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Por que todo freelancer deveria trabalhar em um coworking, e não em casa

Trabalhando numa área onde a grande maioria dos profissionais atuam como autônomos, ou o famoso freela, eu passei grande parte da minha carreira de tradutora alternando entre estar contratada em uma empresa ou trabalhar por conta própria, de casa mesmo. Isso aconteceu porque eu via vantagens e desvantagens em ambos. No começo é fácil ver só as vantagens de um esquema de trabalho, mas com o tempo as desvantagens começavam a pesar e eu passava pro outro.

Com a minha carteirinha assinada, além da óbvia segurança financeira de um salário na minha conta todo mês, eu achava ótimo acordar de manhã e ter um lugar pra onde ir, com uma estrutura pronta para receber a mim e ao meu trabalho, com colegas pra desejar bom dia. Só que chegava uma hora em que esse “acordar de manhã” começava a ficar cada vez mais difícil, e ter um ponto pra bater na mesma hora todo dia e um chefe fiscalizando cada movimento ficava cada vez mais chato.

Era aí que eu saía da empresa e começava a ir atrás de clientes pra poder trabalhar em casa. Era ótimo acordar a hora que eu quisesse, não precisar me arrumar toda e trabalhar super confortável em casa. Mas em algum momento, eu sempre começava a perder o controle desse “acordar a hora que eu quiser”. Eu acabava trabalhando à noite e nos finais de semana pra cobrir o rombo na produtividade da semana. Ficar em casa de pijama sem ver ninguém o dia todo também começava a pesar na sanidade mental.

Eu até tentei resolver essa parte indo trabalhar na casa de amigas que também eram freelas, mas é claro que eu estava me iludindo achando que a gente ia trabalhar e não só ficar conversando. Então peguei meu computador e fui pra uma biblioteca, afinal lá ninguém conversa, né? Pois é, ninguém conversa, mas também ninguém trabalha porque a velocidade da internet deixa muito a desejar. Eu voltava pra casa, o home office começava a cansar e eu começava a procurar emprego de novo. Era um ciclo que parecia interminável.

Numa dessas épocas de home office, uma amiga me chamou pra vir conhecer a Aldeia. Na hora achei que fosse a providência divina resolvendo meu problema de deadline apertado num dia em que eu estava sem internet em casa, mas acabou sendo toda uma nova vida se apresentando diante de mim.

Agora eu podia acordar cedo pero no mucho, me vestir do jeito que eu quisesse (nem pijama nem dress code), chegar na hora que eu quisesse (adeus, ponto!), e encontrar uma estrutura prontinha feita especificamente pro pessoal trabalhar, além de colegas mega legais pra dar bom dia e trocar ideia.

Isso gerou uma mudança significativa na forma como eu via meu trabalho. Se em casa eu me sentia fazendo bico, no coworking eu me sinto uma profissional autônoma. Sem contar que ter um lugar pra onde ir todos os dias me obrigou a estabelecer uma rotina e definir horários de trabalho, coisa que é sempre a dica número um naquelas listas de “como ser um freela de sucesso”, mas por algum motivo eu nunca conseguia fazer em casa. Nunca mais eu precisei trabalhar até tarde da noite nem nos finais de semana, porque sabe o que essa rotina significa? Significa que você descobre o valor da sua hora de trabalho e aprende a tirar o máximo proveito dela: você procrastina infinitamente menos.

E os colegas legais não estão lá só pra você dar bom dia. Um coworking normalmente vai ter profissionais de áreas bem diversas, e é impossível não criar uma rede bem bacana de colegas. Aqui na Aldeia já rolou uma oportunidade de trabalho num campo em que eu nunca tinha pensado em atuar. Também conheci minha contadora, que me ajudou a organizar a contabilidade dos meus jobs, o que fez com que eu criasse, eu mesma, aquela segurança financeira que o emprego fixo me dava. Até projetos pessoais, como o meu blog de viagens, levaram um empurrãozinho só de conversar com as pessoas.

