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Moda em Curitiba: o que esperar desse mercado?

Curitiba desponta no cenário da moda faz um tempo. Diz-se que é aqui onde as grandes marcas fazem os testes – se as novidades forem aprovadas pelas curitibanas e curitibanos, é certo o sucesso no cenário nacional. A informação pode ser questionada, mas não nos restam dúvidas sobre o crescimento da cidade no mundo fashion.

Com um público aberto ao novo, atento ao slow fashion e cheio de vontade de experimentação, novas marcas surgem e crescem nesse meio. Do high tech ao sustentável, tudo passa por provas e testes antes de chegar às ruas. Desenhar ideias e construir negócios dentro de um mundo novo que está aparecendo.

Afinal, moda é, sobretudo, sobre mudanças. É preciso acompanhar as macrotendências, tudo que acontece e o peso disso no que se veste. Afinal,  as pessoas não compram só uma roupa, vai bem além disso. Portanto, o que é preciso estar atento ao olhar para o cenário de moda em Curitiba?

Curitiba também desfila

Aos trancos e barrancos, marcas encontram espaço e tentam fazer história na capital paranaense. Os incentivos, ainda escassos, pipocam aqui e aquicolá, mas demoram para respingar em todo mundo. O local para compra de material hoje fica longe do centro, em lugares espalhados, e nem sempre oferece materiais para todas as demandas.

Com uma jornada de consumo muito mais focada em benefícios, conclusão do levantamento Fashion Trends, do Google, os consumidores sentem falta de um relacionamento com a marca, então optam por varejistas com preços mais acessíveis.

Mas é exatamente nesse ponto que estão tocando as novas marcas. Além do relacionamento, estão pensando em novos modelos de negócios para combater todo esse embate ético que a moda enfrenta, uma crise na produção e que o consumidor precisa refletir.

É o que nos diz Ariane Santos, criadora da Badu Desing. Para ela, “os consumidores buscam mais que um produto, estão optando por marcas que conhecem toda sua cadeia produtiva e que estão atentas ao propósito das marcas. Isso abre  espaço para as marcas de reposicionarem e se reinventarem”.

Para alcançar isso, existe um amparo entre quem está fazendo. A Projeto Zero Um, por exemplo, alimenta o compartilhamento, de costureira a tecidos, além de compras coletivas, que criam uma rede de ajuda e apoio. “Por incrível que pareça, compartilhar não é tão comum assim e isso gera muita coisa boa”, colocou Vanessa Gabardo, fundadora da Projeto Zero Um, junto com a Patrícia Hirozawa.

E mesmo com todas as planilhas e planos de negócios que surgiram na faculdade, colocar o business em prática ainda aparece como o maior desafio, não só para elas, mas para todo mundo que está inovando na área. “Falta alguém que olhe para a nossa estrutura, entenda nossas diferenças e ajude a pegar nosso formato e transformar em um negócio”, comenta Patrícia.

Nesse cenário, é preciso recorrer a ajuda e buscar alguém que entenda tanto de negócio como de moda. Quem percebeu esse problema foi a Aldeia, que agora está promovendo o programa de aceleração Moda Makers LAB. A ideia é exatamente dar uma base de negócios para quem já tem um conceito bem construído da marca, mas não consegue sair do lugar.

Quem faz moda em Curitiba

Fizemos uma seleção e vamos te mostrar 5 marcas para ficar de olho esse ano – elas são disruptivas e estão mudando, inovando e nos surpreendendo.

Rocio Canvas

Com ritmo de produção slow fashion, a grife cria pequenas coleções ao longo do ano, respeitando o tempo de criação e produção de cada uma das peças. A Rocio Canvas desfilou sua coleção de Verão 2018 na Casa de Criadores, chamando atenção da mídia nacional sobre o seu potencial criativo.

Onde encontrar: rociocanvas.com.br

Projeto Zero Um

O Projeto Zero Um é um laboratório de design que pensa em roupas além de estações ou coleções. Com a proposta de dar ao consumidor uma peça versátil, bonita e durável, as designers colocam força nos modelos e reforçam a sustentabilidade em sua produção, além de oferecem ótimas condições de trabalho para quem está fazendo a marca junto.

Onde encontrar: http://www.prjt01.com/

Reptilia

Sustentabilidade: essa é a palavra-chave para as coleções da Reptilia, marca de moda feminina nascida em Curitiba. Todo o processo de confecção das peças da grife é realizado dentro dos moldes mais ecológicos possíveis, inclusive o fornecimento da matéria-prima.

