vagas de UX Design nas empresas mais quentes da nova economia!

A área de Digital Design se divide nos seguintes cargos:

  • UX Designer;
  • UI Designer;
  • Product Designer;
  • Interaction Designer;
  • Service Designer.

Todas majoritariamente focadas em arquitetura da informação, design de interação, usabilidade, prototipação e design visual. 

As principais empresas para um profissional de UX trabalhar

Dentro desse novo mercado, basicamente todas as empresas precisam de um profissional de UX para de reinventar. 

Porém, existem as famosas consultorias – aquelas especializadas em projetos – as quais contratam muitos UXs e oferecem as melhores condições de trabalho. 

São alguns exemplos:

  • Accenture
  • MJV
  • Capgemini
  • TCS
  • Wipro
  • IBM
  • Genpact

De maneira geral, essas empresas são consultorias de gestão, tecnologia da informação e outsourcing. E possuem times multidisciplinares com UXs, engenheiros, arquitetos, antropólogos, cientistas de dados, desenvolvedores, comunicadores etc.

Quanta ganha um profissional de UX 

Em relação ao salário, um profissional de UX pode começar ganhando em torno de R$ 2.000 e pode chegar a até R$ 8.000!

Lembrando que quanto mais gabaritado for o profissional, mais procurado ele será e melhor a sua remuneração!

Por que o mercado de UX precisa de você!

Se você já é designer – ou atua em outra área – mas possui as habilidades de um profissional de UX: o mercado precisa de você!

O mercado vem se transformando de maneira rápida, e as pessoas estão nesse mesmo ritmo de crescimento. E para dar conta da alta demanda que essa grande mudança gera, as empresas precisam, mais do que nunca, de pessoas realizadoras, destravas e criativas.

Se você faz parte dessa galera que está revolucionando os lugares por onde passa e quer se tornar um profissional de UX, indicamos dois dos nossos cursos:

O Curso online de UX Design para os que têm uma veia forte de designer e o Curso online de UX Writing para quem quer pensar o texto em sua função de comunicação mais pura.

Vamos nessa, estamos ansiosos para iniciarmos nessa carreira com você!

Guia fundamental da área de Sucesso do Cliente

Nós entrevistamos a Erika Tabacniks – Head de CS do LinkedIn América Latina – para descobrir seu ponto de vista sobre Customer Success.

Nesse post, reunimos as principais dúvidas que você pode ter sobre a área de Sucesso do Cliente!

Para conferir a entrevista completa, clique aqui.

Qual a diferença entre Customer Success e Atendimento ao Cliente?

Atendimento ao Cliente (suporte): o famoso SAC 0800

Esta forma de atendimento é super reativa. O profissional somente responde à algum problema ou solicitação do cliente. Não há esforços para evitar situações ou criar diferentes resultados. 

Customer Success: planejamento e estratégia pró-ativa

O profissional de sucesso do cliente pensa antes do problema acontecer. Ele trabalha para oferecer táticas que aumentem as chances do cliente alcançar seu objetivo.

Quais são as habilidades necessárias para fazer CS?

As habilidades comportamentais (aquelas que nos diferenciam dos robôs) são as mais valorizadas atualmente.

O que gera mais valor para qualquer pessoa – cliente e empregadores – é aquilo que nos torna autênticos como seres humanos: criatividade, flexibilidade, persuasão, adaptabilidade. 

Por isso, é muito mais importante questionar um manual do que simplesmente seguir as instruções.

Assim, quanto mais disso você coloca em seu atendimento, mais valor gera para a solução.

O que eu preciso saber para ser um CS?

A parte mais importante da área de CS é entender O QUE O CLIENTE QUER.

Como fazemos isso?

Muitas vezes (erroneamente) partimos do princípio de que sabemos. Mas a maneira mais simples de descobrir é perguntando.

Por isso, pergunte ao cliente:

  • O que você quer?
  • O que você espera alcançar com essa solução?
  • O que seria o sucesso verdadeiro para você?

Como me diferenciar dos concorrentes?

Para quem está em busca de uma vaga em Customer Success, aqui vão algumas habilidades que você precisa desenvolver: 

Tenha uma resposta rápida frente às mudanças. A área de CS muda muito. Você tem que saber sentir o impacto da mudança e se adaptar aos novos cenários.

Além disso, para todas as demais áreas, é preciso identificar a seguinte intersecção entre 3 fatores:

  1. Ache aquilo que você gosta de fazer
  2. Ache aquilo que você faz bem feito
  3. Ache o que o mundo/empresa precisa

A partir disso, vá estudar. Afinal, o melhor jeito de se destacar é sendo bom. Para te ajudar com isso, temos um curso online de Customer Success.

Como montar um time de Customer Success?

Uma coisa importante é fazer um alinhamento com todas as áreas da empresa.

Existe um mito de que a retenção de clientes é responsabilidade somente da área de Customer Success. Mas isso não é verdade.

A retenção de clientes começa desde a prospecção. Por exemplo: não há nada que se possa fazer se o cliente comprar algo que não precisa/quer. Ele vai dar churn, não vai continuar com a sua solução.

Então, a área de Sucesso do Cliente começa desde o topo do funil. Para criar um time de CS, mantenha isso em mente.