Trabalhar num coworking me trouxe todas as vantagens que eu buscava em um emprego fixo numa empresa e eliminou todas as desvantagens que eu via no home office. Eu sempre digo que ser freela num coworking consegue reunir o melhor dos dois mundos. Agora já sei que não pretendo deixar de ser freela tão cedo.

Pesquisa prova o que a gente já sabia: quem trabalha em coworking é mais feliz.

A Global Coworking Unconference Conference (GCUC), que aconteceu em maio na California, rendeu vários insights e informações legais. Nesse post, contamos algumas previsões para o cenário do coworking mundial até 2018.

No mesmo evento, foi apresentada uma pesquisa resultado de uma parceria da GCUC, do espaço de coworking Office Nomads e da empresa de pesquisa Emergent Research. Eles descobriram, entre outras coisas, que o coworking deixa as pessoas mais felizes.

Quem já trabalha em espaços de coworking não ficou supreso. O coworking é, afinal, muito mais do que uma proposta de dividir espaços de trabalho. É um ambiente que acelera o sucesso profissional, aumenta o networking e ajuda as pessoas a desenvolver habilidades e aumentar o círculo de amigos.

Mas o que exatamante o coworking significa para quem trabalha nele? A pesquisa descobriu o seguinte:

• 84% tem mais motivação quando está dentro do coworking
• 80% pede ajuda e conselhos para outros coworkers
• 69% aprendeu habilidades novas
• 68% melhorou habilidades que já tinha
• 87% encontra os outros membros socialmente
• 54% socializa com outros membros fora do trabalho e nos fins e semana
• 79% diz que o coworking fez expandir a rede de contatos
• 89% está mais feliz
• 83% se sente menos sozinho
• 78% diz que o coworking ajuda a manter a cabeça no lugar

Um ambiente de trabalho em que 89% das pessoas diz ser mais feliz é impressionante. O objetivo inicial da pesquisa era entender o papel do networking nos espaços de coworking, mas os benefícios pessoais relatados acabaram sendo o maior destaque dos resultados.

“Apesar de a pesquisa ter sido feita com foco em aspectos do trabalho no coworking, os aspectos sociais e de aprendizado apareceram de forma gritante”, disse Steve King, da Emergent Research. “Pra ser honesto, isso nos supreendeu um pouco.”

Para ver mais resultados da pesquisa, é só dar um pulo aqui. E, para ver o post em que lemos esses dados tão bacanas, clique aqui.

A previsão para o cenário do coworking em 2018 foi divulgada e as notícias são boas!

Steve King é um dos maiores estudiosos de coworking no mundo e semana passada, na Global Coworking Unconference Conference (GCUC), ele lançou uma previsão gigante para o cenário do coworking em 2018: segundo ele, até lá haverá 1 milhão de pessoas trabalhando em coworkings ao redor do mundo.

Isso porque o número de espaços tem crescido rapidamente nos últimos 5 anos, praticamente dobrando a cada ano. Aqui no Brasil não é diferente, como mostrou o Censo Coworking 2015.

Segundo ele, esse crescimento está desacelerando, mas mesmo assim espera-se que a taxa anual seja de 30% nos próximos 5 anos. A expectativa é que haja 12 mil espaços de coworking no mundo em 2018:

previsão coworking 2018

E a previsão do crescimento de coworkers é ainda maior. Isso porque:

• os novos espaços tendem a ser bem maiores que os primeiros;
• os coworkings que já existem estão expandido, adicionando mais espaço e mais membros;
• os responsáveis pelos espaços aprenderam a otimizá-los e a atender mais gente.

Por conta disso tudo, estima-se que o número de coworkers cresça 40% por ano nos próximos 5 anos, passando de um milhão em 2018:

previsão coworkers 2018

Bacana, né? Vimos esses resultados no blog do Steve King, que prometeu publicar mais informações desse estudo em breve.