Onde encontrar:  reptilia.name

Veine

A palavra Veine vem do francês e significa “ter a veia”, ou melhor, “ter vontade, valentia”. E é exatamente esse espírito que a marca curitibana transmite através de suas peças, com cores e estampas minimalistas que acompanham o curitibano a qualquer tipo de ocasião.

Onde encontrar: veine.com.br

Apuê

A marca curitibana oferece modelos clássicos, como os sapatos oxford e as botas chelsea (ambos modelos britânicos) aparecem tanto em suas versões tradicionais quanto em releituras. A matéria-prima é essencialmente o couro, mas há também versões sem materiais de origem animal, como a sapatilha Tilo (na cor mostarda), que será lançada no próximo dia 03 de novembro.

Onde encontrar: http://www.apue.com.br/

Desenvolva o Love Selling, a arte de vender sem ser chato

Trabalhar com vendas nem sempre é fácil, mas faz parte da rotina de quase todo mundo – sim, vai desde empreendedores e executivos até escritores, biólogos e atletas. Talvez você não se veja cumprindo essa função, mas olha, tem muita gente legal criando projetos incríveis, que muitas vezes não vão pra frente porque não foram bem vendidos.

Isso pode ter vindo do nosso histórico de ter que lidar com vendedores chatos, insistentes, que ficavam andando atrás dentro da loja comentando quão linda ficaria aquela peça em você ou como você vai usar aquele descascador de semente de abóbora. Sabe como?

O bom é poder olhar para essas experiências e saber o que você não deseja para o seu cliente. Afinal, a imagem do produto está atrelada a quem vende e esse processo pode te colocar acima das expectativas ou muito abaixo. Então, é bom ter cartas na manga e entender algumas partes dessa lógica.

Relação com o cliente

Essa é a oportunidade de ajudá-lo a resolver um problema ou realizar um desejo. O seu papel, como vendedor, é descobrir em detalhes o que as pessoas que vão comprar seu produto querem, e mais, entender tudo que passa na cabeça delas do momento que descobrem que tem um problema/desejo até a compra, efetivamente.

O mais legal aqui é que, ao longo dos anos, você cria conexões como resultado de ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida a partir dos produtos ou serviços que você as vendeu. E isso nunca vai ser sobre dinheiro.

Saiba ouvir

Vendedores são conhecidos pelas características de falar bem, ser persuasivo e saber se apresentar. E, claro, esses atributos são todos necessários no processo de venda. Entretanto, saber ouvir é uma qualidade que também deve ser levada em conta. Essa questão está ligada diretamente à qualidade da comunicação – se só uma pessoa fala, algo está errado e provavelmente a venda não vai sair do lugar.

Além disso, quando o vendedor está realmente atento às necessidades do comprador, ele consegue oferecer o produto ideal para o consumidor. Esse processo aumenta a confiabilidade da venda e com a concretização do negócio garante uma maior satisfação do cliente, já que ele comprará o que realmente precisa e não o que lhe empurrarem.

Quanto mais o cliente fala, mais sucesso pode ter o vendedor. Conhecer o cliente e fazer as perguntas certas é essencial para o sucesso do negócio. Dependendo da situação, o próprio cliente irá fechar a sua venda através de sua própria percepção e análise. Ouvir é essencial, pense nisso.

Você não vende só em uma etapa

O processo de vendas não se resume a uma etapa e a gente sabe disso. Por isso, para criar um processo de vendas colaborativo, dentro da empresa, e mais criativo, existe um ciclo de vendas mais longo do que a gente vê normalmente.

É que você preciso dar tempo para realmente conhecer o cliente e entender a sua situação, seus anseios e problemas. Isso pode exigir um contato mais próximo e longo, mas também é um processo que vai testar a sua maturidade e ansiedade. Ao não querer vender a qualquer custo, você mostra que não está com pressa para empurrar uma solução e fará com que as pessoas tenham mais confiança no que você está oferecendo.

Também é interessante que você se dedique a fazer mais perguntas e processe rapidamente as respostas, para desenvolver recomendações personalizadas. O ciclo de vendas maior geralmente exige um nível de confiança mais elevado entre a sua empresa e o cliente. Essa abordagem leva a grandes negócios com margens mais elevadas, com maior potencial para o desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo, que possibilitam o aumento da receita ano a ano.