Como gerenciar as expectativas dos clientes?

É muito importante saber dizer não.

E esse não deve ser assim: “eu não posso fazer isso, MAS, existe outra solução para isso”.

Tudo isso tem como objetivo gerenciar as expectativas que o cliente tem, o que é essencial.

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Customer Success: como atingir o sucesso do cliente segundo a Head de CS do Linkedin

Já pensou em conversar com quem ocupa o seu cargo dos sonhos? É isso que o “Pergunte Para” faz: te dá acesso aos profissionais mais inspiradores da nova economia.

Dessa vez, conversamos com a Head de Customer Success do LinkedIn América Latina – a Erika Tabacniks. Ela nos contou sobre sua jornada até essa posição e como é seu dia-a-dia. E claro, trouxe dicas super quentes sobre a área de CS.

Aqui, nós reunimos os cinco principais pontos abordados na conversa. Se você quiser conferir ela na íntegra, assista o vídeo abaixo:

1 Entenda o que o cliente quer

Seu objetivo é fazer o cliente atingir os objetivos dele (o sucesso). Ou seja, que ele consiga alcançar o que mais deseja, graças ao seu produto/serviço.

Mas cada cliente terá uma ideia diferente do que isso significa. Acredite, a melhor solução é simplesmente perguntar ao cliente:

  • O que você quer?
  • Qual resultado você espera alcançar com essa solução?
  • O sucesso verdadeiro seria como para você?

Dessa maneira, será possível traçar uma estratégia para ajudar ele a conquistar seus objetivos. Esse é o seu papel fundamental como profissional de Customer Success!

Também é importante entender de que forma as outras áreas da empresa impactam na jornada do cliente.

Isso é importante para que se construa uma experiência de compra excepcional, acompanhando este cliente em todas as etapas.

Para isso, use uma plataforma de CRM. Registre todos os dados que tiver (inclusive o que é sucesso para ele) e faça o acompanhamento.

E, finalmente, lembre-se de comemorar as conquistas do seu cliente junto com ele – vale mandar um cartão, fazer uma reunião ou até cortar um bolinho. ;D

2 Não confunda Suporte com Customer Success

Suporte: o famoso SAC 0800

Esta forma de atendimento é super reativa. O profissional somente responde à algum problema ou solicitação do cliente. Não há esforços para evitar situações ou criar diferentes resultados.

Customer Success: planejamento e estratégia pró-ativa

O profissional de sucesso do cliente pensa antes do problema acontecer. Ele trabalha para oferecer táticas que aumentem as chances do cliente alcançar seu objetivo. Isso inclui o desenvolvimento de um relacionamento duradouro. O Customer Success age para que o cliente não somente fique feliz com a compra, mas que siga comprando.

3 Saiba gerenciar expectativas

É importante saber gerenciar as expectativas do cliente. Alguns exemplos seriam:

  • Se existe uma solicitação/reclamação, mas não há nada que se possa fazer – saiba dizer não. Mas já ofereça uma outra alternativa possível.
  • Entenda qual a rapidez de resposta que o cliente espera de você. Se você não possui uma resposta imediatamente, não se preocupe. Avise “vou investigar internamente. Só poderei te retornar no dia x”.
  • Observe seu concorrente para entender quais são as principais diferenças ofertadas. Pergunte ao cliente o que ele gostaria que o seu produto oferecesse. Ex: “O que não tem em nosso produto e que você gostaria que tivesse?”.
  • Faça uma revisão de métricas com o cliente. Isso fará um alinhamento entre o que você busca oferecer e o que ele gostaria que você oferecesse.

4 Humanize seu atendimento

Apesar de a área de atendimento estar cada vez mais online, o que fornece maior valor para o cliente é aquilo que nos diferencia dos robôs. Ao humanizar essa relação empresa-cliente, cria-se uma conexão maior. 

Se o cliente está mandando muitas dúvidas por e-mail/mensagem, ligue pra ele. Isso vai resolver a situação mais rápido, demonstra preocupação e ainda oferece uma experiência melhor.

Dessa forma, o atendimento se torna mais individualizado. O foco deixa de ser tão business, e o cliente é visto como uma pessoa.

E atenção: quanto maior o investimento financeiro que o cliente fizer, mais atenção exclusiva e personalizada ele espera.

5 Métricas podem variar

Muitos profissionais de CS respondem à métricas de upsell, taxa de usabilidade ou churn, etc. Essas são maneiras de entender se o cliente está, de fato, alcançando seu sucesso. 

Outra forma de descobrir isso é por meio de pesquisas. Elas podem ser quantitativas (como o NPS) ou mais qualitativas (perguntando a cada cliente sobre sua experiência). 

As métricas devem responder o que é sucesso para o cliente do seu negócio. Por isso, elas podem ser diferentes para cada empresa.

Erika conta que, após a pandemia do COVID-19, o que era considerado sucesso para o cliente do LinkedIn já não fazia mais sentido. Isso fez com que todas as métricas de avaliação de desempenho fossem por água abaixo.

Por isso, é importante estar atento e ouvir. O verdadeiro medidor do sucesso do cliente são os relatos do próprio cliente.

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