Ajude as vítimas no Nepal e ganhe duas diárias de coworking na Aldeia

Há pouco mais de uma semana, no dia 25 de março, o Nepal sofreu um dos piores terremotos da sua história. Os números oficiais já falam em 7040 mortos e 14123 feridos e a estimativa é que sejam necessários cerca de US$ 5 bilhões para a reconstrução do país.

Diante de uma tragédia tão grande, estão surgindo no mundo todo ações e campanhas para ajudar a arrecadar doações. E o coworking também entrou nessa. A campanha Coworking for Nepal está reunindo espaços de coworking no mundo todo que vão dar diárias àqueles que apresentarem comprovantes de doação às vítimas do terremoto. A ideia chegou aqui no Brasil e diversos espaços estão aderindo. A Aldeia é um deles.

Para ganhar as suas diárias é bem fácil. Basta fazer uma doação aqui ou aqui, enviar o comprovante por e-mail para leticia@aldeiaco.com.br e agendar os dias que você vai querer vir trabalhar aqui (o prazo é até o fim de maio).

Para conferir todos os espaços brasileiros que estão participando, é só dar uma olhada aqui.

Censo Coworking 2015: 4 dados sobre o crescimento do coworking no Brasil

Que o coworking cresce a largos passos no Brasil ninguém mais duvida, mas muitas vezes faltam dados concretos que ilustrem essa expansão. De 2007 (ano de nascimento do primeiro coworking brasileiro) pra cá, muita coisa mudou e o nosso mercado passou por um boom que rendeu a abertura de vários novos espaços e a difusão dessa forma de trabalhar e se relacionar.

Recentemente foram divulgados os resultados do Censo Coworking 2015, realizado ano passado pelo blog Ekonomio e pelo espaço B4i. 141 espaços responderam um questionário online que mostrou várias informações legais. Olha só:

censo coworking aldeia 2015

Apesar de o Paraná ser o estado que mais busca por “coworking” no Google, dividimos a terceira posição com o Rio de Janeiro no ranking de estados com mais espaços, com 20 cada um. O Rio Grande do Sul, que é o segundo estado que mais busca o termo aparece logo atrás, com 19 espaços.

espaços coworking brasil aldeia

Dos 141 espaços listados, 56 (que equivalem a 40%) foram abertos ano passado. E só nos três primeiros meses de 2015, já tivemos 10 novos espaços abrindo as portas, o que indica que o crescimento esse ano vai ser ainda maior.

posições coworking aldeia

Já são mais de 6 mil posições de trabalho, o que quer dizer muita gente aderindo ao coworking.

áreas coworking aldeia

E nessas milhares de pessoas é possível encontrar gente de várias áreas de atuação. Negócios sociais, design, startups, makers, educação e moda são as principais delas, segundo o Censo.

Aldeia representa o Brasil em conferência de coworking na Ásia!

No final do ano passado tivemos a oportunidade de participar da Coworking Europe, que rolou em Lisboa. E agora vamos voar um pouco mais longe: nos dias 29, 30 e 31 de janeiro rola em Bali a Coworking Unconference Ásia (CUAsia), e vamos representar os coworkings brasileiros por lá!

Essa vai ser a primeira edição do evento, que pretende discutir o trabalho colaborativo e as mudanças que estão ocorrendo no cenário da economia criativa mundial entre criativos, artistas e outros profissionais da economia criativa.

O espaço que vai sediar a conferência se chama Hubud e foi o primeiro coworking de Bali, na Indonésia. O ambiente lá é superlegal e temos certeza de que os três dias de conferência vão ser demais! Para saber mais sobre o que vai rolar lá é só dar uma olhada aqui.

Depois que acabar contamos tudo que rolou aqui no blog e nas redes sociais! (:

Confira algumas fotos do nosso destino:

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hubud1

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