Esteja pronto para aprender

O processo de vendas está em constante mudança, adaptação e melhora – ao menos, deveria estar. Então,  para ser um vendedor exemplar, primeiro é bom estar disposto a aprender. Não só sobre o produto que você vende, mas também a ter um olhar mais amplo de mundo. Olha essa dica:

Se você quer começar 2018 dando um start nisso, se ligue no curso de Love Selling que a Aldeia está promovendo. A ideia do Ricardo Dória é mostrar que a venda deve ser uma consequência de tudo que você fez antes.

Para chegar nisso, ele vai ensinar como usar o método Love Selling para entender o cliente rapidamente. Você também vai desenvolver técnicas de negociação e vendas, pra ter aquele jogo de cintura e não ter nenhum problema em falar sobre preço.

Quer saber um pouco mais sobre esse método? Baixe o E-book Prático de Vendas Para Não Vendedores

Gestão de projetos: tire ideias do papel e faça entregas surpreendentes

Muitas vezes, a vontade de fazer acontecer, seja com o seu negócio ou na empresa que você trabalha, gera ansiedade, o que acaba dificultando as realizações. Quem nunca se sentiu como estivesse fazendo muita coisa, mas mesmo assim sem ver um resultado concreto? Eu já! Foi nessa de querer otimizar o meu tempo e minhas entregas que comecei a aplicar a gestão de projetos no meu dia a dia.

Um dos valores do EBANX, fintech brasileira que permite que milhões de latino americanos comprem em sites internacionais e onde trabalho no Marketing, é o Sonho Grande. Mais do que um termo que impressiona e decora nosso headquarters, o tal do sonho grande é uma constante: metas ousadas, paixão por inovação e projetos audaciosos. Pra conseguir dar conta de tudo e ainda garantir que usuários e parceiros sejam sempre bem atendidos e surpreendidos, o gerenciamento de projetos é fundamental.

Mas se você está achando que gestão de projetos é coisa “corporativa” só pra empresas grandes, está enganado. Você não precisa ser ou ter um gerente de projetos na sua equipe, você mesmo pode aprender sobre a disciplina e contagiar as pessoas que trabalham com você.  Dá pra começar absorvendo conteúdo da internet e depois partir para um curso de gestão de projetos – existem vários, para diversos propósitos e bolsos.

Mas afinal, o que é gerenciamento de projetos?

O Project Management Institute define gestão de projetos como “aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para a execução de projetos de forma efetiva e eficaz.” Pra mim, simplificando, gestão de projetos é encontrar a melhor maneira de fazer uma ideia sair do papel, usando ferramentas que vão te poupar trabalho.

Diferente de processo, que é algo contínuo e que deve ser melhorado periodicamente, um projeto tem prazo, propósito definido, assim como um resultado não abstrato esperado, ou seja, é uma entrega muito clara. Atualmente, toco uma spin-in de marketing de conteúdo no EBANX, o The Shoppers, em que temos tanto projetos quanto processos. Vou compartilhar algumas de nossas iniciativas e categorizar como projeto ou processo para exemplificar:

Ilusão seria pensar que depois de concluído o projeto ele pode ser esquecido. No fim das contas, tudo é trabalho, mas obviamente a tratativa é diferente. Mas o papo sobre processos fica para uma próxima, voltemos à gestão de projetos e seu “roteiro” básico de 5 passos. Na prática, assim como o inbound marketing para o The Shoppers é projeto e processo, muitas atividades do seu dia a dia também devem ser.  Começa-se com a ideia de criar algo novo, um projeto, e depois de criado, estabelece-se um processo para a melhoria contínua. Quem tem uma marca de roupas, por exemplo, faz o projeto de uma nova coleção e cuida do processo de fabricação, distribuição, etc.

5 etapas da Gestão de Projetos

1. Concepção do Projeto

Projeto tem tudo a ver com inovação, eles são criados para atender novas demandas e/ou solucionar problemas – ter problema não é um problema, na verdade, eles é que movem as organizações. Aliás, se você não tem um problema, preocupe-se e vá em busca dos seus.

Nessa fase da gestão do projeto, os envolvidos começam a especular quais ações resolveriam o problema da vez ou de que forma é possível satisfazer uma necessidade. Depois de muito brainstorming, as ideias são “empacotadas” na forma de um projeto, e aí vem a hora de colocar os pés no chão e entender se aquele é o momento ideal e se existem os recursos necessários para a execução.

2. Planejamento do Projeto

Muita gente passa por cima dessa etapa. Assim que descobre que a ideia é viável sai fazendo um monte de coisa ao mesmo tempo. Apesar de ser uma etapa mais “chatinha”, é ela que vai te salvar horas de trabalho (que às vezes são desperdiçadas) e te ajudar a evitar desperdício de dinheiro.

Pra cumprir essa etapa, você e sua equipe precisarão esmiuçar o projeto em pequenas tarefas. Vale usar um quadro para desenhar, papeis, post-its, planilhas – mais pra frente nesse post, vou indicar algumas ferramentas para o gerenciamento de projetos. Por exemplo, se o projeto é a construção de um novo site, quais são as pequenas entregas necessárias? No caso da nova versão do The Shoppers (que estará no ar no final de fevereiro), chegamos em: conceito e objetivo macro, arquitetura de navegação, wireframe das páginas, definição de features, layout e UX, contratação de fornecedor, cálculo de budget, estrutura editorial, otimização de performance, etc.  

Cada uma dessas tarefas é necessária para o todo, mas se feitas desordenadamente não geram o resultado esperado. Então, chega a hora da priorização: o que deve ser feito antes do que. Ninguém melhor do que você mesmo para elencar a ordem das atividades. Para isso, pense no tempo de execução de cada tarefa, na interdependência entre elas, no tempo de aprovação de processos internos, na disponibilidade de pessoas e nunca esqueça do seu deadline.

Uma boa dica para montar o roadmap do seu projeto e quantificar o tempo de execução de cada entrega é começar de trás para frente. Se o prazo para o novo site estar no ar funcionando perfeitamente é dia 30, no dia 29 ele precisa ser testado no ambiente de produção, no dia 25 deve começar a ser usado pela equipe num ambiente de teste e assim por diante.

O planejamento do projeto é isso: criar um “mapa logístico” em que você conhece e considera as principais variáveis para que ele possa ser executado dentro do tempo esperado.

3. Lançamento do Projeto

Depois de tudo devidamente analisado e calculado, chega a hora de lançar o projeto. Essa é uma etapa relativamente simples e que tem muito a ver com comunicação. Todos os stakeholders precisam ser informados sobre suas participações no projeto.

Você como o gerente de projeto que fez um lindo planejamento, vai apresentar os highlights, mas sem esquecer de vender o seu projeto. Isso significa que mais do que uma planilha detalhada, o seu projeto tem um propósito que deve estar na ponta da língua de todos os envolvidos durante a execução.

Dependendo do projeto, vale marcar um kickoff tático, em que a equipe diretamente ligada à execução estará e onde vocês irão discutir aspectos mais operacionais e um kickoff resumido, para contar aos sócios, clientes, colegas, etc. – aquele público que tem um envolvimento mais sútil e estratégico.

4. Performance e Controle

É durante essa etapa que o projeto é de fato executado. Estabelecer uma rotina de acompanhamento das entregas, se manter fiel ao cronograma e fazer possíveis ajustes no planejamento são as principais tarefas de um gerente de projetos nesse momento.

Quanto mais você detalhou o seu planejamento lá da segunda etapa, mais simples será o seu trabalho agora. O importante aqui é ir eliminando itens do seu checklist. Esteja preparado para modificar algum plano, pois por melhor que você tenha previsto o andar do projeto, na hora da mão na massa, algumas coisas mudam. Não tenha medo de replanejar e se esse for o caso, repita a etapa da comunicação aos envolvidos.

5. Finalização do Projeto

Com algumas adaptações e lições aprendidas você conseguiu: todas as tarefas foram concluídas e seu projeto foi executado com sucesso dentro do prazo definido. Dedique algum tempo para avaliar, junto à equipe tática, quais os pontos altos do projeto, o que pode ser melhorado nos próximos e comunique todos os envolvidos. Se o projeto não deu certo, mesma coisa, avalie o que aconteceu para aprender para uma próxima vez.

Hacks para Gerenciamento de Projetos

Para se organizar e realmente ser o guardião do projeto, você vai precisar de ferramentas. É legal testar algumas para ver aquela que mais se adequada ao seu estilo de gestão e ao projeto em si. Tanto no The Shoppers quanto no EBANX, o Trello é rei – muito intuitivo e com diversas possibilidades de customização, é possível categorizar as tarefas, acompanhar prazos, marcar pessoas, etc.

Se você quer ainda mais comunicação entre a equipe, entregas e deadlines, o Slack pode ser sua resposta. Nele você consegue integrar seu Google Calendar, o próprio Trello, o Google Docs (além de muitas outras APIs), e ainda por cima, todo o histórico de conversa fica salvo, o que ajuda na contextualização de novas pessoas no projeto.

Eu não dispenso uma boa e velha planilha de Excel (assim como uma agenda offline). Altamente customizável, você pode manter controle das informações e prazos principais. É também um ótimo jeito de manipular dados. Foi no Excel que eu criei algo que chamo de Doability Index, um dashboard que me indica quais são as ações prioritárias, considerando a complexidade de execução, tempo de entrega, custo e impacto. De acordo com uma escala estabelecida por mim e minha equipe, classificamos as ações e o algoritmo mostra qual tarefa deve ser priorizada.  

Também gosto muito de kanbans: esquemas bem visuais do planejamento do projeto, pra isso uso post-its coloridos em uma parede. Independente da ferramenta você escolher, o real segredo é o uso constante. Não adianta nada montar um board maravilhoso no Trello e não usar.

Use e abuse da gestão de projetos para tirar as suas ideias do papel e se surpreenda com os resultados.

Se você se interessou no assunto, se liga no curso de Gestão de Projetos em Curitiba. Ele vai contar com dois profissionais feras do mercado como professores, a Maria Cardoso, gerente de projetos na Telefônica Brasil e o Thiago Bodruk, Lead Service Designer na Hero99. Dá uma olhada nele aqui! 

Como acompanhar tendências em 2018

Na corrida pela vantagem competitiva do mercado, algumas pessoas saem na frente por conseguirem informações relevantes. Mas para chegar nesse ponto, é preciso análise, planejamento e projeção.

Pra você ter uma ideia, até 2020 mais de 90% das empresas devem adotar a tática de análise de dados como forma de antever o comportamento do público. Isso é ótimo do ponto de vista proativo, porque possibilita a implementação de medidas importantes a partir daquilo que foi detectado.

Ao fazer isso, tendências também são detectadas. Elas sinalizam comportamentos de consumo e indícios do que as pessoas tendem a seguir em um futuro próximo. Por exemplo, essa cor te diz o que?

Essa cor é a ultra violet, cor escolhida para 2018 pela Pantone. Caracterizada como complexa e contemplativa, ela sugere a exploração em contato com o místico e ao mesmo tempo com a tecnologia. Essa cor pode nos mostrar uma tendência para 2018: meditação, agora além dos círculos específicos, e o auto-conhecimento em pauta. Ela é uma indicação, mas existem vários outros fatores possíveis de análise.  

Mas qual o significado de tendência?

Tendência é um processo social no qual as pessoas mudam seus estilos, gostos, ações. Essas mudanças podem se dividir em curta duração ou longa duração e são adotadas por grande setores da sociedade. Hambúrguer artesanal, cervejas especiais, paleta mexicana, tudo isso veio como formato de negócio revolucionário, mas sem uma estratégia válida, se torna modismo e cai em desuso em pouco tempo. Mesmo sendo muito rentável no curto prazo, não tem muitas chances de ir longe. 

Em compensação, tendência tendem a revelar um pouco de como será o futuro e durar. Os segmentos de alimentação saudável e cosmética para homens está abrindo esse caminho e descobrindo um solo muito fértil. Essa, portanto, é a diferença entre uma mudança de curta duração e longa duração, que podem ser consideradas modismo ou tendências, de fato.

Ao acompanhá-las, você percebe que as pessoas estão mudando o jeito de consumir, e a partir disso pode avaliar se vale a pena investir em alguma forma específica de venda ou se está na hora de mudar. Além disso, estas tendências também podem sinalizar expectativas do consumidor que ainda não são atendidas pelo mercado. Ou seja, novas oportunidades de negócio que podem ser aproveitados para aumentar ganhos.

Dicas de como acompanhar tendências

Bom, não existe uma fórmula mágica na hora de “encontrar” tendências. O importante é considerar quais mudanças do mercado podem impactar seu negócio e começar a olhar mais de perto para elas. A partir desta análise, o trabalho é revisar o negócio, os processos e como eles estão sendo conduzidos.

Também é preciso considerar que essa observação precisa ser constante, afinal os hábitos de consumo mudam sempre – a gente vê essas alterações a partir do avanço tecnológico e no comportamento das pessoas. Portanto, esse trabalho precisa ser levado como estratégico dentro da empresa: ele faz diferença quando bem feito e não te deixa descolado do que está acontecendo no mercado.

Aqui vão algumas dicas:

Conhecendo o cliente

A base de um bom relacionamento (e bons resultados) está em conhecer o cliente. Agora, com redes sociais e internet, é possível conhecer o cliente por inteiro.

A rede de streaming Netflix tem um case bem famoso sobre isso. De posse de montanhas de dados sobre o que os clientes assistem, a empresa começou a criar conteúdos moldados ao gosto de cada um deles. A série Stranger Things só foi criada porque a companhia percebeu que muitos estavam interessados em entretenimento dos anos 1980.

Usando os dados a seu favor

Analisar dados de atividades desenvolvidas ao longo dos anos e identificar padrões te ajudam a perceber tendências futuras.

Por exemplo, de uma tendência de vendas que apresente constância anual com redução no terceiro trimestre, pode-se deduzir que as vendas continuarão a ser baixas no terceiro trimestre do próximo ano.

O analista de dados, então, deve usar essa informação para embasar a empresa no desenvolvimento de estratégias adicionais no período de baixa.

Mais informação, por favor

Na mão de cada consumidor, há um mundo de conhecimento. Com os smartphones, redes sociais e resenhas de produtos nos próprios sites de compra, os clientes passam a saber mais sobre o produto que querem comprar – às vezes, mais até do que os próprios vendedores.

É possível usar toda essa informação para envolver o cliente, construindo uma história para fornecer informações sobre seu produto.

O marketing da Nike é um bom exemplo disso. A companhia, que construiu sua história se conectando a grandes atletas, também está ajudando seus consumidores a contar sua própria história.

Com o aplicativo Nike+, a fabricante de calçados coleta dados sobre o rendimento dos seus consumidores, envia dicas de treinos e sugere os melhores tênis para cada atividade.

Para ficar de olho

Para você ter uma ideia, o ano já começa com algumas previsões importantes – não só astrológicas.

O Facebook separou os principais tópicos para 2018, que passam por categorias como cultura, beleza, tecnologia, comida. Já o Google fez um dossiê sobre a importância da diversidade e como isso deve estar relacionado aos negócios e marcas.E para quem está pensando em conteúdo, o WordPress listou algumas tendências de conteúdo digital para 2018.

Pegando o gancho da diversidade, a gente percebe que questões como equidade de gênero estão em voga e vão se manter. Ao ver os índices de feminicídio, por exemplo, fica claro porque ainda precisamos falar sobre isso. Algumas marcas viram uma oportunidade de usar a questão de forma positiva.

A Skol, por exemplo, olhou para o seu passado machista e redesenhou uma campanha com a ajuda de várias mulheres. O processo também aconteceu internamente, com políticas de igualdade em cargos e salários e criação de grupos de afinidades, como o comitê LGBT.

Ficando sempre à frente

Bom, agora que você viu que é melhor correr, se não a concorrência passa na frente, que tal conhecer um pouco mais do assunto com quem estuda tendências? A Nina Rosa, por exemplo, tem 10 anos de experiência na área e vai ministrar um curso de tendência na Aldeia.

Em um mercado cada vez mais globalizado, massificado e padronizado, conhecer as tendências permite buscar diferenciação e inovação. A demanda por serviços de pesquisa de preferências está crescendo, por possibilitar antecipar padrões e diferenciais. Além disso, com o curso você vai:

  • participar de uma imersão rápida e eficiente;
  • pensar em estratégias mais assertivas a partir das tendências;
  • ficar por dentro de como identificar, mapear e monitorá-las;
  • construir uma bagagem para se desenvolver no assunto e pensar no futuro do seu negócio.

Quer saber mais sobre tendências? Conheça o curso.

Customer Success: domine a arte de ganhar o coração do cliente

O nosso jeito de consumir mudou e isso não é novidade pra ninguém. Vivemos na era da qualidade, onde levamos em conta os produtos e preços, mas também queremos qualidade no serviço de atendimento e uma experiência única na hora de comprar. 

E essa experiência muda drasticamente o relacionamento do cliente com a empresa. Principalmente com o uso das redes sociais e da internet, que facilita o posicionamento contra ou a favor da marca. Também facilita o acesso a empresas que oferecem o mesmo produto ou serviço que você. E te digo, quem não gosta, reclama. Mas, por outro lado, quem gosta muito, elogia e indica.

E aí, o que fazer para se destacar? Voltamos ao que é mais importante aqui, que é o sucesso do cliente e não da empresa. Afinal de contas, quando o cliente fica satisfeito com a empresa, seu negócio também sai ganhando. O problema é que as vezes as empresas não sabem o que os clientes esperam delas ao comprar um produto ou serviço. E quem pode resolver isso é o Customer Success, acredita?

Mas, afinal, o que é Customer Success?

Customer Success significa Sucesso do Cliente. Basicamente, a área de Customer Success é responsável por garantir que o cliente tenha a melhor experiência possível durante todo o processo de compra e que seu problema seja resolvido.

Por isso esse processo vai muito além do simples atendimento ao cliente ou suporte. É uma área estratégica da empresa que possui metas, desafios e uma condição essencial: pró-atividade.

Uma equipe de Sucesso do Cliente é responsável por garantir que os seus clientes utilizem o seu produto/serviço da maneira correta e que tenham uma boa experiência com ele. Devem estar aptos a conceder um suporte completo para os clientes, mas também devem ir além.

3 etapas do sucesso para o Customer Success

Primeiro de tudo: qual sua expectativa quando se trata de público final? Para você ter uma ideia, aqui na Aldeia a gente parte do princípio que é cumprir com a expectativa do cliente e levar a compra a outro nível. A gente também entender que ninguém compra um produto porque quer comprar aquele produto: compra-se para chegar em algum lugar, cumprir com algum objetivo.

E quando se espera por algo, mas a empresa não cumpre com isso, as pessoas reclamam. Afinal, eles têm algumas expectativas e esperam que as coisas sejam cumpridas conforme o planejado. E por mais mesquinho e pequeno que isso pareça, é preciso levar em conta essas exigências.

Para que isso fique mais claro, separamos o processo de Customer Success em 3 etapas.

1. Expectativa

Nesse passo é preciso entender o que os seus clientes estão esperando e os benefícios que eles estão percebendo nos seus serviços e produtos. O cliente mostra interesse e quer saber como você pode ajudá-lo e como não pode ajudá-lo também.

Por isso, é muito importante fazer perguntas para entender melhor o que ele espera  (jamais tentar adivinhar, ok?) e acolher — assim a pessoa se sente importante e com voz no processo. 

Ao tratar os consumidores da forma como eles desejam ser tratados, e por vezes até superar suas expectativas, além de ajudá-los a ter sucesso em suas atividades, será muito mais provável que eles continuem com você por muito tempo.

2. Sucesso  

O importante nesse passo é que o cliente esteja cumprindo a tarefa que ele veio cumprir conosco. Portanto, existem duas formas de atingir o sucesso: falar só o necessário (sem despejar conteúdo) e pensar no que de fato o consumidor está buscando; depois é importante reforçar entrega.

Um exemplo é o check-out do hotel, quando você responde a um questionário e percebe tudo que ele te proporcionou. Então pense como é possível fazer o reforço da entrega, para fazer seu cliente refletir sobre o processo de compra. Isso pode ser beem estratégico.

3. Felicidade

Essa etapa se trata da confiança e identificação com a marca. Talvez sendo um nível mais transcendente do atendimento, existem várias práticas para alcançá-lo. É possível comunicar sua empresa falando do seu propósito, dá para medir quando eles nos recomendam, o retorno dos clientes e a consulta — nesse último caso, é quando ele confia em você ao ponto de te pedir indicações.

O importante é que você tenha interesse genuíno em ajudar seu cliente, e não só pense na venda. Porque se não, ele vai saber e vai comentar isso por aí.

Para você ter uma ideia, é muito comum recebermos na Aldeia pedidos de indicações. Depois de conhecer nossa tribo, as pessoas percebem esse movimento que une tanta gente incrível e as conexões que são feitas aqui. Por isso, confiam nas pessoas e empresas que indicamos.

Colocando em prática

Agora que a gente já viu que se o cliente não tiver sucesso, você também não vai ter, é hora de ir para o próximo nível. Para você aprofundar mais seus conhecimentos sobre o assunto, dá uma olhada nessa palestra que o Ivan Chagas, responsável pela área de Customer Success da Aldeia, deu por aqui.

E para aprender a ir além do atendimento e garantir a felicidade do cliente, dá uma olhada no nosso curso de Customer Success. Ele te ensina a

  • desenvolver a mentalidade de perseguir o sucesso do cliente
  • entender a jornada do cliente
  • vender (sim, vender faz parte, mas do jeito certo)
  • lidar com problemas e objeções
  • setar e acompanhar as métricas do sucesso do cliente

Se você faz parte de uma equipe de atendimento, é executivo ou empreendedor e lida diretamente com clientes e seu público, seja por e-mail, telefone ou pessoalmente, esse curso é para você.

Vem saber mais com quem já teve a marca tatuada pelos clientes – aham, a Aldeia!

Como terminar uma apresentação arrasando

Você sabe que é importante ganhar a atenção do seu público desde o começo de uma apresentação, painel ou palestra. Mas, se o começo tem que estar impecável, o andamento dela e o final também são importantíssimos.

Além de caprichar muito no conteúdo da sua apresentação e desenhá-la desde o início pensando nos pontos altos e baixos para a plateia, você também precisa se atentar para a maneira de se apresentar.

A gente já listou as 10 frases que estragam qualquer apresentação para você não errar na hora de falar com uma plateia e, agora, vamos te mostrar como terminar uma apresentação arrasando e transformar o seu último slide em um grand finale.

1. Esqueça o slide “Perguntas?”

É muito mais interessante que as perguntas sejam feitas e respondidas conforme a apresentação for acontecendo. Isso garante que elas estarão relacionadas ao conteúdo apresentado e que a resposta esteja fresquinha e bem formulada na sua mente. Então pode tirar esse slide final do seu arquivo: deixe que as pessoas se envolvam com o que você está passando para elas e incentive isso. Com certeza isso vai deixar todo mundo mais interessado.

2. Use um call to action

O objetivo da maioria das apresentações é levar as pessoas a tomarem uma atitude: estudar aquele assunto, avaliar aquele conteúdo bem, comprar a ideia ou investir no seu negócio. Um jeito legal de terminar sua fala, então, é colocar algum comando no imperativo, como “participe”, “apoie essa causa” ou uma frase que tenha relação com o produto, serviço ou projeto que você está apresentando.

3. Saiba como terminar uma apresentação com uma história

Outra ideia que pode destacar sua apresentação é finalizar com histórias que sintetizem e exemplifiquem o que você explicou anteriormente. O poder que boas histórias têm sobre a atenção das pessoas é fenomenal (você pode aprender um pouco mais sobre isso nesse Curso de Storytelling).

Não precisa ser uma longa história – até para que ninguém fique cansado e comece a te achar uma pessoa monótona -, mas você pode contar uma história que aconteceu com você, com alguém que você conhece ou até mostrar uma palestra do TED Talks que tenha a ver com o seu conteúdo.

4. Coloque uma frase famosa, inspiradora ou divertida

Gente que sabe como terminar uma apresentação do melhor jeito costuma colocar quotes no final da apresentação, depois de mostrar um projeto longo ou propostas com muitos números e dados. Faça isso de uma forma que leve a galera a pesquisar mais sobre o conteúdo ou, ainda, que sintetize o que você falou e faça as pessoas rirem um pouco. Procure autores, referências de filmes, séries e até frases famosas de personagens queridos pelo seu público — e que tenham a ver com o seu negócio!

5. Entregue o seu conteúdo de alguma forma

Tem um slide legal? Passou vídeos ou posts de algum blog? Disponibilize isso para quem está assistindo. No final da sua apresentação, você pode liberar o arquivo com o que você mostrou ou pedir a autorização das pessoas para enviar um e-mail com todas as considerações da reunião. É legal para quem te assistiu ter acesso a isso depois que você for embora: eles podem rever termos, estudar o conteúdo ou levar a informação para outras pessoas (além de sentirem que você se importa com elas ao disponibilizar o que apresentou!).

Dica extra: capriche na hora de planejar sua apresentação desde o início

Nenhuma apresentação consegue prender a atenção do público 100% do tempo. Quando você ainda está anotando algumas ideias no papel, começando a planejar sua fala, já é possível perceber quais serão os pontos altos e baixos daquela apresentação.

O principal de tudo é saber organizar esses pontos magistralmente para que o público tenha a melhor experiência possível, mantenha o foco e absorva o seu conteúdo.

Quer saber na teoria e na prática como narrativa, formato, conteúdo, oratória, comunicação não-verbal, emoções, e, é claro, uma dose de storytelling funcionam?